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Ricardo Cappelli
Lula ou Bolsonaro: quem se arrisca a cravar o resultado final?
Ricardo Cappelli
Ricardo Cappelli
3/2/2018 7:30
[fotografo]Marcelo Camargo / Agência Brasil[/fotografo][/caption]É razoável considerar que um candidato petista tenha dois dígitos, entre 10 e 15%. Uma transferência de quase 50% dos 37% que Lula tem na pesquisa. Mais que isso é futurologia. Circula que o baiano Wagner não teria topado. Haddad começaria sendo surrado na própria casa pelo PSDB. Ciro cresce quando Lula sai. Sem outro candidato do PT no jogo pra valer é difícil saber se isso será sustentável. É um nome nacional muito qualificado. Até agora continua isolado. Nos melhores cenários sem Lula fica em torno de 13% dos votos.
Bolsonaro parou de subir mas não caiu, mesmo após ter apanhado bastante. Demonstra resiliência. Pode estar sendo escolhido pela direita como adversário. Com 18% dos votos pode garantir uma vaga na disputa final. É um sparing de luxo, o sonho de segundo turno de todos.
Na disputa com a Avenida Paulista, a Globo saiu na frente. Huck é o principal vencedor da amostra. Sem ser candidato empata com Alckmin. O governador paulista parte de um "estado-nação" muito forte. É o preferido da Banca. Se não conseguir deslanchar logo a especulação em torno da operação Huck-Globo vai aumentar.
Marina é o plano C da Banca. Sem partido, isolada, é um nome na mão do mercado que pode ser sacado em caso de naufrágio de Geraldo ou da desistência definitiva do apresentador global.
Manuela surpreende chegando a 3% em alguns cenários. Isolada, como todos da esquerda, é uma promessa com um desafio gigantesco pela frente.
Quando Lula sai temos 32% de brancos e nulos. Segundo os diretores do Datafolha, um fato histórico. A saída de Lula adiciona 13% aos brancos e nulos. É a materialização da política de destruição da política. Um buraco pensado, com o objetivo deslegitimar a democracia para fortalecer o mercado e os setores antinacionais da burocracia estatal.
Para onde vão estes 13% de brancos e nulos saídos de Lula? Setores da esquerda acreditam que estão estacionados "numa vaga" esperando o ex-presidente indicar o nome. Para a direita estão na mesma vaga, só que a espera do "novo".
A grande mídia vai estimular a divisão na esquerda. Interessada na pulverização vai dar espaço maior para todos os candidatos. Podemos ter quatro candidatos da esquerda. PT, PDT, PCdoB e mais algum do PSOL. Sendo otimista, dois candidatos de um dígito e dois de dois dígitos, com teto de 15%. Ocupariam todo o espaço deste espectro político. E ninguém iria para o segundo turno.
O campo conservador, cedo ou tarde, vai se unificar e colocará pelo menos 20% dos votos em algum candidato. Se ficar difícil, Marina, o Plano C, está à disposição.
A esquerda unida vai ao segundo turno e pode ganhar a eleição. Dividida pode ser esmagada e acabar em casa vendo, desolada, uma disputa entre o fascismo e a direita. Diante da defensiva absurda, da hipótese real de prisão de seu principal líder, por que não unidade desde já em torno do Programa de uma Frente Democrática? Nomes e espaços partidários enquanto o país afunda e a democracia é assassinada? A unidade é uma exigência histórica. Se não se der nas urnas, pode acabar acontecendo na prisão e na derrota. Que Brizola, Arraes e Amazonas nos iluminem. E joguem muita luz principalmente sobre a cabeça de Lula.Tags
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