Jornalista é filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) e faria sua estreia nas urnas neste ano. Foto: Reprodução
O ex-repórter da Rede Globo
Marcos Uchôa anunciou, nesta terça-feira (30), que não deve mais disputar uma vaga para Câmara dos Deputados nestas eleições. O jornalista é filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) e faria sua estreia nas urnas neste ano.
"Não sou mais candidato a deputado federal. Às 15h, vou explicar a razão", disse o ex-global no Twitter. No microblog, o jornalista vinha divulgando materiais de campanha.
Uchôa públicou um vídeo na rede social com os motivos para retirar a sua candidatura. Na publicação, o jornalista afirma "não acredita em trabalho que não seja bem feito" e diz que a desistência foi motivada por falta de recursos para viabilizar a campanha.
"Eu tive que me informar e aprender o que seria necessário para eu fazer uma campanha com chances reais de me eleger, e você precisa de uma grande estrutura", afirmou Uchôa. "Você pode fazer uma campanha mais cara ou mais barata. O que você não pode fazer é uma campanha sem dinheiro", completou.
Segundo o jornalista, ao se filiar ao partido em abril, o presidente do PSB no Rio de Janeiro, deputado
Alessandro Molon, se comprometeu em financiar a campanha de Uchôa. No entanto, Uchôa diz não ter recebido nenhum valor para financiar a campanha e nem mesmo uma previsão para poder se "planejar minimamente".
"Chegamos ao final de agosto e essa informação não foi dada. Conversei com outros candidatos que estão na mesma situação e que também não sabem de nada. Olha, gente, falta praticamente um mês para a eleição. É muito pouco tempo", destacou Uchôa.
Em abril deste ano, ainda como pré-candidato, Marcos Uchôa deu entrevista ao
Congresso em Foco. Na ocasião, ele criticou o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), que tenta reeleição.
"A imagem do Brasil lá fora está queimadaça, como nunca imaginei. Nas guerras e nos lugares que cobri, você era muito bem tratado quando dizia que era brasileiro. Agora, quando você diz que é brasileiro, as pessoas dizem que a coisa aqui está feia com Bolsonaro. Nunca tinha passado por isso, ser malvisto por ser brasileiro", contou.
Ao
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marcos Uchôa declarou um patrimônio de R$ 2,2 milhões. Ele foi correspondente internacional por 15 anos.