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Congresso em Foco
29/4/2008 8:08
Folha de S. Paulo
PF diz que Paulinho tramou "escândalo" contra Kassab
Relatórios da Polícia Federal na Operação Santa Tereza atribuem ao deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) um plano para criar "um escândalo" que pudesse atingir o prefeito Gilberto Kassab (DEM-SP) e o então secretário municipal do Trabalho, Geraldo Vinholi (PDT-SP). A estratégia culminou com a renúncia de Vinholi, no dia 7 de março.
A operação da PF começou, em dezembro passado, a investigar uma casa de prostituição nos Jardins. Depois detectou um suposto esquema para desvio de recursos do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social). Também interceptou diálogos telefônicos que indicariam uma trama de Paulinho para bombardear Kassab, o que abriria espaço para uma eventual candidatura do deputado a prefeito de São Paulo.Segundo a PF, Paulinho encomendou ao coronel reformado da Polícia Militar Wilson de Barros Consani Júnior, 50, preso na última quinta-feira, a tarefa de colher subsídios para atingir Vinholi e Kassab.
"Foi constatada a sua ligação [de Consani] com o deputado federal Paulinho, possível candidato à Prefeitura de São Paulo, para o qual, segundo diálogos de Consani com HNI [homem não identificado], Consani será responsável por criar um tumulto para atingir "GV", possivelmente Gilberto Kassab", apontou relatório do delegado Rodrigo Levin, que mais tarde corrigiu "GV" -as iniciais do secretário de Kassab. Levin escreveu em novo relatório: "Evidenciam-se também suas tratativas a fim de criar escândalo para denegrir a imagem do candidato à Prefeitura de São Paulo, possivelmente Gilberto Kassab, visando a valorizar a candidatura de" Paulinho.
Um diálogo captado entre o coronel e Paulinho em 7 de fevereiro passado indica, segundo a PF, que o deputado cobrava resposta. Para a PF, Paulinho "queria saber do escândalo que Consani estaria preparando para possivelmente beneficiá-lo na eleição".
PF investiga elo com fraudes em ministério
Relatório da Operação Santa Tereza afirma que alguns dos investigados podem ter conexão com supostas irregularidades em convênios do Ministério do Trabalho que foram objeto de reportagens da Folha e de "O Globo" em fevereiro. As reportagens foram comentadas com um misto de preocupação, surpresa e desdém em conversas telefônicas interceptadas pela PF. O delegado Rodrigo Levin ressaltou, em relatório, a reação do ex-conselheiro do BNDES João Pedro de Moura, ex-assessor do deputado Paulinho (PDT-SP).
"Embora não tenham relação com a investigação, resolvemos anexá-las [as reportagens] pois fazem parte de um conjunto de denúncias graves, de caráter nacional e de grande importância para o país. (...) João Pedro sempre fica muito "preocupado", demonstrando, no mínimo, que sabe a verdade sobre as referidas notícias", apontou a PF, em relatório.
Paulinho afirma que não é alvo de investigação da PF
O deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, disse, por meio de sua assessoria, que não comentará as investigações da Operação Santa Tereza. Informado pela Folha sobre as interceptações de conversas telefônicas mantidas pelo coronel reformado da PM Wilson de Barros Consiani Júnior, a assessoria de Paulinho disse que o deputado telefonou ontem para o ministro da Justiça, Tarso Genro, que teria lhe dito que o parlamentar não é investigado pela PF.
"O ministro disse que nem ele [Paulinho] nem o deputado Henrique Alves [PMDB-RN] estão sendo investigados. O ministro disse que esses vazamentos do inquérito demonstram a fragilidade do processo", informou a assessoria de Paulinho, para a qual o vazamento "será investigado" pela PF.
Inquérito cita assessor de deputado do PV
Ligações telefônicas interceptadas pela PF apontam conversas freqüentes entre investigados na Operação Santa Tereza e José Brito de França, assessor do deputado Roberto Santiago (PV-SP). A PF afirmou em relatório que não há indícios de envolvimento do parlamentar.
Em telefonemas, Brito dá orientações sobre como obter recursos da Fundação Nacional de Saúde e do Ministério das Cidades.
Brito afirmou ontem à Folha que conhece o coronel reformado da PM Wilson Consiani, apontado pela PF como um dos articuladores dos supostos desvios do BNDES, e o consultor Márcio Mantovani, presos na operação. "Sou amigo do coronel há um ano e meio, dois anos. Amigo de trabalho, fazemos trabalho de segurança de algumas empresas. Mas eu não freqüentava a casa dele, nem ele a minha. Estive na casa dele na quinta-feira, porque a esposa dele estava desesperada porque o prenderam. Ela me disse para tomar cuidado porque o telefone estava grampeado. Eu disse que não tinha problema nenhum. Não tenho nada a esconder."
Chinaglia critica ação da polícia dentro da Câmara
O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse ontem que a Polícia Federal fez "arapongagem" na Casa e cobrou explicações do ministro da Justiça, Tarso Genro. A Operação Santa Tereza, da PF, que identificou quadrilha que desviava dinheiro de empréstimos do BNDES, fez imagens de João Pedro de Moura, que foi assessor do deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) na Força Sindical, circulando no prédio que concentra a maioria dos gabinetes.
Segundo Chinaglia, "toda vez que um policial ingressa na Câmara ele se identifica e não sobe armado", mas dessa vez não houve pedido de autorização. "Determinamos que fosse feito um levantamento minucioso para saber quais são as implicações legais da entrada na forma de araponga, sem identificação [na Casa]. Minha impressão é que eles agrediram o Poder ao entrarem sem se identificar." As conclusões podem levar a Câmara a tomar providências "dentro da lei" contra a PF. As imagens, divulgadas pelo jornal "O Estado de S. Paulo", mostram Moura visitando os gabinetes de Paulinho e do líder do PMDB na Casa, Henrique Eduardo Alves (RN).
Ambos negam o encontro e envolvimento com a quadrilha. Moura está preso. Genro não comentou as críticas de Chinaglia, mas divulgou nota na qual informa que a PF "não está investigando nenhum deputado" nessa operação e que as informações divulgadas na imprensa sobre os dois parlamentares "são de inteira responsabilidade dos veículos que as estão divulgando".
Polícia é quem sabe do dossiê, afirma Dilma
Indagada pela Folha como recebia a informação publicada por um jornal de que a Polícia Federal já teria o nome do autor do dossiê com gastos sigilosos do governo Fernando Henrique Cardoso montado pelo Planalto, Dilma Rousseff, a ministra-chefe da Casa Civil, respondeu: "Eu acho que vocês deveriam perguntar à Polícia Federal, porque o governo não tem conhecimento disso".
Em seguida, bronqueou com os jornalistas presentes, que a acompanhavam à saída de um encontro de empresários brasileiros e americanos com o governo Bush, ontem, em Washington: "Agora, se essa é a discussão, acho que não tem cabimento eu estar aqui e responder questões sobre o Brasil".
Na quinta-feira, a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, assinou portaria que prorrogou até 26 de maio a investigação interna aberta no mês passado para apurar o vazamento de informações da pasta. Ela atua como ministra interina até a volta de Dilma.
3º mandato para Lula tem apoio de 50,4%, aponta CNT/Sensus
Pesquisa CNT/Sensus divulgada ontem mostra que 50,4% dos entrevistados são favoráveis a um terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A pesquisa mostra que 45,4% dos entrevistados são contrários ao terceiro mandato e 4,3% não responderam.
A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, o que aproxima os índices -embora o apoio ao terceiro mandato seja superior. A pergunta feita foi: "O sr. (a) é a favor ou contra a alteração na Constituição do país possibilitando que Lula se candidate à Presidência da República pela terceira vez consecutiva?"
"Tecnicamente, há um empate. Mas é muito expressivo o apoio ao terceiro mandato do presidente", disse o diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes.
Presidente pede fim de vaias a Serra e o chama de "amigo" em evento do PAC
No palanque, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ontem que as cerimônias do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) evitem tom eleitoral. "Não pode ter um clima eleitoral, porque daqui a pouco a Justiça Eleitoral pensa que eu estou fazendo campanha", discursou Lula, que disse estar "difícil lançar o PAC"
"Se a gente trouxer para as obras do PAC a guerra da campanha, não vai poder mais lançar as obras", disse o presidente, que participou pela manhã de ato para assinatura de projetos de obras em Osasco. No terreno onde o evento foi realizado será construído um novo campus da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
No momento em que o governador José Serra (PSDB) discursava, uma vaia foi iniciada por militantes, enquanto outras pessoas aplaudiram o tucano. Lula e o deputado federal João Paulo Cunha (PT) pediram, com gestos, o fim da vaia. A região onde ocorreu o evento é uma das bases eleitorais de João Paulo, réu no processo do mensalão. Adesivos com o nome dele foram distribuídos na entrada.
Alckmin abre campanha e diz esperar ajuda de Serra
O ex-governador Geraldo Alckmin lançou ontem à noite sua pré-candidatura a prefeito de São Paulo. Momentos antes da primeira manifestação pública do tucano sobre a intenção de concorrer neste ano, a Executiva Municipal do partido decidiu endossar seu desejo. "Eu ouvi o chamado e vim me incorporar à luta", anunciou Alckmin, por volta das 21h, para cerca de 200 militantes do PSDB reunidos no centro de São Paulo. Em seguida, mandou um recado a seus adversários internos: "Persegui os ideais de uma vida, e não as conveniências eleitorais do momento", disse, em alusão à pressão de parte dos tucanos que defendem sua renúncia para apoiar a reeleição do prefeito Gilberto Kassab (DEM), aliado do governador do Estado, José Serra (PSDB).
Pré-candidato não vê diferença entre PT e PSDB
O pré-candidato do PSB à Prefeitura de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, defendeu a manutenção da aliança PSB-PT-PSDB, apesar do veto da Executiva Nacional do PT, e disse que não vê diferença entre governos administrados por petistas e tucanos. "O PSDB e o PT fizeram um acordo de buscar uma aliança via um terceiro partido, e esse terceiro partido, o PSB, foi convidado e aceitou. A aliança básica é entre esses três partidos", afirmou Lacerda, secretário estadual de Desenvolvimento Econômico no governo do tucano Aécio Neves, disse. O apoio a Lacerda foi oficializado anteontem pelo PT de Belo Horizonte por ampla maioria dos 406 delegados do encontro municipal da sigla.
PT-BH cogita apoio informal a nome do PSB
O PT de Belo Horizonte cogita, em último caso, não ter candidato na eleição municipal e apoiar informalmente Marcio Lacerda, do PSB, para o comando da prefeitura da capital mineira caso a Executiva Nacional não recue na proibição de aliança com o PSDB. Esse é o cenário considerado extremo pela cúpula petista em BH na hipótese de fracassarem os dois passos anteriores: anular internamente a decisão da direção nacional do partido ou buscar sua revogação na Justiça Eleitoral. Ontem, a direção do PT repetiu que não voltará atrás e manterá a proibição.
O prefeito Fernando Pimentel ainda aposta, porém, na possibilidade de uma negociação. No domingo, depois da convenção que escolheu o petista Roberto Carvalho para ser vice de Lacerda, ele falou por telefone com o presidente do PT, Ricardo Berzoini, e agendou uma reunião para os próximos dias.
Pimentel disse a amigos que sua preocupação foi a de abrir caminho para um entendimento.
Presidente do STF arquiva duas ações contra ministros de FHC
O novo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Mendes, arquivou duas ações de improbidade administrativa contra os ex-ministros do governo Fernando Henrique, Pedro Malan (Fazenda), José Serra (Planejamento) e Pedro Parente (Casa Civil).
As ações haviam sido protocoladas pelo Ministério Público Federal na Justiça Federal do DF, que questionava o repasse de cerca de R$ 3 bilhões pelo Proer (Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional) para assistência financeira ao Banco Econômico S.A e ao Banco Bamerindus.
Em uma delas, que já havia sido julgada pela Justiça Federal, os ex-ministros foram condenados a devolver os recursos repassados. Em 2002, recorreram ao STF, alegando que não podiam ser julgados por aquela instância. O caso foi distribuído a Mendes.
O Estado de S. Paulo
Grampo indica que vice do PDT receberia de esquema do BNDES
O relatório da Operação Santa Tereza, deflagrada contra suposto esquema de desvio de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), aponta mais dois nomes de políticos ligados ao PDT - José Gaspar Ferraz de Campos, vice-presidente estadual do partido, e Farid Madi, prefeito do Guarujá.
Grampos da Polícia Federal, que compõem o inquérito BNDES, indicam que Gaspar teria sido beneficiário da divisão de dinheiro de contratos fraudulentos. Em duas conversas distintas, 4 das 11 pessoas que tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça mencionam "a parte do Gaspar".
No dia 23 de janeiro, o foragido Manuel Fernandes de Barros Filho, o Maneco, dono da construtora Fernandes & Bastos e sócio do prostíbulo W.E., fala por mais de meia hora com o empresário Boris Bitelman Timoner sobre o empréstimo de R$ 126 milhões aprovado no BNDES para a Prefeitura de Praia Grande. A liberação do dinheiro garantiria ao grupo R$ 4 milhões - depois o repasse foi reduzido para R$ 2,6 milhões.
''Não dá para fazer tudo em 8 anos'', diz Lula
No mesmo dia em que a última pesquisa CNT/Sensus apontou o aval de 50,4% da população a um terceiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse considerar que oito anos é um período curto demais para fazer o necessário numa administração. Em Guarulhos (SP), ao discursar após visitar obras habitacionais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Lula afirmou que seu sucessor precisa ser "mais abençoado" do que ele próprio e mais atento à população pobre.
Terceiro mandato divide eleitores, aponta pesquisa
Uma eventual alteração da Constituição para possibilitar um terceiro mandato para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria o apoio de 50,4% dos brasileiros e seria rejeitada por 45,4%, segundo a última pesquisa CNT/Sensus, divulgada ontem. Como a margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais, a situação é de empate técnico.
O mesmo levantamento mostra que, na hipótese de a reeleição ser permitida, Lula seria o favorito, embalado pela avaliação positiva recorde de seu governo e de seu desempenho pessoal.
Petistas ameaçam dar o troco ao PMDB na Câmara
Inconformados com a aliança do PMDB paulista de Orestes Quércia com o DEM do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, dirigentes petistas reclamam da omissão do deputado Michel Temer (SP), presidente do partido, e nos bastidores ameaçam dar-lhe o troco na sucessão da Câmara.
As duas siglas firmaram acordo de revezamento no comando da Casa. Mas, como o voto é secreto, Temer pode precisar da boa vontade do PT para se eleger presidente em 2009, substituindo Arlindo Chinaglia (PT-SP).
Com ou sem ameaça, o PMDB nacional já deixou claro ao presidente Lula que não admitirá cobrança do PT paulista, que deseja a volta de Marta Suplicy à prefeitura. Na sexta-feira, Temer avisou Lula que não interferirá na decisão paulista.
Ex-diretora da Gautama deve ser indiciada
Três deputados distritais da Comissão Parlamentar de Inquérito que apura irregularidades em obras realizadas pela Construtora Gautama, no Distrito Federal, estiveram ontem em Maceió para ouvir a ex-diretora comercial da empresa, Maria de Fátima Palmeira. Mas não conseguiram obter nenhuma palavra da executiva, que chegou à sede da Polícia Federal munida de um habeas-corpus que lhe garantia o direito de silenciar.
Isso não impedirá, porém, que ela seja indiciada. Segundo informações dos deputados Bispo Renato (PR), Júnior Bruneli (DEM) e Cabo Patrício (PT), ela participou do esquema de fraudes, que resultou no desvio de R$ 3,5 milhões - de um total de R$ 145 milhões liberados pelo Ministério da Integração Nacional para obras de macrodrenagem da Bacia do Rio Preto, no Distrito Federal.
Comissão de Ética pede explicações a Dilma
A Comissão de Ética Pública da Presidência da República deu ontem prazo de dez dias para que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, se explique sobre a montagem do dossiê com gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
"Não há avaliação prévia sobre a conduta (da ministra)", declarou o presidente da Comissão de Ética, Sepúlveda Pertence, após reunião do colegiado. "Se ela fere ou não (o código de conduta ética da alta administração) nada disso se examinou. Só se examinou que era o caso de se solicitar as informações", resumiu o presidente.
A comissão tem poderes apenas para censurar, advertir ou recomendar a demissão do ministro ao presidente da República, que acolhe ou não a sugestão dos conselheiros.
Santo Antônio perde salário de parlamentar
Vereador perpétuo de Igarassu (PE), Santo Antônio teve o salário revogado pela Câmara diante de recomendação do Ministério Público de Pernambuco, que questionou a falta de amparo legal ao pagamento. Desde 1994 o santo tinha remuneração mensal de um salário mínimo, recebida pelo Convento de Santo Antônio, com o objetivo de ajudar crianças carentes. O presidente da Câmara, Valdemir Nunes de Souza (DEM), frisou que o título de vereador vitalício continua.
Correio Braziliense
Com “medo” do clima eleitoral
Era para ser apenas a agenda oficial de governo que abriria mais uma semana de trabalho. Mas o clima de comício ficou tão evidenciado que até o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu intervir, fazendo um alerta para a necessidade de se evitar ao máximo o tom eleitoral nos atos de lançamento das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em todo o país.
Ao discursar, no final da manhã de ontem, em Osasco, na Grande São Paulo, diante de uma platéia estimada em mais de 5 mil pessoas pela guarda municipal, o presidente foi claro: “Está difícil lançar o PAC nestes tempos de campanha. Eu queria dar esse aviso, porque está chegando o mês de maio, depois junho e aí vem a campanha. E se a gente trouxer para as obras do PAC a guerra da campanha, a gente não vai poder mais lançar as obras. Isso aqui é um ato institucional”, disse Lula, destacando que a Justiça Eleitoral e a imprensa estão atentas a tudo o que acontece nas cerimônias do PAC.
Lula com a bola toda nas pesquisas
Amigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o deputado federal Devanir Ribeiro (PT-SP) terá o apoio da maioria da população caso leve adiante a proposta de mudar a Constituição para garantir a Lula o direito de concorrer a um novo mandato em 2010. É o que revela pesquisa divulgada ontem, encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) ao Instituto Sensus. De dois mil entrevistados nas cinco regiões do país, 50,4% disseram apoiar a tese da re-reeleição, enquanto 45,4% rejeitaram a idéia.
Como a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, a situação é de empate técnico, segundo Ricardo Guedes, diretor do Sensus.
MP entra no caso sobre vazamento de dossiê
O Ministério Público vai reforçar as investigações da Polícia Federal em torno do vazamento sobre os gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A partir da próxima semana, quando o delegado Sérgio Barboza Menezes pedir a prorrogação do inquérito, por mais 30 dias, a Procuradoria da República em Brasília deverá indicar um representante para acompanhar o caso.
Menezes pediu novas informações do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República sobre a classificação dos documentos. Na semana passada, o Palácio do Planalto informou que não se tratava de papéis sigilosos. Ontem não houve nenhum depoimento e a perícia nos computadores apreendidos na Casa Civil, no início do mês, não foi concluída.
Presidente quer apoio a Marta
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva joga pesado para atrair o apoio do “bloquinho” formado pelo PSB, PDT, PCdo B e mais cinco partidos nanicos para uma aliança com o PT em São Paulo, em apoio à candidatura da ministra do Turismo, Marta Suplicy, que tenta voltar à prefeitura da capital paulista. Acredita que o caminho crítico é a remoção da candidatura do deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que foi seu ministro das Relações Institucionais e está agastado com a cúpula do PT. Os petistas trabalharam contra Aldo quando era o responsável pela articulação da base aliada e o derrotaram quando tentou a reeleição para presidente da Câmara. Seu lugar foi ocupado pelo deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), um aliado de Marta, eleito com apoio da base aliada.
Jornal do Brasil
Bloquinho fracassa ao mostrar força
Convocada para uma demonstração de forças, a reunião do bloco PC do B, PSB e PDT foi marcada, ontem, pela ausência de líderes. Por motivos distintos, os deputados federais Luiza Erundina (PSB) e Paulo Pereira da Silva (PDT), o Paulinho, não foram ao lançamento da carta-compromisso "Por uma cidade melhor".
Alvo de investigação da Polícia Federal, Paulinho se dedicava – segundo o PDT – à organização da festa de 1º de Maio, da Força Sindical. Presidente estadual do PDT e também presidente da Força, Paulinho foi representado pelo vice José Gaspar Ferraz. Gaspar foi anunciado como presidente estadual do PDT e se referiu a Paulinho como se este estivesse licenciado. Ele não quis comentar a investigação.
– Falo sobre o PDT. O Paulinho, sobre a Força – disse.
A coincidência da investigação com o evento constrangeu integrantes do grupo. Pré-candidato à prefeitura, o deputado Aldo Rebelo (PC do B) admitiu a aliados que a explosão do caso prejudica a candidatura do chamado bloquinho. Presidente municipal do PSB, o vereador Eliseu Gabriel reconheceu que a investigação prejudicaria a campanha de Paulinho.
Secretário cai por causa de chope com empresário
O secretário de Planejamento e Gestão do Rio Grande do Sul, Ariosto Culau, pediu demissão, ontem, após ser fotografo pelo jornal Zero Hora tomando chope com o empresário Lair Ferst, indiciado pela Polícia Federal na Operação Rodin, que investiga fraude de R$ 44 milhões contra os cofres públicos gaúchos.
O encontro ocorreu na noite de quinta-feira, num shopping de Porto Alegre, algumas horas depois de Culau ter participado, ao lado da governadora Yeda Crusius (PSDB), do anúncio de que o Executivo ia romper o contrato com a Fundae, uma fundação suspeita de envolvimento na fraude contra o Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Por volta das 19h de domingo, Culau entregou à Yeda uma carta de renúncia.
Adversários denunciam campanha fora de hora
A oposição reagiu, ontem, aos resultados da Pesquisa CNT/Sensus, que apontam que 57,5% dos entrevistados consideram positivo o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto 50,4% são favoráveis que ele tenha um terceiro mandato. Para os líderes de quatro partidos – DEM, PSDB, PPS e PSOL –, os entrevistados foram influenciados pela intensa agenda de Lula nos últimos meses e também por uma espécie de campanha em favor da extensão do governo – o terceiro mandato.
O presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), disse que "há uma confusão na cabeça das pessoas'' entre aspectos positivos causados pelo cenário econômico internacional e ações do governo. Segundo ele, essa confusão também colabora para que muitos apóiem o terceiro mandato.
– Essas duas avaliações, mostradas na pesquisa, já eram esperadas. O presidente Lula
gasta a maior parte de seu tempo destacando o que faz no governo – afirmou Maia.
Pacote de leis ajudará a punir crime cibernético
A análise dos dados sigilosos referentes a 3.261 álbuns e fotos do site de relacionamento Orkut, suspeitos de conter material com pornografia infantil, vai alterar a dinâmica de trabalho da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que investiga a rede de pedofilia no país. Agora, a prioridade do comando da comissão é a aprovação de um "pacote antipedofilia", com projetos de lei tipificando o crime, e não apenas as operações de repressão.
A expectativa é de que o material do Orkut dê origem a maior operação contra pedófilos do Brasil. Pelo menos 300 usuários do serviço são suspeitos de atuar diretamente na alimentação de sites com conteúdos e imagens de pornografia infantil. A avaliação dos integrantes da CPI é que se as prisões ocorrem neste primeiro momento, não terão efeitos práticos, uma vez que não há legislação especifica para o crime e os pedófilos detidos acabam encontrando uma saída para escapar da cadeia. Atualmente, o cerco aos pedófilos é pautado por vários artigos no Estatuto da Criança e do Adolescente, mas sem punições severas.
Curió confirma: todos os 59 foram executados
O homem que se transformou numa lenda da Amazônia e no mais importante arquivo vivo da Guerrilha do Araguaia escancarou seu baú: "Estou abrindo o jogo. Não há desaparecidos", afirma, em entrevista exclusiva ao Jornal do Brasil, o ex-capitão do Exército e atual prefeito de Curionópolis (PA), Sebastião Rodrigues de Moura, mais conhecido por Curió. Uma de suas revelações deverá abalar a estrutura da esquerda: o esqueleto desenterrado do Cemitério de Xambioá (TO) e supostamente identificado em 1996, em solenidade patrocinada pelo PCdoB e depois sepultada em Bauru, no interior paulista, ao contrário de todos os registros, segundo ele, não pertence à professora Maria Lucia Petit da Silva.
"Cadê o DNA?", pergunta Curió, para afirmar que sabe onde o corpo da verdadeira guerrilheira está sepultado. Segundo ele, desenterraram a pessoa errada. Maria Lúcia foi morta em junho de 1972. Seu suposto corpo foi identificado pelo legista Fortunato Badan Palhares, da Universidade de Campinas, por antropologia e através de informações de ex-guerrilheiros que com ela conviveram no Araguaia. Segundo o PCdoB e a Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH), era a única militante do PCdoB que desapareceu no Araguaia entre 1972 e 1975 identificada. Curió garante: é um equívoco.
Ele tem o registro de nomes, circunstâncias de morte e destino de 59 guerrilheiros. "As pessoas vão saber como morreram e onde foram parar", diz o militar. Os relatórios secretos que as Forças Armadas dizem terem sido destruídos foram guardados por Curió, que entregou a farta documentação ao jornalista que deve lançar em agosto um livro sobre a guerrilha, amparado em suas revelações.
O Globo
Alckmin assume candidatura a prefeito de SP
O ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) assumiu ontem sua candidatura à prefeitura de São Paulo, ao discursar à noite para centenas de militantes tucanos num clube em São Paulo como pré-candidato do PSDB a prefeito.
— Eu ouvi o chamado e vim aqui para me incorporar à luta. Aprendi que na política devemos perseguir nossos ideais e não as conveniências políticas. Estou feliz. Muito zen. Além de zen, muito confiante. No dia 5, o PSDB vai fazer o que a militância quer (lançar sua candidatura a prefeito). Não é problema haver divergências. No PSDB não tem ditadura. É um partido democrático — disse Alckmin para os militantes, no evento "Tucanos por São Paulo".
Alckmin disse ainda que o partido deve comemorar os 20 anos de fundação este ano com o lançamento de sua candidatura a prefeito. Ele relacionou todos os fundadores do partido, entre eles o governador José Serra, que articulou o apoio do PMDB paulista ao prefeito Gilberto Kassab (DEM), que tentará a reeleição.
Investigação da PF na Câmara causa polêmica
Um dia depois da divulgação de fotos feitas dentro da Câmara dos Deputados e anexadas ao inquérito da Operação Santa Teresa, a Polícia Federal anunciou a substituição do superintendente em São Paulo, Jaber Saadi. Em seu lugar, tomará posse amanhã o delegado Leandro Daiello Coimbra. Fotos do lobista João Pedro de Moura circulando com uma mochila pelos corredores da Câmara foram anexadas ao inquérito — que é sigiloso — e divulgadas ontem pelo jornal "O Estado de S.Paulo". A informação de que a PF, sem autorização da direção da Casa ou do Supremo Tribunal Federal, agiu dentro da Câmara para investigar a ação de Moura na suposta liberação fraudulenta de empréstimos do BNDES provocou reação em Brasília.
O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse que vai pedir investigação interna. Ele respondia a questionamento do deputado Paulo Maluf (PP-SP), que já ficou preso na PF e é cliente do advogado Ricardo Tosto, preso durante a Operação Santa Teresa.
Orçamento não permite dar a servidor o que Lula prometeu
O governo já estourou a verba prevista para os reajustes salariais de servidores públicos este ano e terá de mandar um projeto de lei ao Congresso prevendo mais recursos, para honrar acordos firmados ou ainda em negociação. A informação foi dada ontem pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, ao admitir que os reajustes para o funcionalismo, incluindo os dos militares, superam em muito o previsto no Orçamento. Na lei orçamentária aprovada pelo Congresso, a previsão é de R$ 3,4 bilhões para esses reajustes. No entanto, só a fatura com militares vai custar este ano R$ 4,2 bilhões ao bolso do contribuinte. Em março, o governo já havia se comprometido a reajustar os salários de 808 mil servidores, somando cerca de R$ 2,1 bilhões. Assim, já estão faltando R$ 2,9 bilhões.
— Vamos ter de aumentar a dotação orçamentária para os reajustes — disse Bernardo, sem adiantar qual o montante de recursos adicionais necessário para cumprir os acordos.
Temas
IMUNIDADE PARLAMENTAR
Entenda o que muda com a PEC da Blindagem, aprovada pela Câmara
Educação e Pesquisa
Comissão de Educação aprova projeto para contratação de pesquisadores