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Congresso em Foco
24/8/2008 14:37
Uma das questões mais polêmicas na pauta de julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) para os próximos dias, a demarcação em área contínua da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, promete intensas discussões, com ameaça inclusive de conflito ente arrozeiros, índios e forças de segurança. O líder dos arrozeiros, o prefeito de Pacaraima e produtor de arroz Paulo César Quartiero, mesmo já tendo sido preso duas vezes, criticou a permanência da Polícia Federal (PF) na região chamando-a de “Gestapo [polícia secreta alemã da era nazista] tupiniquim”.
Quartiero, que acredita na permanência dos arrozeiros e não indígenas na reserva, desqualifica os inquéritos abertos na Superintendência da PF em Boa Vista que apuram sua participação em atentado contra um posto policial, além do episódio em que índios foram baleados dentro de suas terras em Roraima. As informações são da Agência Brasil.
Entre as firmes críticas às autoridades de segurança, Quartiero diz que o Ministério da Justiça e a Polícia Federal estão “vendidos” ao interesse internacional e contra a “nação brasileira”. “Eu me sinto orgulhoso de estar sendo processado e investigado pela Gestapo tupiniquim que é a Polícia Federal", disse o arrozeiro, em entrevista à Agência Brasil e à Rádio Nacional da Amazônia.
O julgamento da demarcação da reserva – considerada inviável por alguns especialistas na questão fundiária – está marcado para a próxima quarta-feira (27), e deve receber pressão de grupos de ambos os lados. A Superintendência da PF em Boa Vista informou que não se manifestará sobre o assunto – nem sobre as críticas de Quartiero – até o julgamento.
Na entrevista, Quartiero disse ainda que, sob o pretexto de “defender” sua propriedade de uma possível invasão dos índios, não irá a Brasília acompanhar o julgamento. Mas os arrozeiros terão como representante o advogado do grupo, Ilmar Galvão, ex-ministro do Supremo.
A demarcação levada a cabo pelo governo federal engloba uma região de 1,7 milhão de hectares. Cerca de 1% dessa área é ocupada pelos arrozeiros, que alegam justamente o pequeno espaço ocupado para defender a permanência, a bem da produção de arroz e dos municípios, como costumam argumentar.
A produção de arroz, que tem tanto simpatizantes como opositores entre as comunidades indígenas, equivale a 6% do Produto Interno Bruto (PIB) de Roraima e gera ao menos dois mil empregos diretos. Os dados são do governo estadual. (Da Redação)
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