Acabou há pouco a reunião de líderes no gabinete do presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), para discutir três dos principais entraves à consecução dos trabalhos da Casa. O principal deles – o excesso de medidas provisórias editadas pelo Executivo, o que tem sido a maior fonte de desavença entre governo e oposição – não avançou. Ao sair da reunião, Garibaldi anunciou que não houve acordo para a votação das cinco MPs que trancam a pauta da Casa (na Câmara, 14 MPs obstruem os trabalhos dos deputados).
Apesar do impasse em relação às MPs, os líderes chegaram a um consenso a respeito dos critérios para o rodízio na relatoria das MPs em pauta no Senado. De acordo com o entendimento, o revezamento será norteado segundo a regra da proporcionalidade partidária – ou seja, as relatorias serão repassadas na ordem decrescente, dos maiores para os menores partidos.
“O clima já está melhor. E vamos conversando, porque é isso o que nos interessa”, festejou Garibadi, sinalizando que os atritos aguçados pela
aprovação da MP da TV Pública – quando um intenso embate entre governo e oposição varou a madrugada – já arrefeceram.
Sobre a apreciação dos vetos presidenciáveis – um dos grandes desafios encabeçados por Garibaldi nos primeiros meses do ano –, ficou definido pelas lideranças que terão prioridade de votação aqueles mais antigos, ficando para um segundo momento os mais polêmicos (como o que abre crédito para jovens inscritos no Pronasci – Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania) e os posteriormente enviados ao Congresso.
(Fábio Góis)