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Congresso em Foco
27/7/2009 22:57
Fábio Góis
O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) terá 48 horas, a partir desta segunda-feira (27), para prestar informações sobre as providências em curso para apurar o vazamento do grampo em que o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), negocia com familiares a contratação do namorado de sua neta. O prazo foi estabelecido hoje pelo corregedor-geral da Justiça Federal, Hamilton Carvalhido.
O áudio com os diálogos, gravados por meio de escuta telefônica legal durante a Operação Boi Barrica, fazem parte do inquérito aberto pela Polícia Federal. As conversas foram divulgadas de maneira ilegal, uma vez que as investigações correm sob segredo de Justiça, e ligariam Sarney à emissão dos atos administrativos secretos no Senado. Desde 1995, os documentos sigilosos serviram, entre outros propósitos, para beneficiar senadores, parentes, amigos e aliados com contatações, aumentos, concessão de gratificações e extensão de prerrogativas parlamentares para ex-diretores.
Em um típico caso de nepotismo, Sarney, seu filho e sua neta Maria Beatriz, filha de Fernando, foram flagrados em diálogos ao telefone negociando a nomeação do namorado daquela, Henrique Bernardes, 27 anos, por meio de um acerto junto ao então diretor-geral da Casa, Agaciel Maia. O filho de Sarney, o empresário Fernando Sarney, também foi flagrado nos diálogos telefônicos.
Os diálogos (ouça-os aqui) foram revelados na edição de hoje (22) do jornal O Estado de S. Paulo. Intitulada "Gravação liga Sarney a atos secretos", a reportagem do periódico paulista diz que a "mobilização" da família Sarney em torno da contratação de Henrique foi iniciada em 30 de março de 2008.
O pedido de informações sobre as providências executas pela Justiça Federal foram encaminhadas por Carvalhido ao corregedor do TRF-1, desembargador Olindo de Menezes. Como ele está de férias em razão do recesso judiciário, o desembargador Mário César Ribeiro responde pela corregedoria na ausência do titular. A assessoria de imprensa do tribunal informou que Ribeiro já forneceu informações sobre o vazamento da escuta telefônica autorizada.
Por meio de nota divulgada na última quarta-feira (22), a defesa dos Sarney, responsabilidade do advogado Eduardo Ferrão, disse que a conversa foi "mutilada" (retirada de contexto), e que tomaria as providências cabíveis para punir o executor da violação de privacidade e de sigilo judicial. "(...) trata-se da divulgação mutilada de trechos de longas conversas telefônicas mantidas entre familiares, as quais não revelam a prática de qualquer ato ilícito", diz trecho da nota.
Leia: Áudio com diálogos foi mutilado, diz defesa de Sarney
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