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Garibaldi dá 1ª entrevista depois de eleito presidente

Congresso em Foco

12/12/2007 | Atualizado às 20:35

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O novo presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), deu agora há pouco sua primeira entrevista coletiva desde que foi eleito para a função. Aparentando bom humor, apesar de estar ciente da responsabilidade que o aguarda, ele falou por cerca de 20 minutos sobre temas diversos, tais como a questão da CPMF, as denúncias de irregularidades eleitorais que o envolvem, publicadas hoje (12) no jornal Folha de S.Paulo (leia), a transparência nas contas da Casa, a Desvinculação dos Recursos da União (DRU) e o desafio de resgatar a imagem da combalida instituição.

A princípio, a entrevista seria concedida na liderança do PMDB. Repórteres e cinegrafistas já disputavam os melhores lugares da sala de reuniões quando, não se sabe de onde, partiu a decisão de que a entrevista seria mesmo dada na presidência do Senado, novo ambiente de trabalho de Garibaldi a partir de hoje. Em meio a muita indefinição e tumulto – e ao já conhecido vigor da polícia legislativa –, profissionais da notícia tiveram de esperar por cerca de 20 minutos até receberem autorização para entrar no local da entrevista.

Gravadores, câmeras e canetas a postos, iniciou-se a coletiva. Questionado se promoveria alguma mudança na estrutura do Senado (secretaria-geral da Mesa, diretorias etc), Garibaldi Alves foi comedido. "Ainda não pensei nisso. Vocês não deram nem tempo para eu (sic) pensar", brincou o senador. "Há uma possibilidade, porque todo presidente que chega não pode se comprometer de ficar com aquela mesma estrutura. Mas também não pode passar por cima de toda uma estrutura que já existe, e comprometer o próprio funcionamento do Poder." 

Em seguida, falou como presidente. “Eu pretendo fazer tudo o que for necessário no sentido de dar condições de trabalho ao Senado. Eu entendo que, por exemplo, uma tarefa que já está definida é a reforma do regimento da Casa, porque os senadores, nas suas discussões, têm sido muito claros de que o nosso regimento é anacrônico, não é coisa nem do século passado”, adiantou o senador. “Além disso, são necessárias outras mudanças que nós vamos definir na medida de nosso entendimento com as lideranças partidárias. Creio que isso tem de ser um trabalho conjunto.”

A seguir, a entrevista em tópicos:

Imagem do Senado:

"Eu não tenho ilusões de que, do dia para noite, a imagem do Senado vá melhorar assim. O que vai melhorar vai depender dessas medidas que forem tomadas. Mas medidas concretas, que só poderão ser enunciadas quando elas estiverem realmente maduras, após uma discussão. Eu não vou anunciar determinadas medidas que não se constituam em um consenso na Casa. Isso vai terminar criando conflito."

Abertura nas contas do Senado:

"Isso é uma coisa que não pode ser adiada. A transparência é hoje uma das medidas mais reclamadas. Como é que se pode falar que o Senado vai recuperar sua credibilidade se ele esconde as suas contas? Isso é impraticável. Vamos enfrentar [as resistências à abertura]. Naturalmente, não vou enfrentar sozinho, não sou nenhum cavaleiro andante. Vou enfrentar com o apoio das lideranças."

"Essas verbas que são utiizadas pelos parlamentares, é isso o que a opinião pública deseja conhecer, acompanhar, apesar de já haver uma fiscalização do Tribunal de Contas [da União], do Ministério Público - no caso de alguma denúncia. Quanto mais transparência, melhor. Eu vou defender isso perante o colégio de líderes e acho que vou contar com o apoio da Mesa."

Irregularidades eleitorais:

"Essa denúncia, para mim, não é nova. É uma denúncia velha, isso já feito no Rio Grande do Norte. Não foi apurado nada, absolutamente nada contra mim. Não consta o meu nome na denúncia, então, por essa denúncia eu já passei há muito tempo. Deixei ela para trás."

Salário dos senadores:

"Até agora não recebi nenhum pedido de reajuste dos salários dos senadores. E também seria demais: afinal, há quantas horas eu estou à frente do Senado? Não iniciou-se nenhuma discussão sobre isso. Eu acho que os senadores estão sem maiores demandas em relação a isso."

(Sobre a satisfação com o próprio salário) "Eu... (risos) Não vou iniciar este tipo de discussão aqui porque, na verdade, ela é uma discussão que poderá ter vários pontos de vista. Mas acho que, em respeito à opinião pública, ao cidadão, nós devemos ter a maior cautela com relação a isso, porque o problema no Brasil não é quanto determinado segmento ganha, principalmente aquele que aufere do poder público. O problema é a disparidade de salário, de vencimentos, e é preciso que o Poder Legislativo atente para isso."

Apoio de José Sarney (PMDB-AP) à campanha (ele poderia cobrar algo em troca?): 

"Eu já agradeci a ele. Eu acho que o senador Sarney não está aí para me cobrar outro agradecimento. Foi o reconhecimento do papel de liderança que ele exerceu nesse processo, mas ele exerceu com a determinada isenção. Que ninguém pense que ele saiu por aí pedindo voto para mim, não. Ele foi um coordenador do processo."

Relação com Executivo:

"Eu acho que tem que ser como a sociedade espera: um relacionamento onde nós pautemos nossa independência e possamos, ao mesmo tempo, viver em harmonia. Acho que nós vamos conseguir isso, e não, para ser independente, vivermos às turras."

"Garibaldi da CPI dos Bingos" (leia):

"O senador Arthur Virgílio [PSDB-AM, que pediu a Garibaldi a mesma postura de quando foi o relator da CPI] não pode esperar que eu, na presidência do Senado, tenha um comportamento como se fosse o de um relator de uma CPI. Eu creio que ele entende muito bem isso. Agora, como presidente do Senado e do Congresso, tenho de procurar ter um relacionamento, um certo cuidado. Em uma CPI, você está ali para investigar pra valer. Todos sabem do papel de uma CPI."

Orçamento (o Senado vota ainda neste ano?)

"Votar Orçamento deveria ser uma tarefa muito fácil, votar a matéria dentro do ano, mas às vezes não se consegue. As informações que eu tenho são de que isso poderá se viabilizar, mas eu não tenho absoluta certeza. Eu peço a compreensão de vocês. Estou

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