[caption id="attachment_46556" align="alignleft" width="285" caption="O ministro dos Transportes fará uma lista de nomes técnicos para substituir os diretores que foram afastados - Wilson Dias/ABr"]

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Hideraldo Caron, o diretor de Infraestrutura Rodoviária do Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes (Dnit), será afastado do cargo. Caron é o único petista na direção do órgão comandado pelo PR desde o governo Lula. A demissão de Caron é uma exigência do PR. Como a presidenta Dilma Rousseff resolvera demitir toda a cúpula do Ministério dos Transportes, inclusive o ex-ministro Alfredo Nascimento, por conta de denúncias de superfaturamento e outras irregularidades, o PR exigia a saída também de Caron. Afinal, ele é um dos diretores que lida com o preço das obras no Dnit.
Outras mudanças ainda ocorrerão no Dnit e em outras áreas do Ministério dos Transportes. Na segunda-feira (18), o ministro Paulo Sérgio Passos teve uma reunião com Dilma, e ficou acertado que ele fará uma lista com nomes técnicos para afastar os antigos dirigentes indicados politicamente e que foram afastados. Dilma pretende anunciar uma reestruturação administrativa dos órgãos ligados ao Ministério dos Transportes, já com a indicação dos novos diretores.
Fustigado pelas denúncias nos Transportes, o PR vinha exigindo a cabeça de Caron como contrapartida. Ele é o responsável por fazer os aditivos nos contratos das obras rodoviárias em andamento. Aditivos são acréscimos nos valores combinados. Todo o processo que culminou na saída de Alfredo Nascimento e dos demais subordinados no ministério se deu porque Dilma verificou descontrole nos repasses para as obras e superfaturamentos. Tais situações se davam principalmente após a autorização para o pagamento de aditivos.
As demissões chegarão ao diretor-geral do Dnit, Luiz Antônio Pagot. No momento, ele está de férias, mas as informações do Palácio do Planalto são de que ele não retornará ao cargo. O governo espera que tanto Pagot quanto Caron peçam demissão.