Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Colunas >
  3. O tabuleiro partidário para 2026 | Congresso em Foco

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News
LEIA TAMBÉM

Marcus Pestana

Abram alas para a nova geração

Marcus Pestana

O equilíbrio fiscal e o IOF

Marcus Pestana

Viva o cinema brasileiro!

Marcus Pestana

O desafio da produtividade

Marcus Pestana

Sinfonia Barroca, o Brasil que o povo inventou

eleições 2024

O tabuleiro partidário para 2026

OPINIÃO | As eleições de 2026 dependerão muito mais da situação econômica e de outros fatores do que do resultado das eleições municipais

Marcus Pestana

Marcus Pestana

2/11/2024 9:06

A-A+
COMPARTILHE ESTA COLUNA

Muita tinta já foi gasta para decifrar o suposto "recado das urnas" em 2024 e suas consequências para a sucessão presidencial em 2026. Já expus aqui, com base na reflexão teórica, mas sobretudo, na experiência política concreta, que há baixíssima conexão entre os resultados das eleições locais intermediárias e os cenários para o futuro no plano nacional. Vivemos sob um presidencialismo bastante peculiar e um sistema político, partidário e eleitoral "sui generis". Os partidos, em sua esmagadora maioria, não têm identidade ideológica clara, organicidade, democracia interna, unidade nacional, e se norteiam por excessivo pragmatismo. As bancadas no Congresso dividem-se ao meio em votações cruciais. Prefeitos e vereadores não obrigatoriamente seguem a orientação partidária nas eleições presidenciais. Por outro lado, as eleições presidenciais no Brasil são dominadas pela relação direta do candidato com o eleitorado, sem mediação institucional, vale dizer, dos partidos e das lideranças regionais e locais, sobretudo na era da TV e das redes sociais. O carisma individual e a capacidade de comunicação e mobilização valem muito mais que estruturas partidárias, embora algum tempo de TV, capilaridade orgânica e um mínimo competitivo de financiamento de campanha sejam importantes. Vargas, JK, Jango, Collor, FHC, Lula, Bolsonaro foram ou são muito maiores que suas estruturas partidárias. Portanto, as análises "tour de force" que partem dos números das eleições de 2026 para projetar o fortalecimento ou a decadência de Lula ou Bolsonaro, ou do espaço para uma futura terceira via, não passam de futurologia de baixa qualidade, sem base empírica ancorada na experiência histórica. As eleições de 2026 dependerão muito mais da situação econômica da época, do grau de satisfação da população, da elegibilidade ou não de Bolsonaro, do estado de saúde de Lula, e da ousadia do centro político de aparecer com cara própria ou se acomodar em posição subalterna aos dois polos mais bem situados, de início, no tabuleiro eleitoral. O quadro partidário brasileiro atual tem sua órbita em torno de três campos ideológicos e um pragmático. O PL e o Novo formam um polo que procura agregar elementos do pensamento conservador e liberal, embora haja contradições entre uma coisa e outra. O PT lidera um bloco de esquerda que reivindica as tradições de um socialismo às vezes anacrônico formado por Psol, PSB, Rede, PCdoB e PV. Sobrevive ainda um polo que já teve peso político e vive hoje dificuldades conjunturais e indefinição de rumos, que espelha o movimento socialdemocrata e trabalhista, unindo PSDB, Cidadania, Solidariedade, e, com outra dinâmica, o PDT. Mas os "grandes vitoriosos" foram os partidos pragmáticos, que fazem um movimento pendular entre esquerda, direita e centro, tendo dado relativo apoio parlamentar e participado do ministério dos governos FHC, Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro. É difícil saber como se comportarão, em 2026, cinco dos seis partidos que fizeram entre 440 e 891 prefeitos (PSD, MDB, PP, União Brasil e Republicanos). Quem disser que sabe, pode estar delirando, mentindo ou mal-informado. A única coisa que antevejo com alguma certeza é que eles terão grandes bancadas no Congresso e farão parte do ministério de qualquer futuro governo, seja de direita, de esquerda ou de centro. Quem viver, verá!
O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected]. Leia o que publicamos sobre as eleições 2024
 
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

Lula direita esquerda Jair Bolsonaro eleições 2026 eleições 2024

Temas

País Colunistas Coluna Eleições
COLUNAS MAIS LIDAS
1

Comunicação e justiça

Liberdade de acesso à informação ou palanque midiático?

2

Reforma política

A federação partidária como estratégia para ampliar bancadas na Câmara

3

Política ambiental

Política ambiental: desmonte, reconstrução e o papel do Congresso

4

Intolerância

Quando se ataca um povo, fere-se toda a humanidade

5

Polarização online

A democracia em julgamento: o caso Zambelli, dos feeds ao tribunal

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES