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ELEIÇÕES 2026
Congresso em Foco
11/11/2025 6:55
A disputa pelas vagas ao Senado na região Sul promete ser intensa. Em meio a projetos presidenciais, reacomodações partidárias e embates entre aliados históricos, o cenário revela tanto a força da direita quanto suas fissuras internas. O caso mais emblemático ocorre em Santa Catarina, onde a possível candidatura de Carlos Bolsonaro, hoje vereador no Rio de Janeiro, embaralhou alianças e mergulhou o PL em crise.
O impasse opõe o governador Jorginho Mello (PL) - candidato à reeleição que quer manter a parceria com o PP ao apoiar o senador Esperidião Amin - ao clã do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que pressiona pelo nome de Carlos ao Senado. A disputa provocou reações em cadeia: a deputada estadual Ana Campagnolo (PL-SC) afirmou que a vaga da deputada federal Caroline de Toni (PL-SC) "foi dada" a Carlos, e recebeu uma dura resposta de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que classificou as críticas como "inaceitáveis" e um sinal de ingratidão. Caroline diz que não vai recuar da disputa ao Senado, seja pelo PL, seja por outro partido.
O embate, que combina cálculo eleitoral e disputa por protagonismo, ameaça fragmentar a base que sustentou o domínio da direita em Santa Catarina nas últimas eleições.
Nos demais estados da região, o quadro também é de ebulição. No Paraná, o governador Ratinho Jr. (PSD) ainda decide entre a Presidência e o Senado; no Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD) vive dilema semelhante. A fragmentação da direita pode abrir espaço para nomes de centro e esquerda, como Paulo Pimenta (PT-RS), Roberto Requião (PDT-PR) e Manuela DÁvila (sem partido-RS), que tentam romper o domínio conservador e capitalizar a divisão no campo adversário.
Veja como está o cenário em cada estado da região:
Paraná
Pré-candidato à Presidência, o governador Ratinho Jr. (PSD) desponta como favorito na corrida ao Senado caso desista da disputa nacional. A direita paranaense também se articula em torno da jornalista Cristina Graeml (União) e dos deputados federais Filipe Barros (PL) e Pedro Lupion (Republicanos), presidente da poderosa Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). O deputado estadual Alexandre Curi (PSD) é outro nome cotado para entrar na disputa.
Pela esquerda, os principais pré-candidatos são o deputado Zeca Dirceu (PT), o diretor de Itaipu Enio Verri (PT) - ex-deputado - e o ex-senador e ex-governador Roberto Requião (PDT). Os petistas devem apoiar o deputado estadual Requião Filho (PDT) na corrida ao governo. Em troca, querem o direito de indicar os candidatos ao Senado. Nesse caso, Requião poderá sair à Câmara dos Deputados.
Rio Grande do Sul
Perto de concluir o segundo mandato, o governador Eduardo Leite (PSD) ainda sonha com a eleição presidencial. Caso a candidatura ao Planalto não avance, o caminho natural é a disputa ao Senado.
A direita gaúcha deve ser representada por dois deputados federais: Marcel van Hattem (Novo) e Delegado Sanderson (PL), ambos cotados para integrar a chapa ao governo liderada pelo deputado Zucco (PL), atual líder da oposição na Câmara.
Os senadores Paulo Paim (PT) e Luiz Carlos Heinze (PP) já sinalizaram que não pretendem buscar a reeleição. No campo progressista, ganham força o deputado Paulo Pimenta (PT) e a ex-deputada Manuela DÁvila, hoje sem partido e cortejada pelo Psol.
Santa Catarina
A possível transferência do domicílio eleitoral de Carlos Bolsonaro (PL-RJ) para Santa Catarina alterou profundamente a dinâmica da direita no estado. Com a candidatura praticamente certa do vereador, a deputada Caroline de Toni (PL-SC) passou a considerar uma migração para o Novo, caso o PL mantenha apoio ao senador Esperidião Amin (PP), favorito do governador Jorginho Mello (PL).
Caroline tem o apoio da família Bolsonaro, mas enfrenta resistência do governador, que pretende preservar a aliança com o PP. A deputada deu prazo até março para o PL definir sua posição e já avisou que será candidata "pelo PL ou por outro partido".
Também são cotados para a disputa os deputados Carlos Chiodini (MDB) e Décio Lima (PT), atual presidente do Sebrae. A senadora Ivete da Silveira (MDB) ainda avalia se tentará novo mandato.
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