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TENTATIVA DE GOLPE
Congresso em Foco
25/11/2025 10:57
O fim do prazo para apresentação de novos embargos de declaração no Supremo Tribunal Federal, às 23h59 de segunda-feira (24), marcou uma divisão clara entre os réus condenados pela tentativa de golpe de Estado: quatro militares recorreram, enquanto o ex-presidente Jair Bolsonaro, o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) e o ex-ministro Anderson Torres deixaram o prazo expirar sem apresentar recursos.
Com isso, o ministro Alexandre de Moraes pode declarar o trânsito em julgado a qualquer momento, iniciando a fase de execução das penas, inclusive a prisão definitiva de Bolsonaro, condenado a 27 anos e 3 meses. As defesas ainda apostam nos embargos infringentes, cujo prazo termina em 3 de dezembro, mas o recurso é inviável: ele só é aceito quando há dois votos pela absolvição - e todos receberam apenas um, o do ministro Luiz Fux.
A seguir, os principais argumentos apresentados pelos quatro que recorreram.
1. Braga Netto - nulidade, excesso de provas, erro de cálculo e incompetência do STF
Condenado a 26 anos, o general Walter Braga Netto apresentou embargos de declaração e embargos infringentes. Entre as teses:
2. Augusto Heleno - omissão do STF, suspeição de Moraes e nulidade de interrogatórios
O general Augusto Heleno, condenado a 21 anos, sustenta que a 1ª Turma:
Alega ainda:
A defesa tenta anular parte substancial da prova oral.
3. Paulo Sérgio Nogueira - aumento injustificado da pena e pedido de redução
O ex-ministro da Defesa, condenado a 19 anos, afirma que o aumento de 2 anos e 6 meses na pena:
Sustenta que a pena correta seria de 16 anos e 4 meses, alegando:
4. Almir Garnier - voto de Fux, ausência de provas e incompetência do STF
O ex-comandante da Marinha, condenado a 24 anos, apresentou embargos infringentes ancorados no voto de Fux, único ministro a absolvê-lo.
Alega que:
Quem não recorreu
Bolsonaro, Ramagem e Anderson Torres não apresentaram embargos de declaração. Sem esse recurso, Moraes não precisa aguardar o prazo dos infringentes para encerrar a ação penal.
Anderson Torres, condenado a 24 anos, pediu apenas que eventual execução da pena seja cumprida na Superintendência da Polícia Federal, ou em unidade da Polícia Militar, citando ameaças de morte e quadro de depressão.
O que acontece agora
Moraes analisará os recursos apresentados. Ele pode:
A depender das decisões do ministro, as prisões definitivas podem ocorrer ainda esta semana.
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