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Helena Theodoro
Dulce Pereira
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Olhares Negros
2/6/2022 | Atualizado às 13:44
Xandy Carvalho dançando com Iansa. Foto: Wagner Cria[/caption]
Xandy Carvalho nos transporta ao espaço do terreiro, mostrando como é possível o diálogo entre o terreiro e a cidade, entre a Universidade e os Saberes Ancestrais. Ao levar seus alunos para um contato direto com o espaço do terreiro e com os saberes da mãe de santo sobre o simbolismo de suas danças e das memórias que nele se encontram, muda nossa maneira de lidar com o conhecimento.
Ao situar seu Corpo Terreiro o autor nos permite mergulhar no mundo do candomblé, terreirizando o mundo por meio de um corpo documental que se torna um mapa a ser seguido. Faz assim uma ponte entre a Universidade e a Comunidade Terreiro, recebendo do solo sagrado a sabedoria dos mais velhos , o vigor dos mais novos e a paciência mais o entendimento daqueles que não podem mais contar no tempo, mas que dançam sob as palhas do Senhor do Meio Dia - Omolu, na festa de Olubajé.
Para todos que lidam com os saberes universais, este livro nos ajuda a mergulhar em novos saberes e a olhar com outros olhos a sabedoria presente na oralidade que nos transmite conhecimento inédito em seus orikis e em seus tambores, mostrando como os saberes do terreiro são formas de sentir, ser e estar no mundo que permitem ao corpo se ampliar e ganhar novos espaços na Universidade e na sociedade em que vivemos.
Este trabalho nos leva a sentir como o pensamento atravessa o corpo através de categorias que formam o terreiro: espaço, corporeidade, educação iniciática, energia de vida. Nos mostra uma cultura de valorização do filho, do outro, de gente. Não tem a cultura do pecado , nem se pauta numa dívida de paraíso. O bom é aqui e agora, numa lógica que se funda na alegria, na valorização do corpo presente e pulsante.
Nossa gratidão imensa por essa publicação que nos mostra uma dança que nasce de dentro para fora, ao som do tambor, levando outros corpos a dançar , possibilitando a todos o grande banquete da vida, os movimentando e permitindo o pensar com outros corpos , sempre em profunda harmonia com o ontem e o amanhã.
O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].
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