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DERROTA NO CONGRESSO
Congresso em Foco
9/10/2025 | Atualizado às 8:27
A derrubada da medida provisória (MP 1.303/2025) que buscava substituir o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) por outras mudanças fiscais deixou o governo Lula diante de um rombo estimado em R$ 46 bilhões nas contas públicas de 2025 e 2026. O revés, ocorrido após impasse na Câmara dos Deputados, forçou a equipe econômica a reavaliar o planejamento orçamentário e a discutir novas saídas para evitar o descumprimento do arcabouço fiscal. A MP perdeu a validade nessa quarta-feira, quando o Plenário da Câmara aprovou a retirada da medida da pauta, sem analisar sequer o mérito.
A MP previa arrecadação adicional de R$ 35 bilhões, combinando aumento de tributos sobre bancos, agronegócio e casas de apostas, além de corte de despesas. Com o fim do prazo de validade do texto, o governo perdeu um reforço estimado em R$ 15 bilhões neste ano e R$ 31 bilhões no próximo, recursos que já estavam embutidos na proposta orçamentária de 2026.
A meta fiscal de 2025 é de déficit zero, com margem de tolerância de até R$ 31 bilhões negativos. Hoje, o governo projeta um rombo de R$ 30,2 bilhões, restando uma folga mínima de R$ 800 milhões. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tenta preservar o compromisso de equilíbrio fiscal sem recorrer a medidas impopulares, mas o quadro se estreitou.
Alternativas na mesa
Entre as opções em discussão estão:
Risco político e impasse no Congresso
O fracasso da MP do IOF expôs a dificuldade do Planalto em coordenar sua base em votações sensíveis. Apesar da aprovação em comissão mista, o texto travou na Câmara. Governistas acusam partidos de centro-direita de obstruir a votação por cálculo eleitoral. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), atribuiu a derrota à ação articulada de oposicionistas.
"O que querem é criar dificuldades na economia e gerar um rombo fiscal para o próximo ano", afirmou.
O relator da MP, Carlos Zarattini (PT-SP), também defendeu que o Executivo use instrumentos administrativos para compensar a perda de arrecadação. "Tem várias coisas que podem ser feitas por decreto. Definições de alíquota de imposto que não precisam de lei, como IPI e IOF. Há portarias e outras medidas que podem ser adotadas", disse.
A derrota do governo foi arquitetada pela oposição e pelo chamado Centrão.
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