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Conversando com ela: os relógios de Sampa

Eduardo Fernandez

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29/5/2013 | Atualizado às 15:30

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- Olá, dona Dilma, tudo bem? Tanto tempo! E a campanha rolando, não é? - Olá, tudo legal, obrigado. A qual campanha você se refere? - Ora, precisa perguntar? - Mas eu já lhe disse que agora o que interessa é retomar o desenvolvimento e fazer crescer o PIB, transformar o pibinho num pibão! - Parece que este ano ainda não vai dar, não é? Quem sabe no próximo? Difícil mesmo será transformar crescimento do PIB em desenvolvimento; afinal, como economista, a senhora sabe que uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa, não é? - Mas sem crescer não há desenvolvimento possível; certo? - Sei não... Por exemplo, se a senhora falar com o Haddad, lá em Sampa, poderemos ter mais desenvolvimento, sem nos preocuparmos com o PIB. - Como assim? - Fácil! A senhora viu que a prefeitura está instalando mil relógios digitais na cidade? - Sim; e qual o problema? - Dona Dilma: relógio na rua, para quê? É praticamente inútil, pois todo mundo tem celular que marca hora, ou tem relógio, e quem não tem pode perguntar a quem está ao lado.... Será que a prefeitura não encontrou nada mais útil? Instalar placas informativas de direção, quem sabe? Ou que mostrem o nível de poluição do ar? Estas sim, mostrariam, pelo menos, a distância a que estamos de um desenvolvimento sustentável... - Mas a licitação foi feita no governo passado, não é iniciativa do Haddad. - Sei bem, mas sei também que o interesse público justifica cancelar uma licitação. Então, acho que vale um telefonema para o prefeito, sugerindo que cancele o processo, ou o altere para algo mais útil.... Afinal, colocar relógios na rua pode ter sido importante no início do século passado; hoje, não é mais prioridade. A senhora não concorda? - Mas é útil saber as horas! - Claro! Mas são tantas outras necessidades que colocar relógio na rua é sinônimo de atraso. Afinal, hoje é fácil saber as horas! - Ora, não posso intervir numa prefeitura. - De acordo. Mas eu não estou sugerindo uma intervenção, apenas uma recomendação que, vinda da senhora, é quase uma ordem, uai! E parece haver, também, um outro problema no processo. - Qual é? - É que, como informa a página internet da prefeitura, o consórcio vencedor da licitação investirá R$ 240 milhões na instalação dos mil relógios. Quer dizer, cada um custará R$ 240 mil!!!! Como os relógios não devem ser de ouro, parece haver algo errado; a senhora não acha? Veja bem, não estou afirmando nada, mas gastar tanto para instalar um relógio não me parece fazer muito sentido. Parece mais, vamos e venhamos, um negócio da China, mas não para os paulistanos, não é? - Deve haver mais coisas nessa licitação; afinal, é muito dinheiro para cada relógio. - Também acho que deve haver outras coisas, mas não informaram. -  Vou ver o que posso fazer. Até mais. - Até. Boa sorte, a senhora precisará; afinal, estão todos na base, não é? -  A instalação dos relógios está na base, no início? - Não; a tchurma que tocou o negócio é que está quase toda na base do governo...
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