Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Amazônia concentra 91,6% do garimpo no Brasil

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Meio Ambiente

Amazônia concentra 91,6% do garimpo no Brasil

Com mais de 90% de sua atividade concentrada na Amazônia, garimpo já superou o tamanho da mineração industrial na região.

Congresso em Foco

27/9/2022 6:33

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

Com mais de 90% de sua atividade concentrada na Amazônia, garimpo já superou o tamanho da mineração industrial na região. Foto: Secom/Ibama

Com mais de 90% de sua atividade concentrada na Amazônia, garimpo já superou o tamanho da mineração industrial na região. Foto: Secom/Ibama
Estudo realizado pela rede MapBiomas, que concentra esforços de diversas ONGs ambientais para monitorar os biomas brasileiros, revelou que 91,6% da área ocupada pelo garimpo no Brasil entre 2010 e 2021 se encontram dentro da Amazônia Legal. Áreas de proteção ambiental e terras indígenas foram as principais atingidas, com crescimento de 352% e 632%, respectivamente. Ao todo, a devastação provocada pelo garimpo na Amazônia passou de 99 mil hectares em 2010 para 196 mil hectares em 2021. A área, que corresponde a quase 2 mil km², é maior do que a ocupada pela cidade de São Paulo, que tem 1,5 mil km². O Pará e o Mato Grosso foram recordistas em área devastada pelo garimpo: foram 113,7 mil hectares devastados em território paraense e 59,6 mil hectares em terras mato-grossenses. O garimpo já é considerado uma das principais causas de desmatamento na Amazônia (competindo com a grilagem de terras e a extração ilegal de madeira) e supera a mineração industrial, segundo o levantamento. "Tivemos ao longo dos últimos três anos uma sucessão de recordes de massa garimpeira, e com esse aumento, o país passou a ter maior área garimpada do que área mineralmente explorada", disse ao Congresso em Foco Cesar Diniz, coordenador técnico do Mapeamento de Mineração do MapBiomas. Essa concentração do garimpo na Amazônia, de acordo com o especialista, é em grande parte clandestina. "O garimpo amazônico não necessariamente é legalizado. Ele ocorre em grande parte em terras de proteção permanente e indígenas, onde a existência de garimpo é vedada constitucionalmente. Já do lado de fora, é necessário que o garimpo possua licença para atuar, o que nem sempre é o que acontece". Além de temer pelo impacto dentro da floresta Amazônica, Cesar Diniz alerta que o crescimento do garimpo também afeta pessoas de fora das regiões diretamente atingidas. "O garimpo amazônico é feito com desmatamento, seguido da escavação do solo, seguido da injeção de mercúrio. Como o mercúrio é um componente químico que se acumula na cadeia alimentar, as pessoas que nem garimpeiras são acabam correndo o risco de ingerir uma concentração de mercúrio maior do que a indicada pela Organização Mundial da Saúde", explica.

Fator político e econômico

Cesar Diniz aponta para dois fenômenos responsáveis pela alta do garimpo na região Amazônica. O primeiro deles é de natureza econômica. "Sempre que o valor do ouro no mercado internacional sobe, a atração pela criação, expansão ou reativação de um garimpo nessas regiões clandestinas também aumenta", apontou. Esse fenômeno se concretizou principalmente em 2020, quando aumentaram as aquisições de ouro no mercado internacional por investidores que viram o minério como uma alternativa para preservar seu patrimônio em meio ao início da pandemia. Já o segundo fator é político. "Dentro de terras indígenas e unidades de conservação, onde já existiam garimpos, a busca por esse tipo de atividade aumenta quando se diminui a política de contenção, controle e combate ao crime ambiental e à invasão de terras indígenas. E é o que estamos tendo hoje no Brasil", declarou. Dentre as terras indígenas mais exploradas, a mais afetada é a dos Kayapó, onde 11.542 hectares foram tomados pelo garimpo até 2021. O pesquisador destaca que, desde 2019, quando foi registrado o primeiro dos três últimos picos sucessivos de garimpo na Amazônia, órgãos de vigilância ambiental como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, a Polícia Federal e outros sofreram políticas de fragilização tanto orçamentária quanto no grau de autonomia.  
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

Amazônia Ibama garimpo indígenas

Temas

Meio Ambiente País Notícia

LEIA MAIS

Justiça

TCE do Acre determina afastamento de secretário aliado de deputada

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

SERVIÇO PÚBLICO

Câmara acelera debate da reforma administrativa antes do recesso

2

Data simbólica

Há 63 anos, o Acre era elevado à categoria de Estado

3

Segurança Pública

Comissão aprova reintegração de trechos vetados em lei das polícias

4

Educação

Deputado propõe cursos de medicina veterinária apenas presenciais

5

AGENDA DA SEMANA

Pauta da Câmara inclui derrubada do aumento do IOF e proteção ao idoso

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES