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MEIO AMBIENTE
Congresso em Foco
10/11/2025 | Atualizado às 8:56
O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), respondeu neste domingo (9) às críticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que acusou o Brasil de ter "devastado a floresta amazônica para construir uma rodovia de quatro faixas para ambientalistas". Em tom irônico, Barbalho defendeu as ações ambientais do estado e convidou o republicano para participar da COP30, em Belém, com direito a provar um tacacá.
Em publicação na sua rede Truth Social, Trump compartilhou um vídeo da emissora FOX News e afirmou que a construção da chamada Avenida Liberdade, no Pará, teria causado destruição na floresta.
"Eles devastaram a floresta amazônica do Brasil para construir uma rodovia de quatro faixas para ambientalistas. Isso virou um grande escândalo!", escreveu o presidente norte-americano.
A declaração veio na véspera da COP30, coferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, que será realizada em Belém, a partir desta segunda-feira (10) até o próximo dia 21.
"Melhor agir do que postar"
A resposta de Helder Barbalho veio pelas redes sociais e misturou crítica e ironia. "Em vez de falar de estradas, o presidente norte-americano deveria apontar caminhos contra as mudanças climáticas. Poderia celebrar a redução histórica no desmatamento da Amazônia - com destaque para o Pará, que obteve o seu melhor resultado. Ou, no mínimo, seguir o exemplo do governo do Brasil e investir mais de US$ 1 bilhão para salvar florestas no mundo", escreveu.
Barbalho encerrou o texto com um convite: "Ainda dá tempo de passar na COP30, presidente Trump. Esperamos você com um tacacá. É melhor agir do que postar".
Obra contestada
O governo do Pará afirma que a Avenida Liberdade, mencionada por Trump, não faz parte das obras preparatórias para a COP30 e segue todos os critérios ambientais exigidos. Segundo a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Seinfra), o projeto foi iniciado em 2020, antes da escolha de Belém como sede da conferência, e o traçado da estrada segue um antigo linhão de energia, em área já alterada por atividades humanas.
A Seinfra informou que apenas 20% do percurso exigiu desmatamento, em áreas de vegetação secundária, e que a intervenção conta com licença ambiental válida e 57 condicionantes sociais e ambientais, incluindo 37 passagens de fauna, ciclovia e iluminação solar. O governo sustenta ainda que a nova via reduz o congestionamento na região metropolitana e evita a emissão anual de 17,7 mil toneladas de CO.
A troca de farpas ocorre num momento em que o Brasil busca reafirmar sua liderança nas discussões climáticas globais, com a realização da COP30 em Belém, enquanto Trump mantém um discurso crítico a políticas ambientais e ao Acordo de Paris, do qual já retirou os Estados Unidos duas vezes.
O tacacá é um dos símbolos da culinária paraense. É uma sopa/caldo típico da região Amazônica e tem origem indígena. O tacacá é feito com tucupi, goma de tapioca, jambu (era que causa dormência na boca) e camarão seco. Servida em cuia, a iguaria é conhecida por sua combinação de sabores intensos e pelo efeito da erva.
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