O líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO), afirmou agora há pouco que, embora sua bancada já tenha definido o apoio à CPI dos cartões de crédito corporativos no Senado, acredita ser dispensável a instalação de uma comissão no Congresso para investigar gastos do Executivo. Segundo Raupp, o excesso de CPIs prejudica os trabalhos do Legislativo.
“Não adianta instalar muitas CPIs neste momento. A CPI das ONGs foi instalada e ainda não funcionou. Acho que CPI demais não surtem o efeito necessário”, exemplificou o líder, justificando que existem foros mais adequados para investigar os gastos com os cartões corporativos do governo. “Se [os dados sobre os gastos] já estão na internet, por aí já daria para fazer uma investigação não pelo Congresso, mais pelo TCU [Tribunal de Contas da União]. Essa é minha opinião pessoal.”
Tião
Já o senador Tião Viana (PT-AC) discordou do alarde criado em torno da CPI. Segundo o petista, há a questão da “transparência com sigilo”, o que determina que algumas informações precisam ser resguardadas. Tião justificou a necessidade de sigilo em alguns casos citando a questão do terrorismo, em que uma nação não pode publicar determinadas informações sob pena de colocar em risco a segurança nacional.
Fustigando a oposição, Tião disse ainda que não pode existir a “troca de voto por denúncia”, dizendo que os oposicionistas promovem a polêmica com objetivos eleitorais, para obter votos em seus redutos. (Fábio Góis e Rodolfo Torres)