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Congresso em Foco
2/5/2017 16:22
 [fotografo]EBC/Reprodução[/fotografo][/caption]Outra pergunta que requer a opinião de um especialista: por que certos repetecos vencem a infância e alcançam a chamada maturidade? Exemplo disso é que até hoje paro o que estiver fazendo quando ouço a musiquinha "Lá vem o Chaves, Chaves, Chaves, todos atentos olhando pra tevê..." - e revejo o mesmo episódio pela enésima vez. Será meu cérebro ainda downloadiando o conceito de bola quadrada?
Ainda hei de achar um doutor que me ajude a encontrar respostas.
Mas respostas não só para minhas obsessões por filmes natalinos e seriados mexicanos - que essas são individuais e inofensivas. O que me joga mesmo no divã, hoje em dia, é tentar entender a razão da crescente tara coletiva em querer pôr no repeat os piores capítulos da História, em querer rebobinar tempos que invariavelmente começaram com intolerância e acabaram em holocausto; tempos sombrios, protagonizados por grandes empreiteiros do ódio, líderes boquirrotos cujos discursos serviram (ainda servem) apenas para cimentar muros entre mulheres e homens, gays e héteros, negros e brancos, não cristãos e cristãos, imigrantes e nativos.
Haverá terapia para os marmanjos que não superaram a fase da repetição e, por isso, teimam em espalhar que vale a pena ver de novo o que de mais nefasto a mente humana já produziu? Ou todos nós seremos obrigados - por causa desses seres birrentos e malcriados - a revisitar tragédias que não merecem remake?
O concerto na selva - de que todo bicho participa, independentemente da espécie - não pode ser cancelado porque um ou outro integrante da manada entupiu a tromba ao aspirar entulhos de preconceito. Que ela seja desobstruída logo e se oxigene de conhecimento, ainda a tempo de a humanidade evitar mais uma repetência.
* Cronista residente no Rio de Janeiro, Fábio Flora mantém o blog Pasmatório e perfil no Twitter.
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[fotografo]EBC/Reprodução[/fotografo][/caption]Outra pergunta que requer a opinião de um especialista: por que certos repetecos vencem a infância e alcançam a chamada maturidade? Exemplo disso é que até hoje paro o que estiver fazendo quando ouço a musiquinha "Lá vem o Chaves, Chaves, Chaves, todos atentos olhando pra tevê..." - e revejo o mesmo episódio pela enésima vez. Será meu cérebro ainda downloadiando o conceito de bola quadrada?
Ainda hei de achar um doutor que me ajude a encontrar respostas.
Mas respostas não só para minhas obsessões por filmes natalinos e seriados mexicanos - que essas são individuais e inofensivas. O que me joga mesmo no divã, hoje em dia, é tentar entender a razão da crescente tara coletiva em querer pôr no repeat os piores capítulos da História, em querer rebobinar tempos que invariavelmente começaram com intolerância e acabaram em holocausto; tempos sombrios, protagonizados por grandes empreiteiros do ódio, líderes boquirrotos cujos discursos serviram (ainda servem) apenas para cimentar muros entre mulheres e homens, gays e héteros, negros e brancos, não cristãos e cristãos, imigrantes e nativos.
Haverá terapia para os marmanjos que não superaram a fase da repetição e, por isso, teimam em espalhar que vale a pena ver de novo o que de mais nefasto a mente humana já produziu? Ou todos nós seremos obrigados - por causa desses seres birrentos e malcriados - a revisitar tragédias que não merecem remake?
O concerto na selva - de que todo bicho participa, independentemente da espécie - não pode ser cancelado porque um ou outro integrante da manada entupiu a tromba ao aspirar entulhos de preconceito. Que ela seja desobstruída logo e se oxigene de conhecimento, ainda a tempo de a humanidade evitar mais uma repetência.
* Cronista residente no Rio de Janeiro, Fábio Flora mantém o blog Pasmatório e perfil no Twitter.
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