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Congresso em Foco
13/7/2005 20:12
Antonio Vital |
"Fui convidado e agradeci porque achei que não fosse conveniente", explica o senador, que admite ter recebido um convite para ingressar no PTB, partido aliado do governo que pretende aumentar sua bancada no Congresso. Empresário do setor imobiliário, o senador, vice-presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), defende pelo menos uma alteração importante no projeto das Parcerias Público-Privadas (PPP), uma das prioridades do governo. Ele quer acabar com a prioridade que as empresas a serem criadas especialmente para tocar as obras de infra-estrutura terão, de acordo com a proposta, para receber do governo. A facilidade é combatida pelo forte lobby das empresas de construção civil. "Não se pode dar uma preferência de pagamento a uma empresa que foi criada agora (por meio das PPPs) em detrimento de uma outra que às vezes já está trabalhando em uma obra pública há muito tempo", disse. Além de explicar seu projeto de eleições coincidentes a partir de 2014, o senador defendeu, em entrevista ao Congresso em Foco, o lançamento de uma candidatura própria do PFL à presidência da República em 2006. Congresso em Foco - De acordo com a proposta do senhor, a eleição seria unificada a partir de quando? Paulo Octávio - A partir de 2014. Teremos a eleição casada para governadores em 2006 e a idéia é fazer em 2008 a eleição para prefeitos com mandatos de seis anos. É um tempo mais que suficiente para os partidos se prepararem. É bom para os partidos, que poderão lançar mais candidatos na mesma eleição. É bom para as capitais, que vão ser administradas ao mesmo tempo e em comum acordo por governadores e prefeitos, e é bom para o Brasil, que não vai parar mais de dois em dois anos como ocorre hoje, em 2004, com a paralisação total do Congresso Nacional, do Executivo e das forças produtivas. O senhor acha que a eleição é o fator principal para o baixo rendimento do Congresso nos últimos meses? "Um quinto dos parlamentares foi candidato. Então, houve uma paralisação total e nós perdemos o segundo semestre" Todos os partidos foram afetados da mesma maneira, ou a base governista se dividiu mais? "Parlamentares, que foram eleitos para ser deputados e representar a população de seus estados, repentinamente se lançam como candidatos a prefeito. Eles estão desrespeitando o mandato" O segundo turno das eleições, que vai ocorrer em apenas 44 cidades, justifica o esvaziamento do Congresso em outubro? O senhor já esteve com o presidente da Câmara, João Paulo Cunha, para defender a idéia. Como está o apoio à proposta? Além das eleições, outro fator que tem paralisado o Congresso é o racha na base aliada, daí a necessidade de o governo manter boas relações com setores da oposição. O senhor foi convidado para o famoso jantar do presidente Lula com o senador Antonio Carlos Magalhães e outros parlamentares do PFL? O senhor recebeu algum convite para ir para o PTB? O PFL vai ter candidato próprio à presidência em 2006? O senhor teme que partidos grandes, como o PFL e o PMDB, acabem se tornando apenas coadjuvantes na disputa entre o PT e o PSDB? "O PFL tem que lançar candidato à presidência da República, coisa que nunca fez. Houve uma tentativa com a Roseana (Sarney), que foi desmontada de uma forma criminosa" Que nomes o senhor vê no PFL com possibilidades? Qual será o final dessa briga do Bornhausen com o Antonio Carlos Magalhães? Que expectativa o senhor tem em relação ao projeto das Parcerias Público-Privadas (PPPs)? Que pontos específicos do projeto que o governo mandou ao Congresso são passíveis dessas mudanças? "Não se pode dar uma preferência de pagamento a uma empresa que foi criada agora (por meio das PPPs) em detrimento de uma outra que às vezes já está trabalhando em uma obra pública há muito tempo" E a questão da Lei de Responsabilidade Fiscal? O senhor acha possível que se repita em 2006 uma aliança do PFL com o PSDB? E com o PMDB? Aqui em Brasília, por exemplo, o senhor é pré-candidato ao GDF, mas busca o apoio do governador Joaquim Roriz, do PMDB. |
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