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TRAMA GOLPISTA
Congresso em Foco
14/9/2025 19:00
Após o julgamento do Núcleo 1 que levou a condenação de Jair Bolsonaro e mais sete réus, o Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar mais 31 pessoas acusadas de participar da tentativa de golpe. Serão julgados 4 núcleos, denunciados pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de Golpe de Estado, envolvimento em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado.
Qual o caminho para ir à julgamento no STF?
Para ir para julgamento no STF, a Polícia Federal (PF) deve indiciar pessoas (formalizar inquérito) para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) analise e decida se apresenta ou não denúncia contra os acusados. Caso seja apresentada denúncia por parte da PGR, a legitimidade é avaliada pelo STF. Apenas quando a denúncia é aceita é que um processo judicial se inicia.
Foram denunciadas 37 pessoas pela PF em novembro de 2024, enquanto em fevereiro deste ano, a PGR apresentou denúncia contra 34 pessoas.
No caso da suposta trama golpista, as denúncias foram avaliadas pela 1ª Turma do STF, que tornou réus 31 dos denunciados. Apenas duas pessoas acusadas não tiveram as denúncias aceitas pelo STF, Cleverson Ney Magalhães e Nelton Diniz Rodrigues, coronel da reserva e general do Exército, respectivamente.
Magalhães atuou como assessor do general da reserva e ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército, atual réu Estevam Theophilo, enquanto Rodrigues foi assistente direto do general Marco Antônio Freire, ex-comandante do exército. Foi a primeira vez que o ministro Alexandre de Moraes, relator, votou para rejeitar denúncias sobre o caso, segundo o magistrado, não há indícios suficientes para acolher a peça acusatória.
A ação penal apresenta etapas:
Apenas após concluídas as três etapas, o relator da ação penal, Ministro Alexandre de Moraes, confecciona o voto e libera o caso pra que seja marcado o julgamento na Primeira Turma. Os núcleos 2, 3 e 4 estão na fase das alegações finais, sem data definida para o julgamento.
Núcleo 2 (AP2693)
O Núcleo 2 corresponde aos acusados de fazer o "gerenciamento das ações" ordenadas pelo Núcleo Crucial, ou seja, direcionavam forças policiais e produziam minutas golpistas, entre outras medidas. Uma das medidas seria o uso da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para dificultar a chegada de eleitores aos locais de votações em áreas em que Lula era favorito.
Em abril, os seis denunciados viraram réus:
Núcleo 3 (AP 2696)
O grupo, formado por nove militares e um policial federal, seria responsável por monitorar autoridades, fazer pressão para que militares de alta patente se mobilizassem contra o sistema eleitoral e agissem a favor de um golpe de Estado.
Parte dos réus teria participado do "Planejamento Punhal Verde Amarelo", que tinha como objetivo assassinar o ministro Alexandre de Moraes, o presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin.
10 dos acusados de tornaram réus em maio, quando foram rejeitadas as denúncias de Cleverson Ney Magalhães e Nelton Diniz Rodrigues.
Núcleo 4 (AP 2694)
Este grupo disseminaria desinformação, propagaria informações falsas acerca do processo eleitoral e realizaria ataques vituais contra instituições e autoriedades. Segundo investigações, entre os atacados, estavam os então comendantes do Exército e da Aeronáutica, que teriam se recusado a apoiar o golpe. Há acusados de estruturar a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitoras opositores.
As denúncias foram aceitas pelo STF em maio:
Núcleo 5
O núcleo ainda não foi avaliado pela corte, ele é composto apenas pelo ex-comentarista da Joven Pan Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, empresário e neto do ex-presidente João Figueiredo, último presidente do período ditatorial.
Figueiredo foi denunciado pela PGR por incitar militares em aparições públicas e vazar documentos em alusão à trama golpista. De acordo com Moraes, o jornalista teve o papel de divulgar o texto para pressionar comandantes militares de diversas regiões do país, usou da posição de comunicador para pressionar e provocar cooptação do alto comando do exército.
"Se normalizou que um pseudojornalista pudesse atacar generais comandantes de região, jogando parte da população contra eles, dizendo que eles deveriam ser atacados por eles serem contrários por uma ação mais contundente das Forças Armadas. Mas contundente no que?"
Como o núcleo ainda não foi avaliado, devido Figueiredo morar nos Estados Unidos, o que dificulta a notificação sobre a acusação e o prosseguimento dos trâmites, sendo assim, não pode ser considerado réu. Além disso, o ex-comentarista colaborou com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) na pressão para o governo dos Estados Unidos apoiasse a campanha pela anistia no Brasil.
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