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Eleições 2022

PSD desbanca Lula e Bolsonaro para se firmar como "partido dos caminhoneiros"

A sigla comandada por Gilberto Kassab, assegurou legenda para 21 líderes caminhoneiros. Nove deles entram na disputa para deputado federal.

Congresso em Foco

7/4/2022 | Atualizado às 10:38

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Comboios de caminhões foram financiados por empresas ligadas ao agronegócio, afirma Abin. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Comboios de caminhões foram financiados por empresas ligadas ao agronegócio, afirma Abin. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Protagonistas de uma das greves de maior impacto econômico da última década - a paralisação dos transportes rodoviários em 2018 - caminhoneiros de diversos estados decidiram se mobilizar para furar a bolha do Congresso Nacional. Eles querem montar a bancada dos caminhoneiros. E a falta de uma unicidade da categoria sobre o apoio a Lula ou Bolsonaro nas eleições presidenciais deste ano fez com que o PSD levasse a melhor. Em uma jogada estratégica, a sigla comandada por Gilberto Kassab, assegurou legenda para 21 líderes caminhoneiros, todos com "vida de estrada" como eles destacam, que irão concorrer a cargos legislativos. Nove deles entram na disputa para deputado federal. "A luta nossa luta agora é para montar uma bancada sim. Para que daqui a um tempo se fale 'a bancada dos caminhoneiros', como se fala a bancada do agro ou a bancada evangélica", defendeu Efraim Tinoco Caminhoneiro, que trabalhou como autônomo por doze anos até parar em 2019, quando precisou vender o caminhão que tinha para pagar dívidas. Hoje ele é celetista em uma transportadora. Os caminhoneiros filiados ao PSD estiveram envolvidos nos movimentos grevistas de 2018, o que traz uma herança do antipetismo que dominou aquela eleição. Entretanto, o aumento da insatisfação com o presidente Jair Bolsonaro dentro da categoria é latente, conforme relata Tinoco, o que faz com que praticamente todas essas candidaturas sejam proporcionalmente marcadas por um tom de oposição ao governo. [caption id="attachment_537509" align="alignleft" width="300"]caminhoneiros O caminhoneiro Efraim Tinoco defende que as candidaturas não estejam atreladas a Lula nem a Bolsonaro. Foto: arquivo pessoal[/caption] "A categoria está rachada em relação ao apoio ao governo Bolsonaro, mas a aversão ao PT também é grande, tanto que quando conversei com o pessoal muitos disseram para procurar qualquer partido menos o PT. No PSD a gente deixou claro que não vai defender candidato a presidente A ou B. O que a gente menos quer é entrar na polarização de Lula e Bolsonaro porque se a gente levar isso vai dar errado justamente pelo racha da categoria", disse o caminhoneiro. Ele explica que, apesar disso, chegou a abrir conversa com o PT, mas não houve avanço. Outro caminho ventilado pelo grupo foi o União Brasil, devido à fusão com o antigo PSL. "Eles queriam que a gente abraçasse pautas deles. Kassab surgiu aos 45 do segundo tempo", brincou. A batida de martelo sobre as filiações e pré-candidaturas ocorreu na sexta-feira (1) e teve como principal articulador o presidente da Frente Parlamentar dos Caminhoneiros no Congresso, deputado Nereu Crispim, que trocou o União Brasil - atual partido de Sergio Moro - também pelo PSD. "O PSD é um partido de centro que cresceu com vários deputados e senadores distintos e a galera se identificou porque a pauta dos caminhoneiros é mais apartidária e não ideológica", reconheceu Crispim. Apesar de presidir a Frente, Crispim reconhece a falta de representatividade da categoria na Casa. Atualmente, nenhum parlamentar eleito é caminhoneiro, ainda que tenham ganhado visibilidade eventual por pautas ligadas ao setor como é o caso de André Janones (Avante-MG), advogado eleito deputado federal em 2018 após se apresentar como porta-voz das demandas da classe, mesmo sem nunca ter atuado no setor.

Articulações dos caminhoneiros pós Sete de Setembro

Apesar do martelo com a sigla de centro de Gilberto Kassab ter sido batido apenas no final da semana passada, o movimento dos líderes caminhoneiros em busca de cadeiras no Congresso não é de agora. Desde 2018 diversas lideranças tentam se articular para ganhar voz, mas foi após os atos do Sete de Setembro de 2022, que essa pretensão começou a ganhar forma. "Em 2018 as lideranças foram se consolidando. Criamos a Frente dos Caminhoneiros no Congresso e ela se converteu em um guarda-chuva. Mas eles perceberam que não conseguíamos tocar as pautas. Viram que ganharam na pista e perderam na caneta. Daí no ano passado começamos a fazer reuniões em todo o Brasil para pensar nas eleições e reunir esses nomes", disse Crispim. A primeira grande reunião ocorreu no dia 18 de setembro, em Brasília. As conversas giravam em torno do resgate das reinvindicações de 2018 e críticas ao não cumprimento de promessas de Bolsonaro - que na época defendeu os protestos - à categoria. Participaram lideranças de 22 estados brasileiros. Além da unificação das pautas houve o acerto de que a postura deveria ser menos partidária e mais focada em questões da classe como o aumento no preço dos combustíveis e a dificuldade de acesso à subsídios de crédito. Ficou igualmente estabelecida uma agenda de reuniões pelo país que seguirá durante este ano. A próxima, inclusive, será no dia 9 de abril, no Paraná, desta vez com a apresentação oficial dos pré-candidatos do grupo.

Dolarização dos combustíveis e a pauta de 2018

  [caption id="attachment_537511" align="aligncenter" width="678"] Greve dos caminhoneiros em 2018 paralisou estradas em todo o Brasil. Foto: Agência Brasil[/caption] Em uma nota pública fechada após a reunião do grupo de caminhoneiros em setembro do ano passado, quando ficou definida as pautas que seriam defendidas por eventuais candidatos, foram listados, dentre outros, o piso mínimo do frete, aposentaria especial com 25 anos de contribuição ao INSS, INSS pago pelo caminhoneiro e, a mais polêmica delas, a derrubada do PPI, a política de preços da Petrobrás. "As candidaturas resgatam as pautas que a categoria lutou em 2018. Nós vimos que lá nós ganhamos na pista, mas depois perdemos na caneta", falou Tinoco Caminhoneiro. Em maio de 2018, ano eleitoral, o Brasil vivenciou a crise do Diesel, uma paralisação nacional de caminhoneiros - em sua maioria autônomos - que durou oficialmente nove dias. Houve desabastecimentos de mantimentos e combustível em praticamente todos os estados e o Exército e a Polícia Rodoviária Federal precisam intervir para desbloquear as estradas. A queixa era contra os sucessivos aumentos nos preços de combustíveis. Após a Operação Lava Jato, durante a gestão Michel Temer (MDB), a Petrobrás mudou substancialmente as estratégias de mercado e houve a adoção do Preço por Paridade Internacional (PPI) ou a dolarização dos combustíveis. Na prática, o preço dos combustíveis vendido pelas refinarias às empresas fica atrelado às flutuações do dólar - cotação do barril de petróleo e câmbio, diminuindo a interferência do governo. O assunto foi judicializado com o apoio da Frente Parlamentar dos Caminhoneiros, enquanto o presidente Bolsonaro tenta contornar a situação e manter a base de apoio promovendo mudanças no comando da Petrobrás. A cada insucesso, porém, seguido de um novo aumento de preço dos combustíveis, o fantasma de uma nova greve ressurge, sinalizando para o poder de pressão que essa categoria acumula.
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