Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Erika Hilton propõe proibir monetização de conteúdo misógino

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

INDÚSTRIA REDPILL

Erika Hilton propõe proibir monetização de conteúdo misógino

Projeto responsabiliza plataformas e corta lucro de discursos de ódio contra mulheres

Congresso em Foco

15/12/2025 | Atualizado às 16:57

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) protocolou na Câmara dos Deputados um projeto de lei que busca impedir a monetização de conteúdos digitais com teor misógino, discriminatório ou que desinformem sobre questões de gênero. A proposta atinge, em especial, a chamada "indústria redpill", ideologia que prega a supremacia masculina e dissemina discurso de ódio contra mulheres nas redes sociais.

O projeto altera o Marco Civil da Internet. O objetivo é desestruturar o modelo de negócios baseado no incentivo financeiro ao conteúdo violento e discriminatório, por meio de publicidade, doações, assinaturas ou impulsionamentos pagos.

O foco é proteger especialmente mulheres que atuam na política, no jornalismo, na pesquisa e na comunicação pública.

O foco é proteger especialmente mulheres que atuam na política, no jornalismo, na pesquisa e na comunicação pública. Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

De acorco com o texto, o estudo do NetLab/UFRJ, em parceria com o Ministério das Mulheres, aponta que 80% dos canais com conteúdo misógino utilizam algum tipo de monetização. Segundo a pesquisa, o discurso de ódio contra mulheres já não é mais marginal: tornou-se um produto lucrativo amplificado pelos algoritmos das plataformas. Para Erika Hilton, o incentivo econômico é o coração do problema.

"O que estamos enfrentando é uma engrenagem perversa que transforma o ódio em produto, o assédio em audiência e a violência contra mulheres em carreira digital. A liberdade de expressão não pode servir de escudo para um modelo de negócios que lucra com a desumanização das mulheres. Lucratividade não é um direito constitucional."

A proposta não criminaliza opiniões individuais, mas retira os estímulos financeiros. O texto prevê responsabilidade direta e solidária das plataformas digitais que, mesmo notificadas, não bloquearem a monetização ou a circulação de conteúdos misóginos.

Entre as punições previstas estão:

  • Multas de até 2% do faturamento da empresa no Brasil;
  • Suspensão imediata de serviços de publicidade;
  • Retirada dos conteúdos infratores;
  • Devolução dos valores obtidos, a serem destinados ao Fundo de Defesa de Direitos Difusos.

O projeto também impõe deveres de transparência e ação rápida às plataformas, como:

  • Criação de canais eficientes de denúncia:
  • Avaliação de impacto;
  • Ajustes nos sistemas de recomendação de conteúdo.

Mulheres que atuam em áreas públicas, como política, jornalismo, ciência e comunicação, estão entre as mais atacadas por campanhas coordenadas de violência digital, de acordo com a justificativa da proposta. Segundo a deputada, há hoje um vácuo regulatório que beneficia produtores de ódio e grandes plataformas.

"Não existe neutralidade quando algoritmos premiam o choque, a humilhação e a violência. Este projeto corta o incentivo econômico que sustenta a misoginia digital e reafirma que a internet não pode ser uma zona franca para explorar a violência contra mulheres."

A proposta se inspira em iniciativas internacionais e afirma que barrar o lucro de conteúdos que violam direitos fundamentais é uma medida de proteção à dignidade, à igualdade de gênero e à democracia — e não censura.

Confira a íntegra da proposta.

Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

Erika Hilton direito das mulheres misoginia Câmara marco civil da internet

Temas

Congresso

LEIA MAIS

ELEIÇÕES

Líder do PL na Câmara defende frente conservadora ampla em 2026

TROCA NA CÂMARA

Adilson Barroso, suplente de Zambelli, diz que seguirá linha da colega

SENADO

PL da Dosimetria: Alessandro Vieira prepara relatório pela rejeição

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

DOMINGO DE PROTESTOS

PL da Dosimetria: veja as cidades onde há atos contra redução de penas

2

SENADO

PL da Dosimetria: Alessandro Vieira prepara relatório pela rejeição

3

Vídeo

Zezé critica ida de Lula ao SBT e acusa emissora de "prostituição"

4

PRESA NA ITÁLIA

Renúncia de Zambelli foi estratégica, diz PL; inelegibilidade continua

5

REFORMA TRIBUTÁRIA

Reforma tributária: relator muda texto do IBS e Câmara acelera votação

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES