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Governo baixa as armas e retoma negociação

Congresso em Foco

13/12/2007 | Atualizado às 23:31

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Eduardo Militão
 
O governo deve evitar subir o tom das críticas à oposição, mesmo responsabilizando-a pela derrota na votação da CPMF e diminuição dos recursos para a saúde pública. Para senadores da base, do PSDB e do DEM, a melhor alternativa é reabrir o diálogo com o Congresso e tentar aprovar uma reforma tributária no ano que vem, que substitua a CPMF. Além disso, será preciso um entendimento para votar o orçamento, cujo calendário foi atrasado por causa da derrota no plenário do Senado.
 
Com uma crítica aqui e ali, foi notório o esforço de representantes do Executivo, como o ministro Guido Mantega (Fazenda) para não acirrar os ânimos. “Ele entendeu o recado. Ele foi econômico nas medidas que vai apresentar, mas agora tem que ter tranqüilidade”, avaliou Delcídio Amaral (PT-MS). Para a líder do PT, Ideli Salvatti (SC), não é momento de confronto com os vencedores na disputa. “Aqui no Senado, nós precisamos retomar as pontes de negociação”, afirmou ela.
 
Líder do DEM, José Agripino (RN) entende que o governo têm mesmo que baixar as armas. “Eles têm que rever as coisas, evitar isultos.” Ele elogiou a entrevista de Mantega: “Foi um bom tom”.
 
O ministro da Fazenda e o relator da Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputado José Pimentel (PT-CE), tentaram acalmar os mercados financeiros. O deputado convocou uma entrevista coletiva apenas para avisar que, com tranqüilidade e até a semana que vem, o governo e os parlamentares buscariam uma solução para o furo de caixa de R$ 40 bilhões – a arrecadação da CPMF (leia mais). Promessas insuficientes. A Bolsa de Valores fechou em forte queda, 2,90%, embora o revés tenha sido influenciado pela inflação nos EUA.
 
Negociação
 
Sem confronto político e tentando acalmar os mercados, a base encontrou espaço de negociação com os opositores. Agripino e o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), se disseram dispostos a reabrir o diálogo com o governo para uma reforma tributária. Ele elogiou a proposta formalizada anteontem pelo presidente Lula, mas a considerou atrasada. “A proposta era boa. Mas esse foi o grande ganho [da disputa], a reforma tributária”, disse Virgílio.
 
Ideli ironizou o fato de a oposição derrubar a CPMF num dia e, no outro, se dispor a negociar. “O fundo central era quebrar a continuidade dos recursos”, reclamou a petista. Agora, para ser recriada, a CPMF terá de recomeçar uma longa tramitação na Câmara, a começar pelo envio de uma proposta ao Congresso, e a eventual nova contribuição só poderá começar a ser cobrada 90 dias após a sua promulgação.
 
Desgaste
 
A negociação frustrada pela CPMF deixou ressentimentos no governo. Há insatisfação com a condução das negociações feitas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e pelo senador Aloizio Mercadante (PT-SP). Senadores da base acreditam que eles foram incompetentes nas ofertas ao PSDB. Também entendem que o então ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, deveria ter precavido o presidente Lula sobre os riscos de uma derrota no Senado. Para os governistas, o presidente não deveria ter partido para o confronto direto com a oposição, associando os adversários políticos aos sonegadores de impostos.
 
Outro que sai desgastado é o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM). Embora tenha conseguido impor uma derrota ao Planalto, o amazonense contrariou governadores do partido como José Serra (SP), Aécio Neves (MG) e Yeda Crusius, que defendiam a prorrogação do tributo e faziam pressão sobre a bancada para evitar a extinção da CPMF.
No auge da tensão, quando figuras importantes do partido, como o atual presidente, Sérgio Guerra (PE), e o ex, Tasso Jereissati (CE), admitiam rever sua posição e votar com o governo, Virgílio ameaçou entregar a liderança, pela qual responde há cinco anos. Reservadamente, senadores tucanos reclamam da postura do colega, alegando que ele não agiu como um líder partidário, mas como um representante do grupo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no PSDB. Entretanto, Virgílio garante que continua líder e que seu trabalho não está ameaçado.
 
O líder do PMDB, Valdir Raupp (RO), ironizou o PSDB e o DEM. “Descobri que o PMDB é o partido mais democrático do mundo. Não obrigamos ninguém a votar pela CPMF, três não votaram e não estão ameaçados de expulsão”, comentou, aos risos.
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