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Rudolfo Lago
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Novo Congresso
2/2/2023 7:31
Para Paulo Rocha, Lula tem o jogo de cintura que Dilma não tinha para negociar com o Congresso. Foto Lula Marques/Agência PT[/caption]
Tudo terá de ser negociado caso a caso. E aí deverá valer a propalada capacidade de negociação de Lula, forjada na sua história de líder sindical. Paulo Rocha compara, então, essa capacidade com a que tinha a ex-presidente Dilma Rousseff. "Lula, diferentemente de Dilma, tem jogo de cintura. Por todas as suas características, o governo será a junção da esquerda que o compõe com o centro democrático, e é dessa forma que as coisas vão evoluir. Por exemplo, combinar a questão fiscal, que é ponto de honra para esse centro, com a nossa filosofia de desenvolvimento social. É por aí que o diálogo será construído".
"Nós vencemos", comemorava ao final da eleição o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. "Nem de longe os 32 votos dados a Rogerio Marinho representam o tamanho da oposição", completa. "Acho que a oposição sólida ao governo são os 8% da sociedade que apoiou a tentativa de golpe no dia 8 de janeiro. Para além dessa minoria absoluta, as coisas serão negociadas caso a caso".
Nesse ponto, concorda um eleitor de Rogério Marinha, o senador Alessandro Vieira (PSDB-SE). "Os 32 votos obtidos por Rogerio Marinho são expressivos. Mas eles se destinam a dar recados internos. Recados sobre a necessidade de renovação dos métodos dentro do Senado. Não tem nenhuma relação com a discussão dos temas da agenda que vier a ser apresentada pelo governo", considera.
Davi Alcolumbre (União-AP), apresentou uma emenda à PEC da Transição que destina R$ 10,8 bilhões da União para que os estados e munícipios arquem com o piso salarial da enfermagem. Foto: Marcos Oliveira/Ag. Senado" width="300" height="199" /> Alcolumbre trabalha para voltar à presidência do Senado ao final do mandato de Pacheco? "Não sei o dia de amanhã", responde ele. Foto: Marcos Oliveira/Ag. Senado[/caption]
O principal ponto dessa insatisfação interna chama-se Davi Alcolumbre. Principal articulador da candidatura à reeleição de Pacheco, Alcolumbre foi o seu antecessor. E os adversários agora de Pacheco afirmam que o plano de Alcolumbre é voltar a presidir o Senado daqui a dois anos, quando acabar o novo mandato de Pacheco. Em seu discurso como candidato, Rogerio Marinho fez questão de reforçar isso. "Será possível que em uma casa com 81 senadores, teremos somente dois se alternando no poder por dez anos?"
Eufórico após a vitória de Pacheco que ajudou a construir, Alcolumbre não negou nem confirmou suas pretensões de retorno após o fim do mandato de Pacheco. "Quero que Deus me dê saúde. Mas eu não sei como será o dia de amanhã", afirmou. "O que de fato importa é que Rodrigo Pacheco comportou-se com altivez na presidência do Senado, e foi isso o que de fato esteve em jogo. A campanha de Rogerio Marinho deixou de falar de Rodrigo Pacheco para falar de mim. Eu fui espancado por uma semana".
Outro dos principais articuladores da campanha de Pacheco, que fez questão de agradecer por esse empenho, o senador Otto Alencar (PSD-BA) admite que se esperava uma votação um pouco maior do que a que houve. "Esperávamos 52 votos", disse ele. "De qualquer modo, é uma vitória expressiva que coroa a condução de Pacheco no seu primeiro mandato. O ex-presidente Bolsonaro queria um presidente do Senado em posição de genuflexão a ele, e não obteve isso de Pacheco. E essa mesma altivez prossegue agora. Se houve uma renovação grande de senadores, tenho convicção que a grande maioria deles é constituída de pessoas de juízo, que vêm para o Senado com a intenção de contribuir para o país".Tags
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