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Congresso em Foco
13/7/2005 20:08
Edson Sardinha |
Pela proposta original, os vocábulos masculinos só poderão ser usados em documentos oficiais e nas leis da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios quando se referirem a prerrogativas dos homens, nunca para englobar os dois gêneros. Pelo texto aprovado na Câmara, por exemplo, senadoras e senadores, assim como deputados e deputadas, não mais poderão ser designados em conjunto por substantivos ou adjetivos masculinos. A mudança tem como objetivo implantar a chamada linguagem inclusiva, adotada mundo afora para garantir a igualdade de tratamento entre homens e mulheres. A iniciativa está associada a uma série de ações de modernização do Código Penal. Na semana passada, o Senado aprovou, por exemplo, a exclusão da expressão "mulher honesta" do artigo 215, que criminaliza o estupro. Sem identidade "A mulher, até pouco tempo atrás, não tinha nenhuma participação na vida política. Ficou camuflada e sem identidade até desaparecer. Isso tem de ser recuperado, mas não o será em um passe de mágica. Por isso, são importantes as grandes e as pequenas ações", diz a relatora do projeto, senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), coordenadora da bancada feminina no Senado. A autora da proposta, deputada Iara Bernardi (PT-SP), classifica a mudança como simpática e politicamente correta. "Não é uma bobagem. Não fosse a luta feminista, teríamos hoje a Carta dos Direitos do Homem e não a Carta dos Direitos Humanos", exemplifica a parlamentar. Expressão de valores A socióloga Almira Rodrigues acredita que a inclusão de elementos femininos na linguagem facilita a abertura de espaço para a participação da mulher na vida política. "Temos que ressaltar que a linguagem é a primeira forma de expressão dos valores", afirma a diretora-colegiada do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea). Outra representante da organização não-governamental, a advogada e socióloga Giane Boselli classifica como um sexismo a predominância de vocábulos masculinos nos casos em que a intenção é se referir também às mulheres. "Transformar uma língua é uma forma de buscar a igualdade", diz. |
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