Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
SEGURANÇA PÚBLICA
Congresso em Foco
31/10/2025 19:04
O presidente Lula assinou nesta sexta-feira (31) o projeto de lei Antifacção, que será encaminhado ao Congresso Nacional com um pedido de tramitação em regime de urgência. Elaborado pelo Ministério da Justiça e da Segurança Pública, o texto endurece as punições contra o crime organizado e cria novos instrumentos de atuação do Estado. A elaboração do projeto ganhou força no Executivo em meio à operação policial no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha.
O projeto eleva para até 30 anos a pena para integrantes de facções criminosas e cria o tipo penal de "organização criminosa qualificada", que passa a ser considerado crime hediondo. As penas poderão ser agravadas em casos de aliciamento de menores, participação de servidores públicos, domínio territorial ou prisional e uso de armas de fogo de uso restrito.
O texto também prevê mecanismos para apreensão de bens e valores obtidos com atividades ilícitas, inclusive durante investigações, além de autorizar a infiltração de agentes de segurança em organizações criminosas e o uso de identidades jurídicas fictícias para facilitar essas ações.
Outro ponto central é a criação de um banco de dados nacional com informações detalhadas sobre as facções, incluindo dados genéticos dos investigados. O objetivo é fortalecer a cooperação entre órgãos de segurança e permitir um rastreamento mais eficiente das atividades criminosas.
Ao apresentar o projeto, o presidente Lula ressaltou a importância de colaboração interfederativa para enfrentar o crime organizado no Brasil. "As facções só serão derrotadas com o esforço conjunto de todas as esferas de poder", afirmou. Segundo o chefe de governo, "diferenças políticas não podem ser pretexto para que deixemos de avançar" no combate às facções. "As famílias brasileiras merecem essa dedicação", completou.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que se trata de "um projeto moderno, (...) que vai combater esse flagelo nacional que são as facções criminosas". Segundo ele, "é um grande avanço, é um combate enérgico às facções criminosas, mas é importante dizer que elas serão combatidas dentro do Estado Democrático de Direito como é próprio de um governo republicano".
Temas
LEIA MAIS
SEGURANÇA PÚBLICA
Deputado propõe permissão para forças policiais comprarem blindados
SEGURANÇA PÚBLICA
Câmara dos Deputados
Comissão debate isenção de registro para professor de educação física