Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Colunas >
  3. Racismo religioso é problema de todos, não só dos evangélicos | Congresso em Foco

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News
LEIA TAMBÉM

Observatório Evangélico

"E a palavra amor, cadê?": igreja gera reações ao vetar "cabelo afro" em seu código de vestimenta

Observatório Evangélico

A diferença entre suicídio, martírio e sacrifício: o caso Francisco Wanderley

Observatório Evangélico

Evangélicos ganharam mais uma

Observatório Evangélico

Bancadas cristãs e sua "caça às bruxas" via pacote anti-STF

Observatório Evangélico

Prefeitura de SP seguirá conservadora com qualquer resultado nas eleições

observatório evangélicos

Racismo religioso é problema de todos, não só dos evangélicos

Mais do que conscientizar os evangélicos pretos e pobres, precisamos de leis mais firmes e de conscientização da sociedade como um todo

Observatório Evangélico

Observatório Evangélico

3/4/2023 9:07

A-A+
COMPARTILHE ESTA COLUNA

Mônica Ruiz:

Mônica Ruiz: "No Brasil, historicamente as religiões afros sempre foram demonizadas, tanto por católicos quanto por grupos espíritas. Geralmente o racismo religioso vem sendo associado apenas aos evangélicos, quando sabemos que é uma questão estrutural de nossa sociedade". Foto: Toninho Oliveira/Prefeitura de Campinas
Mônica Ruiz * Nos últimos anos as igrejas evangélicas, principalmente as neopentecostais e pentecostais, contribuíram muito para a intolerância religiosa. No Brasil, historicamente as religiões afros foram demonizadas, tanto por católicos quanto por grupos espíritas. Visto em seu aspecto estrutural, fica claro que o racismo religioso não é um problema apenas dos evangélicos. Sabemos que as igrejas evangélicas, principalmente as neopentecostais e pentecostais, contribuíram muito para a intolerância religiosa. Também sabemos que, no Brasil, historicamente as religiões afros sempre foram demonizadas, tanto por católicos quanto por grupos espíritas. Inicio este texto pontuando isso porque geralmente o racismo religioso vem sendo associado apenas aos evangélicos, quando sabemos que é uma questão estrutural de nossa sociedade. Episódios como o daquela mulher criticada por escrever mensagens de sua fé nas páginas de um livro infantil sobre cultura afro brasileira podem reforçar os evangélicos como os únicos culpados pela intolerância contra religiões de matriz afro. Devemos nos atentar que ao culpabilizarmos somente este grupo não estamos culpando somente evangélicos, mas sim pretos e pobres, já que a maioria evangélica tem este perfil social. Assim, reiteramos a narrativa que atribui a culpa do racismo brasileiro aos pretos que sofrem a opressão. O fato de as igrejas evangélicas terem grande parcela de culpa no fortalecimento do racismo religioso não anula o fato que estamos todos inseridos em uma sociedade cujo Estado trata o racismo com leis brandas. O indivíduo que destroi um terreiro não faz simplesmente por influência do pastor. Ele pode até encontrar respaldo na fala do líder que, mesmo sem defender tais crimes, demoniza as religiões de matriz africana, mas o que o move também é a certeza da impunidade. Ele age assim porque sabe que a sociedade brasileira não irá se indignar com sua ação e porque sabe que o Estado brasileiro ainda é leniente com denúncias de racismo. Mais do que conscientizarmos os evangélicos pretos e pobres, precisamos de leis mais firmes e de um esforço de conscientização da sociedade como um todo. Porque não adiantaria nada as igrejas conscientizarem os evangélicos, aqueles que já sofrem diferentes tipos de racismo, se a senhora branca, católica ou portestante histórico, que mora no Morumbi, seguir pensando e agindo como se as religiões afros fossem cultos demoníacos. Eu creio que nós crentes temos que assumir uma posição contundente contra o racismo. Não pretendi nos isentar da responsabilidade, mas penas pontuar que outros grupos da sociedade também precisam assumir essa posição, pois o racismo religioso é um problema social que deve ser combatido por todos, crentes e não crentes.
* Mônica Ruiz é antropóloga, mulher preta e evangélica neopentecostal.
O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected]. Outros textos do Observatório Evangélico.
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

evangélicos igreja racismo Racismo religioso Observatório Evangélico

Temas

Opinião País Colunistas
COLUNAS MAIS LIDAS
1

Comunicação e justiça

Liberdade de acesso à informação ou palanque midiático?

2

Reforma política

A federação partidária como estratégia para ampliar bancadas na Câmara

3

Política ambiental

Política ambiental: desmonte, reconstrução e o papel do Congresso

4

Intolerância

Quando se ataca um povo, fere-se toda a humanidade

5

Polarização online

A democracia em julgamento: o caso Zambelli, dos feeds ao tribunal

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES