Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Centrais endurecem discurso por aumento do mínimo

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Centrais endurecem discurso por aumento do mínimo

Congresso em Foco

15/2/2011 6:46

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA
[caption id="attachment_45394" align="alignleft" width="300" caption="Sindicalistas lotaram galerias durante debate na Câmara para discutir salário mínimo"]Sindicalistas lotaram galerias durante debate na Câmara para discutir salário mínimo[/caption]

Edson Sardinha
Os líderes das centrais sindicais rebateram o argumento do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o governo não tem dinheiro suficiente para garantir o aumento do salário mínimo acima dos R$ 545 propostos. Em discursos aplaudidos por sindicalistas que lotavam as galerias da Câmara, os representantes das seis centrais cobraram do governo o mesmo tratamento dado, segundo eles, às instituições financeiras.

Acompanhe ao vivo o debate na Câmara

Tradicional aliada do governo do PT, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) defendeu a elevação do mínimo para R$ 580. ?Eu gostaria terminar com o refrão: país rico é país sem pobreza. Salário mínimo de 580 reais, correção da tabela do Imposto de Renda e reajuste das aposentadorias?, disse o presidente da CUT, Artur Henrique, durante seu discurso no debate promovido esta tarde no plenário da Câmara.

?Eu fico até com vergonha de dizer aos 49 milhões de trabalhadores que ganham salário mínimo que nós estamos fazendo um cavalo de batalha com o governo para conseguir uma miséria de 50 centavos por dia?, disse o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força.

O presidente da Central de Trabalhadores do Brasil (CTB), Wagner Gomes, acusou o governo de privilegiar os banqueiros em detrimento dos trabalhadores. ?O que nós estamos pedindo aqui hoje é o mesmo tratamento dado aos banqueiros, aos donos de empresa. É isso o que nós estamos pedindo aqui hoje. E por que não são antecipados os 3% que nós estamos pedindo??, criticou Wagner.

Antes dos sindicalistas, o ministro da Fazenda descartou qualquer possibilidade de o governo aceitar um mínimo maior que R$ 545. Segundo ele, o impacto orçamentário e o risco da escalada da inflação tornam ?inapropriado? o aumento reivindicado pela oposição e pelas centrais sindicais.

Leia ainda: Mantega: governo só tem caixa para mínimo de R$ 545

Veja alguns dos principais pontos dos discursos feitos pelos sindicalistas no debate da Câmara:

Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical
?Ministro Mantega, eu quero traduzir esse valor de 560 reais em miúdos para que as pessoas que vão recebê-lo saibam quanto é. O governo está fazendo um cavalo de batalha pelos 545 reais. Nós estamos falando de 560 reais, que são 15 reais a mais por mês. Por dia dá exatamente esta moedinha de 50 centavos. (Mostra moeda) É isso, ministro Mantega, que estamos pedindo para se dar de aumento aos trabalhadores do Brasil. Esses 15 reais por mês, 50 centavos por dia, que não dão para comprar dois pãezinhos na padaria da esquina, se eu for um pouco mais abaixo, pois o trabalhador ganha por hora, dá 6 centavos por hora. Eu fico até com vergonha de dizer aos 49 milhões de trabalhadores que ganham salário mínimo que nós estamos fazendo um cavalo de batalha com o governo para conseguir uma miséria de 50 centavos por dia.?

Artur Henrique, presidente da CUT
?O que está em jogo nesse debate é a discussão de políticas e programas de distribuição de renda, de combate à miséria, uma política de desenvolvimento sustentável em que o crescimento econômico vai depender da contínua elevação dos salários reais, do consumo e do investimento e do fortalecimento do mercado interno. O salário mínimo é um poderoso instrumento para isso. Quarenta e sete milhões de brasileiros dependem direta ou indiretamente do salário mínimo. Com o aumento, por exemplo, de 50 reais, serão injetados na economia 30 bilhões de reais ? injeção na veia, direto na economia ? e também o governo arrecadará aproximadamente 9 bilhões de reais. Eu gostaria terminar com o refrão: país rico é país sem pobreza. Salário mínimo de 580 reais, correção do tabela do Imposto de Renda e reajuste das aposentadorias!?

Canindé Pegado, secretário-geral da União Geral dos Trabalhadores (UGT)
?Nós queremos, sim, que continue crescendo a economia gerada nessas regiões do País. O salário mínimo é o motor da economia nessas regiões. E não venham dizer aqui que a medida vai arrasar prefeituras. Salário mínimo não arrasa prefeitura. O que arrasa prefeitura é clientelismo! Onde se podem contratar 100 funcionários se contratam 200! Isso arrasa prefeitura, e não salário mínimo. Por isso, nós hipotecamos todo apoio e solidariedade a este Parlamento.?

Antônio Neto, presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB)
?A contradição é outra, na maneira como nós vamos atacar o problema em 2011. Uns consideram primeiro ano de novo governo, nós consideramos terceira fase de governo, no aprofundamento das questões, nos ganhos que o Brasil possa ter. Qual foi a técnica usada para o crescimento no Brasil durante os últimos dois mandatos? Baixa de juros, aumento dos investimentos, aumento dos salários. Qual é a tese proposta hoje? Aumento dos juros, corte dos investimentos, redução no salário. É isso que nós queremos? Não. Não é isso. A inflação não é de demanda, mas é externa, das commodities, da especulação financeira. Nós não podemos concordar com isso. É como se quiséssemos tratar a gripe com quimioterapia. Com certeza, vamos curar a gripe, mas acima de tudo vamos matar o paciente.?

José Calixto Ramos, presidente da Nova Central Única Sindical de Trabalhadores (NCST)
?É evidente que essa discussão não corresponde a um embate, não corresponde a uma guerra, conforme a mídia já falou. É um embate democrático em defesa dos interesses maiores não só daqueles que ganham o salário mínimo, mas em defesa da sociedade, em defesa dos trabalhadores de um modo geral, em defesa da nação. Lembrem-se de que, quando se pretendia passar o salário mínimo para cem dólares, diziam que o Brasil não aguentaria. A Previdência quebraria. As prefeituras e os governos também não aguentariam. Hoje, o salário mínimo está em cerca de 300 dólares, e nada quebrou. Ao contrário, o país cresceu.?

Wagner Gomes, presidente da Central de Trabalhadores do Brasil (CTB)
?O que nós estamos pedindo aqui hoje é o mesmo tratamento dado aos banqueiros, aos donos de empresa. É isso o que nós estamos pedindo aqui hoje. E por que não são antecipados os 3% que nós estamos pedindo? O que está em jogo aqui não é se existe ou não acordo. O que está em jogo aqui é se o país vai continuar se desenvolvendo ? e o salário mínimo é um ponto importante ? , ou o país vai viver de renda, de aplicação em bolsa, de dinheiro que vem de fora, que não envolve produção. É isso que está colocado aqui. Portanto, ou o governo Dilma continua e aprofunda os caminhos que o governo Lula fez, ou o nosso país vai para a recessão. Ou é desenvolvimento, ou é especulação.?

Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Temas

Reportagem

LEIA MAIS

BB suspende declaração que contrariava ruralistas

Mantega: governo só tem caixa para mínimo de R$ 545

Sarney pede para que funcionária do STF seja poupada

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

GOVERNO

Lula escolhe Emmanoel Schmidt Rondon para presidir os Correios

2

PEC 3/2021

Veja como cada deputado votou na PEC da Blindagem

3

IMUNIDADE PARLAMENTAR

Entenda o que muda com a PEC da Blindagem, aprovada pela Câmara

4

MANOBRA NA CÂMARA

Eduardo Bolsonaro é indicado a líder da Minoria para evitar cassação

5

PRERROGATIVAS PARLAMENTARES

Câmara dos Deputados aprova PEC da Blindagem

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES