Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Colunas >
  3. Comentário do dia: "Sou a favor da democracia. É verdade esse bilete" | Congresso em Foco

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News
LEIA TAMBÉM

Rudolfo Lago

2024: a anti-odisseia de Marçal

Rudolfo Lago

Viramos um país triste...

Rudolfo Lago

Você pode fumar baseado?

Rudolfo Lago

Pequenas legendas, grandes negócios

Rudolfo Lago

Pimenta no Leite é refresco?

Comentário do dia: "Sou a favor da democracia. É verdade esse bilete"

O post de Bolsonaro em defesa da democracia ficou parecendo o famoso "bilete" daquele menino de cinco anos que queria cabular aula

Rudolfo Lago

Rudolfo Lago

29/7/2022 | Atualizado às 18:31

A-A+
COMPARTILHE ESTA COLUNA

O post de Bolsonaro em defesa da democracia ficou parecendo esse famoso

O post de Bolsonaro em defesa da democracia ficou parecendo esse famoso "bilete". Foto: Reprodução
Comentário do dia: "Sou a favor da democracia. É verdade esse bilete" Como resposta a um manifesto que a essa altura já reúne mais de 250 mil assinaturas, o presidente Jair Bolsonaro resolveu nas redes sociais fazer o "manifesto do eu sozinho". No Twitter, Bolsonaro fez a sua singelíssima manifestação de defesa da democracia: "Por meio desta, manifesto que sou a favor da democracia. Assinado: Jair Bolsonaro". O presidente só faltou fazer como aquele menino de cinco anos que viralizou em 2018 quando a sua mãe publicou nas redes um bilhete escrito por ele em que tentava se passar pela direção da escola para cabular aula. Para reforçar a veracidade da sua falsificação, o menino fez o seguinte "P.S" no final: "É verdade esse bilete". Bilete, com o inocente erro de ortografia. Assim como o menino travesso, Bolsonaro vê-se obrigado a reforçar a veracidade da sua afirmação, diante da constatação de que muito poucos acreditam nela. Em primeiro lugar, se houvesse segurança quanto ao compromisso de Bolsonaro com a democracia, a carta produzida pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) não teria sido produzida. Se essa fosse somente a impressão daqueles que fazem oposição sistemática ao governo, ela não teria tido obtido a adesão que obteve. Seria apenas uma manifestação de estudantes e de grupos mais à esquerda. Não haveria entre as assinaturas empresários e banqueiros que em 2018 apoiaram a eleição de Bolsonaro. Para aderir à carta da USP, clique aqui. Como dissemos ontem por aqui, tal desconfiança não acontece de graça. Ela é motivada pelas próprias atitudes de Bolsonaro. Listamos dez exemplos. Poderíamos ter listado outros dez. E, caso nada disso bastasse, o efeito das atitudes do presidente fica explícito nesta última rodada da pesquisa Datafolha. De acordo com a pesquisa, mais da metade do eleitorado brasileiro (52%) não acredita no que diz o presidente. Há, porém, um lado positivo disso tudo. A reação de Bolsonaro mostra os efeitos que a carta da USP teve sobre os seus ensaios antidemocráticos. Ontem mesmo, antes dessa última reação, já apontávamos isso. A adesão à carta de personalidades de perfil conservador, de segmentos que majoritariamente estiveram com Bolsonaro em 2018, é um tremendo sinal de alerta. Setores ligados à campanha do presidente já o vinham alertando a esse respeito. A orientação que tinham dado, inclusive, era que Bolsonaro não voltasse a atacar o Supremo Tribunal Federal (STF) nem atiçasse sua militância mais raivosa na convenção do último domingo (24). Bolsonaro fez o oposto. O que lhe valeu a homologação nesta sexta-feira (29) do seu 146º pedido de impeachment, apresentado pelo líder da Minoria no Senado, Jean Paul Prates (PT-RN). Outros movimentos no campo conservador nesta sexta devem também ter provocado dores de cabeça em Bolsonaro. A Fecomércio de São Paulo, que responde por 10% do PIB nacional, também aderiu à carta pela democracia. O presidente do União Brasil, Luciano Bivar, está em conversas com o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, e há boatos de que ele poderia desistir da candidatura. Seria um tirombaço em Bolsonaro. Bivar presidia o PSL, partido pelo qual Bolsonaro foi eleito presidente em 2018. E André Janones, do Avante, partido também conservador, terá uma conversa com Lula e não se descarta que também retire sua candidatura para apoiá-lo. Podem ser sinais de que muitos começam a imaginar que a polarização agora não se dará entre esquerda e direita. Mas entre autoritarismo e democracia. E nessa polarização as opções de boa parte se alteram.
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

Lula democracia USP PSL Luiz Inácio Lula da Silva manifesto Avante Luciano Bivar Andre Janones eleições 2022 União Brasil FecomercioSP bilete

Temas

Opinião País Colunistas Análise Coluna Democracia Eleições
COLUNAS MAIS LIDAS
1

Fascismo 4.0

Democracia indiferente e fascismo pós-algoritmos

2

Comunicação e justiça

Liberdade de acesso à informação ou palanque midiático?

3

Política ambiental

Política ambiental: desmonte, reconstrução e o papel do Congresso

4

Política internacional

Trump: a revolução que enfrentou os limites da realidade

5

Intolerância

Quando se ataca um povo, fere-se toda a humanidade

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES