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Congresso em Foco
18/1/2008 | Atualizado às 20:42
“Tem muita coisa séria”. A sucinta afirmação é do senador Heráclito Fortes (DEM-PI), a respeito dos trabalhados – já iniciados – da CPI das ONGs (organizações não-governamentais), que investiga a utilização de recursos públicos pelas organizações. Para Heráclito, que conversou agora há pouco com a reportagem do Congresso em Foco, a temperatura “vai esquentar” no mês que se aproxima. A previsão é que a comissão se reúna já na primeira semana de fevereiro, no dia 6.
“Os dados são sérios, mas ainda estão em análise. Quem pode esclarecer melhor a respeito do assunto são o presidente [senador Raimundo Colombo, DEM-SC] e o relator [Inácio Arruda, PCdoB-CE] da CPI. Mas tem muita coisa séria”, adiantou Heráclito à reportagem. No último dia 15, segundo a Agência Senado, Raimundo Colombo declarou que funcionários que prestam serviço à comissão conseguiram documentos “que vão balançar a CPI” no mês que vem, quando o ano legislativo será reiniciado.
Segundo o senador piauiense, a equipe da comissão que se debruça nas análises das denúncias contra ONGs suspeitas tem cruzado informações e obtido números e dados elucidativos. Entre as principais descobertas estão indícios de desvio de recursos públicos e a existência de ONGs de fachada (ou seja, criadas por meios legais, mas destinadas a fins escusos).
Ao ser perguntado sobre o sentimento que tem em relação às atividades de algumas ONGs suspeitas, Heráclito foi enfático. “É claro que tem [irregularidades]. Quando a CPI for analisar com mais profundidade, vai descobrir muita coisa”, resumiu o senador, sem querer entrar em detalhes. Segundo Heráclito, o mais prudente é esperar a retomada das atividades do Congresso para então se pronunciar com mais propriedade. Ele alegou que, diante das recorrentes denúncias de vazamento de informação em CPIs, preferiu não tomar conhecimento dos detalhes dos trabalhos em curso.
Criada em 15 de março de 2007, a CPI das ONGs teve seus trabalhos muito dificultados nos últimos meses do ano passado. Entre os entraves, rejeição a procedimentos como requerimentos de convocação de depoentes e a medidas como quebra dos sigilos bancário e fiscal. A comissão é formada por 11 senadores, e, além de Raimundo Colombo e Inácio Arruda, tem na condução dos trabalhos a senadora Lucia Vânia (PSDB-GO), que é vice-presidente. (Fábio Góis)
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