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TENTATIVA DE GOLPE
Congresso em Foco
17/11/2025 9:36
O Supremo Tribunal Federal (STF) publicou nesta segunda-feira (17) a ata de julgamento que confirma, de forma oficial, a rejeição unânime dos recursos apresentados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e por outros seis condenados no caso da trama golpista de 2022. O documento registra o resultado do julgamento no Plenário virtual da 1ª Turma, encerrado na última sexta-feira (14).
A ata, porém, marca apenas o início de uma etapa decisiva: agora, o STF deve publicar o acórdão, peça que reúne os votos completos, os fundamentos jurídicos e os detalhes da decisão, e que abre a porta para os últimos recursos possíveis antes do trânsito em julgado.
O que significa a publicação da ata
A ata funciona como um registro formal da decisão: ela confirma que todos os ministros acompanharam o relator, Alexandre de Moraes, para negar os embargos de declaração apresentados pelas defesas.
O documento não explica por que os ministros rejeitaram os pedidos. Isso só aparecerá no acórdão, que:
A publicação do acórdão está prevista para os próximos dias.
Quais são os próximos passos
Encerrados os primeiros recursos, as defesas ainda podem apresentar mais duas espécies:
1. Novos embargos de declaração
Usados para pedir esclarecimentos específicos sobre pontos eventualmente omissos, contraditórios ou obscuros. São o instrumento mais comum - e também o mais usado de forma protelatória.
2. Embargos infringentes
Só são admitidos quando há ao menos dois votos pela absolvição.
No caso de Bolsonaro e dos demais integrantes do chamado "núcleo 1" da tentativa de golpe, apenas o ministro Luix Fux votou pela absolvição na Primeira Turma. Por isso, a chance de esse recurso ser aceito é praticamente nula.
Quando começa a execução da pena
A pena só pode ser executada quando não houver mais recursos possíveis.
Pela prática do STF, isso costuma ocorrer após:
Se o relator considerar que os novos recursos têm caráter meramente protelatório, pode determinar a prisão imediata, mesmo antes de tramitar todos os pedidos.
Situação de Bolsonaro e lugar do cumprimento da pena
Bolsonaro está atualmente em prisão domiciliar cautelar por causa do caso do tarifaço aplicado pelos Estados Unidos ao Brasil.
Com o trânsito em julgado da condenação por tentativa de golpe:
A defesa poderá solicitar prisão domiciliar, alegando questões de saúde, algo que beneficiou, por exemplo, o ex-presidente Fernando Collor, transferido para casa após condenação no Supremo.
Onde devem cumprir pena os demais condenados
Os outros réus são militares de alta patente e ex-integrantes da cúpula do governo. Eles podem cumprir pena:
Quem teve os recursos rejeitados
Além de Bolsonaro, tiveram seus embargos negados por unanimidade:
O ex-ajudante de ordens Mauro Cid não recorreu: delator, ele já cumpre pena em regime aberto e está sem tornozeleira eletrônica.
O que a Primeira Turma decidiu
A Primeira Turma rejeitou, por unanimidade, todos os pedidos de esclarecimento apresentados pelas defesas. Os ministros entenderam que:
O julgamento, realizado no sistema de Plenário virtual entre 7 e 14 de novembro, manteve intactas as penas de 27 anos e 3 meses impostas a Bolsonaro e as penas dos demais integrantes do núcleo principal.
O que pode acontecer a partir de agora
Com a ata publicada, o caso entra em um período decisivo:
Na prática, o processo está a poucos passos do trânsito em julgado, etapa que transformará a condenação em definitiva e pode levar Bolsonaro e aliados ao início imediato do cumprimento da pena.
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