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Ainda existe serviço público?

Congresso em Foco

13/9/2007 | Atualizado às 14:31

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R. N. Daniel Duarte* 

Quem não deseja desfrutar do prestígio e da fortuna do Ronaldinho Gaúcho? Não chegarei ao extremo de dizer que ele mesmo não o desejou. Entretanto, afirmo que foi preciso bem mais do que simples desejo para chegar lá. Parece ser uma lei natural que, para ser bem-sucedido em qualquer atividade humana, é preciso ter vocação, ou seja, uma aptidão, um talento adequado. Isso é óbvio no caso de desportistas e artistas de todos os gêneros.

Nenhum dos mais renomados tornou-se vitorioso através de fraude, pistolão ou concurso público. Iniciativas que tentam fabricar ídolos populares têm obtido resultados pífios. Melhores desempenhos são atingidos pelos olheiros ou descobridores de talentos. É que não se pode enganar a todos durante todo o tempo...

Se for mesmo uma lei natural, o serviço público não pode ser exceção. O talento básico necessário ao desempenho dessa atividade humana chama-se serviço, definido como desejo profundamente enraizado de ser útil ao próximo, a capacidade de trabalhar além do que lhe é exigido pelo regulamento sem sequer pensar em remuneração adicional.

Encontramos pessoas com esse talento em todos os ramos de atividade, mais notadamente entre bombeiros militares e voluntários de todo tipo. As Forças Armadas interessam-se em desenvolver ou acentuar essa característica, de modo que seus membros estejam dispostos a dar a própria vida em benefício de alguma causa que um superior afirme ser justa e digna.

Mas não me consta que a existência desse talento seja sequer considerada nos concursos para provimento de cargos públicos. Aliás, se fizessem uma pesquisa de opinião, os motivos determinantes da opção pela carreira pública no Brasil seriam salário decente, pouco trabalho e ainda menos responsabilidade, possibilidade de ascensão e – acima de tudo – garantia de estabilidade e uma gorda aposentadoria. Nessas condições, selecionamos pessoas basicamente egoístas, a antítese do que asseguraria o bom desempenho ao serviço público. Não quaisquer egoístas, porém os mais inteligentes e culturalmente mais bem equipados.

Os governantes (cabeças do serviço público) são eleitos dentre os que, amantes do aplauso, se dedicam a desenvolver a arte de encantar o público. Seus assessores imediatos são nomeados de forma a assegurar o apoio de determinados partidos políticos. No escalão seguinte, os cargos de direção e assessoramento superior são preenchidos por militantes, de modo a assegurar aos partidos – através da contribuição “voluntária” de seus filiados – uma fatia maior do orçamento. Os técnicos de carreira, concursados e garantidos, estarão mais preocupados em defender os próprios interesses, ou “tirar o seu da reta”.

Por que então ficamos indignados com o resultado?

É isso que produz hospitais desaparelhados e mal administrados, médicos mal remunerados e insatisfeitos, e pacientes que morrem por falta de atendimento. É isso que produz aeroportos mal localizados e sobrecarregados, com pistas curtas e escorregadias. Também é por isso que, quando o avião cai e duzentas pessoas morrem, a culpa é do piloto...
 
Mas talvez a reforma política (fidelidade partidária, financiamento público de campanhas e cláusulas de barreira) resolva todos esses inconvenientes; se não, o Programa de Aceleração do Crescimento, quem sabe? E ainda tem o Programa de Desenvolvimento da Educação. Para não falar do Programa Fome Zero...
 
Se você ainda acredita em promessas de políticos, desculpe-me por tomar seu tempo.

Mas se deseja, sinceramente, dar um basta a tudo isso, visite http://www.brasilzero.eti.br e decida o que é melhor: trocar pneus carecas por recauchutados, ou trocar o carro velho por um zero km. Você pode!

* R. N. Daniel Duarte, 67, é mestre em Ciência da Computação e coordenador da Proposta Brasil Zero km.

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