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Presidente do PSDB no esquemão de Valério

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11/8/2005 11:48

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Após semanas no ataque contra o PT, os tucanos passaram a terça-feira dando explicações. O senador Eduardo Azeredo (MG), presidente nacional do PSDB, foi acusado receber R$ 11,7 milhões em empréstimos bancários feitos pelas empresas do empresário Marcos Valério - apontado como operador do mensalão - quando era candidato ao governo do estado, em 1998. O dinheiro de caixa dois teria sido usado para custear a campanha.

"Investigação vale para todo mundo", afirmou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, um dos presidenciáveis do partido. "A gravidade é que isso não parece ser uma questão pontual, é sistêmica e isso é a gravidade. Tudo o que foi dito pelo deputado Roberto Jefferson vem se confirmando", completou, após afirmar que não considera o fato uma tentativa petista de abafar as denúncias sobre o governo.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu a apuração do envolvimento de Azeredo com o empresário Marcos Valério. Porém, disse que essa não é uma desculpa para mudar o foco das investigações. "É preciso separar o joio do trigo. Pode apurar o passado, mas não podemos perder o foco da crise hoje", ressaltou FHC. O ex-presidente afirmou ainda que seu governo "é coisa da história".

Em reportagem publicada ontem no jornal O Globo, documentos comprovariam uma triangulação realizada pela agência de propaganda DNA para tomar um empréstimo no Banco Rural, em Belo Horizonte. Esse empréstimo seria usado como caixa dois da campanha de Azeredo. Na noite de ontem, a diretoria da agência admitiu ter praticado a operação e não contestou os papéis publicados pela imprensa.

O esquema dos tucanos é semelhante ao que Valério e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares dizem ter feito para arrecadar fundos para o PT. Divulgado há duas semanas, os dois reconheceram uma negociata em que o empresário pegava empréstimos com bancos e repassava o dinheiro a um caixa dois do partido, controlado exclusivamente por Delúbio, para financiar campanhas. Foram ao todo cinco empréstimos que somam R$ 39 milhões. Hoje a dívida já ultrapassa R$ 90 milhões. Como garantia ao banco, Valério deu contratos de publicidade assinados com estatais do governo federal.

Convocação de Azeredo
A CPI dos Correios quer convocar o presidente do PSDB para depor. "Vamos analisar na bancada uma decisão sobre a possível convocação de Azeredo", afirmou o deputado Maurício Rands (PT-PE). Segundo ele, o esquema de Marcos Valério com o PT é uma continuidade do financiamento de campanha que veio do passado. "O PT tem que fazer sua autocrítica, mas isso não impede que a sociedade saiba deste caso", acrescentou.

O deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ) defende uma separação entre o esquema de financiamento de campanhas petista e o incidente envolvendo tucanos. "O que for dinheiro de campanhas tem que ser interpretado de forma diferente do que for dinheiro público ou dinheiro para votar a favor do governo, o mensalão", afirmou o deputado.

Azeredo disse não ter dado nenhum aval para empréstimos. "Não sei de transação nenhuma. Não é a mesma coisa, em absoluto. Estou à disposição em qualquer fórum que o Senado quiser. O que não posso concordar é que a hipocrisia prevaleça. Tenho uma vida pública conhecida e respeitada", alegou. No período em que os empréstimos foram autorizados, a SMPB, outra empresa de Marcos Valério, repassou um grande volume, cerca de R$ 1,6 milhão, para 70 políticos da coligação tucana em Minas.

Para garantir a transação, Marcos Valério ofereceu um contrato de prestação de serviços para a Secretaria de Comunicação de Minas Gerais. O acordo previa o pagamento da dívida, em 28 de outubro de 1998, três dias depois do segundo turno das eleições. Azeredo, contudo, perdeu a disputa.

Com isso, o empréstimo não foi pago na data prevista. O banco executou a dívida e pediu a penhora dos bens imóveis dos sócios da DNA, Cristiano Mello Paz, Ramon Hollebach e Marcos Valério. Em depoimento à CPI dos Correios ontem, a esposa de Valério, Renilda Souza, afirmou que não sabia da penhora na agência, da qual também é sócia.

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), exigiu explicações de Azeredo à CPI dos Correios. "Apresente-se logo à CPI e acabe logo com essa brincadeira de petistas, essa patacoada". Virgílio refutou comparações entre as doações realizadas por Valério a políticos mineiros em 1998 e o esquema de caixa dois para campanhas petistas.

Um dos sub-relatores da CPI dos Correios, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), classificou a denúncia como um caso restrito. Segundo ele, a origem, a forma de movimentação e o volume do dinheiro no caso de Minas Gerais apresentam diferenças em relação ao esquema já descoberto que liga o empresário ao PT.




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