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Mais um ingrediente da crise

Congresso em Foco

13/7/2005 21:12

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Sônia Mossri


Por trás da rebelião dos aliados do governo no Congresso há muito mais do que uma simples obstrução para forçar a liberação de emendas parlamentares ou derrubar a emenda da reeleição. Além disso tudo, começou a disputa entre os partidos, especialmente entre PMDB e PTB, para indicar o vice na chapa do presidente Lula à reeleição em 2006.

O PMDB quer forçar o Palácio do Planalto a fazer aquilo que Lula só planeja definir no segundo semestre de 2005, ou seja, a escolha do partido que será o principal aliado do PT na corrida presidencial.

Uma conversa do líder do PMDB na Câmara, deputado José Borba (PR), com o ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo, no início da semana, traduz bem o que a maioria do partido deseja.

"Queremos trocar a aliança da mão direita para a esquerda e casar. Queremos um casamento de primeira classe", disse Borba ao ministro da Coordenação Política.

Por enquanto, nem o próprio Aldo parece levar a sério os movimentos dos descontentes do PMDB. "Que crise? Não existe crise. Para onde o PMDB iria?", disse o ministro da Coordenação Política a um incrédulo parlamentar do PMDB na última quarta-feira (10).

A revolta dos aliados tem a ver com o modo de fazer política do PT, considerado centralizador. A interferência do ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, na negociação política, acaba enfraquecendo Aldo Rebelo.

Enquanto Aldo tenta pacificar os revoltosos com liberação de recursos para emendas de parlamentares (projetos do Orçamento da União aprovados pelo Congresso e que beneficiam municípios da base eleitoral de deputados e senadores), Dirceu colabora para aumentar a crise com o PMDB.

Como o Congresso em Foco apurou, Dirceu e o presidente do PTB, Roberto Jefferson (RJ), definiram um esquema de levar para o partido trabalhista parlamentares do PMDB que desejam continuar apoiando o governo. Promessas de uma gorda ajuda na campanha de 2006 estão no cardápio oferecido pelo PTB.

Isso foi o estopim para a explosão da rebeldia que resultou na reunião do diretório nacional do PMDB na última quarta-feira, em que ficou definido o encontro da executiva do PMDB no próximo dia 12 para decidir se o partido fica ou sai do governo.

Apesar dos ministros Aldo e José Dirceu acreditarem que o PMDB está se utilizando daquele versinho de uma marchinha antiga de carnaval que diz "quem não chora não mama" e que não existe a menor possibilidade de rompimento com o governo, o resultado final da confusão é imprevisível.

Qualquer acerto preferencial com o PMDB não escapará de repercussões negativas nos outros partidos da base aliada, especialmente o PTB. Vale lembrar que o ministro José Dirceu já combinou com Roberto Jefferson que o vice da chapa da reeleição de Lula seria do PTB.

Ou seja, os ministros espalham promessas por todos os lados e depois se esquecem de cumprí-las.


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