Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Joaquim Barbosa: PEC 37 é "péssima" para a sociedade

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Joaquim Barbosa: PEC 37 é "péssima" para a sociedade

Congresso em Foco

5/4/2013 | Atualizado às 21:19

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA
[caption id="attachment_83283" align="alignleft" width="285" caption="Em aula magna, ministro critica proposta que retira poder de investigação do MP"]Foto: Felipe Sampaio/STF[/caption] O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, fez críticas nesta sexta-feira (5) à Proposta de Emenda à Constituição 37/2011, a PEC 37, que atribui exclusivamente às polícias Federal e Civil a competência para a investigação criminal, além de determinar que o Ministério Público não tem como atribuição conduzir apurações sobre indícios de crime. A proposta foi aprovada em comissão especial, com relatoria do deputado Fábio Trad (PMDB-MS). Joaquim Barbosa condenou o propósito da PEC 37, de autoria do deputado Lourival Mendes (PTdoB-MA), ao participar de aula magna na Universidade de Brasília (UnB). "Acho péssimo, péssimo. A sociedade brasileira não merece uma coisa dessas", afirmou o magistrado, em rápida entrevista a jornalistas que o abordaram no evento, sem explicar as razões para tal opinião. Defendida principalmente pelos delegados de polícia, a PEC 37 sofre forte oposição tanto do Ministério Público (MP) quanto de diversas entidades da sociedade civil, que a batizaram de "PEC da Impunidade". Eles entendem que a emenda, se aprovada, aumentará a interferência política em inquéritos policiais (já que as polícias Federal e Civil são subordinadas ao Executivo); retirará da investigação um organismo - o MP - que em praticamente todo o mundo civilizado participa da apuração criminal; e representará um retrocesso no combate ao crime. Os delegados rebatem, argumentando que o Ministério Público brasileiro acumulou poderes excessivos, e que não pode, ao mesmo tempo, investigar e oferecer a denúncia criminal à Justiça. A investigação, alegam os defensores da PEC 37, fica contaminada quando exercida por quem tem a incumbência legal de acusar. Leia tudo sobre a PEC 37 A palestra de Joaquim Barbosa marcou o início do semestre letivo na UnB. Em meio a intensa tietagem, o ministro falou sobre diversos temas afeitos ao Judiciário para a comunidade acadêmica da UnB. Um dos temas abordados foi o acórdão sobre o julgamento do mensalão, com a condensação de todos os votos dos ministros do STF sobre a Ação Penal 470, documento que ficará pronto nos próximos dias, segundo Joaquim. Trata-se do maior julgamento da história do Supremo, em que políticos como os deputados José Genoino (PT-SP) e João Paulo Cunha (PT-SP) e o ex-ministro José Dirceu, além do publicitário mineiro Marcos Valério, foram condenados à prisão e ao pagamento de multas milionárias. De 37 réus inicialmente arrolados na ação, 25 foram condenados e 12 absolvidos. Marco Feliciano Joaquim Barbosa também fez comentários, sem abordar detalhes ou emitir juízo de valor, sobre a situação do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos sob acusações de racismo, homofobia e até estelionato - ele é réu em ação penal instalada no STF por essa última denúncia. Para Joaquim, a controvérsia do assunto é natural no ambiente de democracia vivido pelo Brasil. "É simples: o deputado Marco Feliciano foi eleito, pelos seus pares, para assumir um determinado cargo dentro do Congresso Nacional. Perfeito. Os deputados o fizeram porque está previsto regimentalmente. Agora, a sociedade tem o direito de se exprimir - como tem feito - contrariamente à presença dele neste cargo. Isso é democracia", opinou o ministro, primeiro negro a presidir o STF. PEC polêmica Pronta para a apreciação de plenário, a PEC 37 segue para votação mergulhada em divergências não só entre parlamentares, mas também em meio à já conturbada relação de policiais civis e federais com os promotores e procuradores do Ministério Público. A determinação de levar o texto rapidamente ao plenário tem sido recorrentemente manifestada por deputados de diversos partidos, por meio da apresentação de requerimentos de sua inclusão na ordem do dia. De acordo com a proposta, protocolada em junho de 2011 pelo deputado maranhense, "a falta de regras claras definindo a atuação dos órgãos de segurança pública" em processos de investigação criminal "tem causado grandes problemas ao processo jurídico no Brasil". Na defesa de sua proposta, Lourival - delegado de polícia "de classe especial", como informa sua página na Câmara -, menciona o entendimento do desembargador maranhense aposentado Alberto José Tavares. "Ao Ministério Público Nacional são confiadas atribuições multifárias de destacado relevo, ressaindo, entre tantas, a de fiscal da lei. A investigação de crimes, entretanto, não está incluída no círculo de suas competências legais. Apenas um segmento dessa honrada instituição entende em sentido contrário, sem razão. Não engrandece nem fortalece o Ministério Público o exercício da atividade investigatória de crimes, sem respaldo legal, revelador de perigoso arbítrio, a propiciar o sepultamento de direito e garantias inalienáveis dos cidadãos", aponta o desembargador. Confira o texto original da PEC Confira o relatório aprovado em comissão especial Outras notícias sobre Joaquim Barbosa Curta o Congresso em Foco no Facebook Siga o Congresso em Foco no Twitter
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

PF Polícia civil STF Ministério Público mensalão joaquim barbosa PEC 37 Marco Feliciano Lourival Mendes Fábio Trad UnB pec37

Temas

Reportagem Corrupção Congresso

LEIA MAIS

Crime organizado

Senado formaliza CPI do crime organizado, de Alessandro Vieira

COLÉGIO DE LÍDERES

Congresso aprova criação de liderança da oposição em sessões conjuntas

Congresso

Davi Alcolumbre lê requerimento para instalação da CPMI do INSS

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

COMÉRCIO

Câmara vota fim da regra que exige acordo para trabalho em feriados

2

CÂMARA DOS DEPUTADOS

Veja como cada deputado votou na urgência para derrubar decreto do IOF

3

TRÊS PODERES

Entenda as "emendas paralelas" que entraram no radar do STF

4

Piso Salarial

Comissão da Câmara aprova piso salarial para tradutores e intérpretes

5

ECONOMIA

Hugo Motta: urgência contra aumento do IOF é "recado da sociedade"

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES