Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
29/7/2014 | Atualizado 30/7/2014 às 14:50
O deputado federal André Vargas (ex-PT-PR) não compareceu nesta terça-feira (29) à reunião do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara. Seus advogados alegaram descumprimento, por parte do conselho, de uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que fosse garantida à defesa a vista integral do processo, além de um prazo de cinco dias para manifestação -- o prazo começou a ser contado ontem.
As testemunhas de defesa que seriam ouvidas hoje também não compareceram, alegando problemas de agenda. O conselho ouviria o coordenador operacional da arquidiocese de Aparecida, Denir Campos, e o consultor jurídico do Ministério da Saúde Fabrício Braga.
André Vargas responde a processo no Conselho de Ética por suposto envolvimento, em negócios ilícitos, com o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato, deflagrada em março pela Polícia Federal para desbaratar um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões.
O presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar (PSD-SP), rebateu a defesa de Vargas. Afirmou que, desde o início, foi garantido acesso ao processo, mas não à sua cópia, já que o caso tramita sob sigilo.
O relator do processo, deputado Júlio Delgado (PSB-MG), argumentou que Vargas foi convidado várias vezes para depor mas não compareceu ao conselho. Delgado anunciou hoje o encerramento da fase de instrução (investigação) do processo. A defesa de Vargas poderá se manifestar até sexta (1º).
Delgado confirmou ainda que vai apresentar seu relatório em dez dias, contados a partir de amanhã. Há expectativa de quórum para apresentação do parecer, considerando que a Câmara tem esforço concentrado marcado para semana que vem. O quórum necessário para votação é de, no mínimo, 11 deputados.
O relator poderá sugerir sanções que vão desde censura verbal ou escrita até perda do mandato. No entanto, o relatório deverá ser aprovado pelo plenário do conselho. Em caso de perda de mandato, a decisão final caberá ao plenário da Câmara. Em uma rede social, André Vargas disse que não prestou depoimento porque o relator já teria emitido pré-julgamento sobre o caso e atropelado seu direito de defesa.
Mais sobre Petrobras Mais sobre a Operação Lava Jato Assine a Revista Congresso em Foco em versão digital ou impressaTemas
Câmara dos Deputados
Comissão debate isenção de registro para professor de educação física
SEGURANÇA PÚBLICA
Derrite assume relatoria de projeto que trata facções como terroristas