Braço-direito do senador Joaquim Roriz (PMDB-DF), o deputado Tadeu Filippelli (PMDB-DF) afirmou na tarde de hoje (4) que está descartada uma entrevista coletiva para explicar a situação do senador. Roriz terá seu processo por quebra de ética e decoro parlamentar aberto nas próximas horas, por determinação da Mesa do Senado.
Filippelli disse ao Congresso em Foco que “está decidido” não conceder entrevista hoje. Quanto à renúncia, o deputado afirmou: “Não está sendo levada em conta. É a última opção diante de uma crise”.
O parlamentar tinha acabado de sair da residência de Roriz em Brasíla, no bairro Park Way, onde o senador deve permanecer durante o transcorrer de hoje.
Filippelli disse que o descarte da renúncia é a decisão tomada até este momento. Ainda nesta tarde, a assessoria de Roriz afirmou que ainda é uma possibilidade o senador renunciar ao mandato para escapar do processo no Conselho de Ética.
De acordo com o senador Papaléo Paes (PSDB-AP), integrante da Mesa Diretora, Roriz tem prazo até ser notificado de seu processo pelo Conselho. A notificação deve ser entregue entre hoje e amanhã.
Fortes laços
Vice-líder do PMDB na Câmara, Filippelli mantém fortes laços com Roriz. Engenheiro elétrico, ele foi casado com uma sobrinha do senador. O deputado costuma dizer que sua entrada na política se deve a Roriz, que o fez deixar de ter uma visão meramente técnica do serviço público.
Nas últimas eleições, foi pré-candidato ao governo do Distrito Federal. Por lealdade a Roriz e a uma chapa com os tucanos, apoiou incondicionalmente Maria Abadia (PSDB), apesar de as pesquisas darem como certa a vitória de José Roberto Arruda (DEM), o que realmente aconteceu. Em 2006, Filippelli deixou o cargo de secretário do DF, voltou à Câmara e disputou um novo mandato. Acabou como o deputado federal mais votado de Brasília. (Eduardo Militão) Leia também Quintanilha diz que pode notificar Roriz hoje Tuma recebe dossiê contra Roriz Se renunciar, Roriz pode voltar à vaga que deixou