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Jovem negro corre maior risco de ser assassinado, diz estudo

Congresso em Foco

21/7/2009 18:58

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Mário Coelho

O jovem negro tem quase três vezes mais chances de ser assassinado do que adolescentes brancos. Para cada morte envolvendo brancos, podem ocorrer 2,6 com afrodescendentes. A estatística foi divulgada nesta terça-feira (21) a partir de um estudo realizado pelo Observatório de Favelas, pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pelo Laboratório de Análise da Violência da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).

Leia a íntegra do estudo.

A coordenadora do Programa de Redução da Violência Letal do Observatório de Favelas, Raquel Willadino, traçou um perfil dos adolescentes que mais morrem por homicídio no Brasil: são meninos, negros e moradores de favelas ou de periferias dos centros urbanos. Segundo ela, há ainda forte relação com o tráfico de drogas. O estudo foi realizado a partir de dados de homicídios de 2006 em 267 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes.

Para chegar nos números, os pesquisadores usaram o Índice de Homicídios na Adolescência (IHA), que serve para estimar o risco de mortalidade por homicídio de adolescentes que residem em um determinado território. De acordo com o estudo, ele foi criado com o objetivo de exemplificar o impacto da violência letal neste grupo social de uma forma simples, sintética e que ajudasse na mobilização das pessoas para a gravidade do problema.

O valor médio do IHA para os 267 municípios considerados é de 2,03 adolescentes mortos por homicídio antes de completar os 19 anos, para cada grupo de 1.000 adolescentes de 12 anos. "A cifra é bastante elevada, considerando que uma  sociedade não violenta deveria apresentar valores próximos de 0", diz o texto do estudo. A análise aponta, entretanto, que a violência letal contra adolescentes não se distribui de forma homogênea no território, e há alguns municípios com valores extremamente elevados.

A cidade com maior IHA é Foz do Iguaçu, no Paraná. Lá, cerca de dez jovens entre mil adolescentes são vítima de assassinato. A cidade registra o maior índice (9,7) de jovens assassinados em cada grupo de mil adolescentes. O valor é mais de três vezes superior à média nacional. Após a cidade paranaense estão Governador Valadares (MG), com 8,5, e Cariacica, no Espírito Santo, com 7,3.

O valor médio do IHA para as 10 primeiras capitais que aparecem no ranking é bem mais elevado que o valor médio para todos os municípios com mais de 100.000 habitantes: 4,16. As cidades mais violentas são Maceió (AL), Recife (PE) e Rio de Janeiro (RJ).

A pesquisa também indica que, para adolescentes do sexo masculino, o risco de ser assassinado é 11,9 vezes maior se comparado ao de mulheres na faixa de 12 a 18 anos. O estudo traz apenas comparativos por cor e gênero e não apresenta os índices de mortes entre jovens negros, brancos, do sexo masculino e feminino.

Regiões

De acordo com o estudo, a região sudeste do país concentra a maioria dos municípios com altos índices. Os locais onde há maior concentração de homicídios entre os jovens são a região metropoliatana de Belo Horizonte (MG), com quatro, o entorno de Vitória (ES), com 4,3 mortes, e a região metropolitana do Rio de Janeiro (RJ), com 4,9.

Segundo a Agência Brasil, o município de Marabá (PA) registra a situação considerada "mais grave" pela pesquisa em termos de vidas perdidas na adolescência, com o IHA de 5,2, da região norte. No nordeste existem "pequenos conglomerados" de municípios com alta incidência de violência contra adolescentes. A cidade de Petrolina (PE) registrou índices acima de três mortes para cada mil, junto a Ilhéus (BA) e João Pessoa (PB).

Na região centro-oeste, Luziânia (GO) apresentou o maior valor em meio aos índices registrados: 5,4 adolescentes assassinados. No sul, todas as regiões que se destacam por conta dos altos índices e violência contra adolescentes ficam no estado do Paraná: região metropoliatana de Curitiba, norte central e oeste paranaense, já próximo à fronteira. O recorde não apenas da região mas de todo o país ficou com a cidade de Foz do Iguaçu, onde 9,7 adolescentes são assassinados em cada grupo de mil.

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