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Jornais: Palocci nega ter detalhado consultoria a Dilma

Congresso em Foco

4/6/2011 7:30

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FOLHA DE S.PAULO

?Não entrei em detalhes com a presidente Dilma? ? entrevista com Antônio Palocci (trecho)
O ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, afirmou ontem em entrevista à Folha que não informou à presidente Dilma Rousseff os nomes dos clientes de sua empresa de consultoria, a Projeto, nem a natureza dos serviços que ela prestou. "Não entrei em detalhes sobre os nomes dos clientes ou sobre os serviços prestados para cada um deles", disse Palocci, em sua primeira entrevista desde que a Folha revelou seu enriquecimento, há duas semanas.

Folha ? O sr. forneceu à presidente a lista dos clientes de sua consultoria antes de assumir o cargo de ministro?
Antonio Palocci - Quando fui convidado pela presidente Dilma para assumir o cargo de ministro, comuniquei a ela que era sócio de uma consultoria e que teria que tomar providências a respeito. Antecipei que seguiria as normas e as determinações da Comissão de Ética Pública da Presidência. Não entrei em detalhes sobre nomes dos clientes ou serviços prestados para cada um deles. Antes de minha posse, o objeto social da empresa foi alterado, todos os seus contratos e atividades encerrados e a administração de seus recursos foi repassada a uma instituição financeira.

O sr. também não informou a presidente sobre o faturamento da empresa?
Não. Não achei que era adequado importunar a presidente com esse tipo de informação, esse tipo de detalhe. O que eu disse a ela claramente era sobre a existência da empresa, o que a empresa fazia, o que eu teria de resolver antes de entrar no governo. Se a empresa continuasse funcionando, haveria conflito de interesses.

E depois que a Folha revelou o faturamento de sua empresa em 2010?
Não falo sobre faturamento. O faturamento foi 100% informado aos órgãos de controle tributário e todos os impostos foram recolhidos. A Receita nunca multou a Projeto. Nem a Prefeitura de São Paulo. A empresa teve certidões de regularidade na Receita durante todo esse período. Isso para mim é que é o importante. Não acho adequado levar essas informações à presidente.

Mas nem depois que foi divulgado?
O que ela me sugeriu, o que me orientou, é que eu desse todas as informações necessárias à Procuradoria da República e explicasse os procedimentos da empresa.

Nem por curiosidade a presidente perguntou quem eram seus clientes e quanto o sr. faturou?
Não.

Por que o sr. não torna pública a lista de clientes, para que o país saiba se há conflitos de interesse na atuação do principal ministro do governo?
No governo da presidente Dilma não há ministros principais, sou um da equipe. Nunca escondi minhas atividades de consultoria. A empresa [Projeto] sempre esteve registrada em meu nome e de meu sócio na Junta Comercial, com seu objeto social, sede e demais dados disponíveis para consulta de qualquer pessoa. Lembro-me que jornais e revistas chegaram a noticiar algumas das atividades que realizei como consultor. Tomei cuidados adicionais, como, por exemplo, não prestar serviços para qualquer empresa, entidade ou órgão público e nunca permitir que a Projeto intermediasse ou defendesse interesses privados perante o poder público.

Não é por acaso que até agora ninguém apresentou qualquer fato concreto que possa sugerir algum desvio de conduta meu ou uma irregularidade nas atividades da empresa. Até agora não vi nenhuma acusação concreta, só luta política. Quanto à lista de clientes, é praxe que as relações comerciais entre empresas privadas sejam regidas pela confidencialidade. Isso ocorre por várias razões, inclusive pela sensibilidade empresarial das informações envolvidas e para proteger as estratégias de negócios dos clientes. Além disso, seria irresponsabilidade da minha parte expor, neste contexto de embate político, um conjunto de empresas renomadas em seus setores.

Não dei nada à campanha, diz ministro ao "JN"
Em entrevista ao "Jornal Nacional", da Rede Globo, o ministro Antonio Palocci negou que tenha arrecadado dinheiro para a campanha presidencial de Dilma usando a Projeto, sua empresa de consultoria. "Não existe nenhum centavo que se refira à política ou à campanha eleitoral [no faturamento da Projeto]", disse Palocci, em entrevista que foi gravada durante a tarde de ontem, em Brasília.

O ministro disse que não fez tráfico de influência. "Não existe nada mais difícil do que se provar aquilo que não se fez." Ele afirmou que não atuou junto a empresas públicas. Palocci se recusou a confirmar o faturamento de sua empresa, mas admitiu que foi próximo ao valor revelado pela Folha, de R$ 20 milhões apenas no ano passado.

Dilma já discute como será governo sem Palocci
Diante do agravamento da situação do ministro Antonio Palocci (Casa Civil), a presidente Dilma Rousseff passou a analisar não só nomes para substituí-lo como a estudar mudanças no perfil dos titulares do cargos núcleo-duro do Palácio do Planalto. Segundo a Folha apurou, ela cogita, num cenário de queda de Palocci, trocá-lo por um ministro de perfil "técnico", o que assessores da presidente tratam reservadamente como escalar uma "Dilma da Dilma".

Os nomes citados são o da ministra Miriam Belchior (Planejamento) e de Maria das Graças Foster, diretora da Petrobras. Foster, no início do ano, durante a montagem do governo, constou da lista de ministeriáveis. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, também é cotado entre assessores presidenciais como possível substituto de Palocci.

Apesar de considerar o momento delicado e grave, Dilma mantém seu apoio ao ministro, mas avalia que o futuro dele vai depender da repercussão das entrevistas dadas à Folha e à TV Globo. Caso a repercussão seja negativa e a crise se agrave, Dilma, segundo assessores, espera que Palocci peça demissão, principalmente se a Procuradoria-Geral da República decidir abrir inquérito para investigá-lo. Segundo assessores, a presidente sente falta de um ministro voltado para o comando do dia-a-dia do governo, papel que ela desempenhou no governo Lula.

Imprensa age como oposição, diz Padilha
O ministro Alexandre Padilha (Saúde) afirmou ontem, em encontro com dirigentes petistas em Salvador, que o principal partido de oposição do país é a "grande imprensa". No discurso, ele não citou diretamente a crise política que envolve o ministro Antonio Palocci. Para Padilha, a imprensa deveria fazer reportagens sobre assuntos "positivos", como o plano do governo federal de erradicação da pobreza extrema, em vez de tratar apenas de "problemas".

Depois do ministro, o governador da Bahia, Jaques Wagner, falou da importância da coesão do PT, que reuniu 25 dos 27 presidentes estaduais, mesmo em "momento de turbulência". Na semana passada, Wagner disse, a uma rádio de Salvador, que a evolução patrimonial do titular da Casa Civil "chama a atenção". Questionado pela Folha sobre a crise envolvendo Palocci, Padilha disse: "Não falo sobre isso". Em seguida, o ministro deixou o local sem responder a outras perguntas. Seguranças impediram que a imprensa tentasse se aproximar dele novamente.

Oposição diz que cobrará ida de Palocci
Líderes da oposição afirmaram que irão insistir para que o ministro Palocci dê explicações sobre seu patrimônio à Câmara mesmo depois das entrevistas à Folha e ao "Jornal Nacional". Para os deputados, o Congresso é o local ideal para os esclarecimentos.

Oposição diz que explicações são insuficientes
A oposição classificou como "insuficientes" as declarações dadas ontem pelo ministro Antonio Palocci (Casa Civil) ao "Jornal Nacional", da Rede Globo, sobre sua empresa e cobrou esclarecimentos dele ao Congresso. Na entrevista, Palocci negou que haja no faturamento da Projeto recursos vinculados à campanha presidencial de Dilma Rousseff.

"A dúvida permanece: para quais empresas ele trabalhou? Quanto recebeu?", questionou o presidente do DEM, Agripino Maia. "Se está disposto a esclarecer, por que não o faz no Congresso?", completou o presidente do PSDB, Sérgio Guerra.

Ministério vê trabalho degradante em programa do governo federal
Nove pessoas foram flagradas trabalhando em condições análogas à escravidão em obras do programa do governo federal Luz para Todos, que tem como objetivo levar energia elétrica para a população rural. O flagrante ocorreu no município de Guajará-Mirim (RO), na fronteira com a Bolívia, após operação do Grupo de Fiscalização Móvel de Combate ao Trabalho Escravo em março e abril, coordenado pelo Ministério do Trabalho.

Segundo informações do ministério, os trabalhadores moravam em alojamentos sujos e precários e executavam tarefas perigosas, como manuseio de cabos de alta tensão, sem treinamento e equipamentos de proteção. Eles não tinham acesso a água potável e atravessavam longas distâncias até o refeitório. Nos alojamentos, os banheiros não tinham chuveiros nem vasos sanitários.

Dilma critica programa de regularização fundiária
A presidente Dilma Rousseff disse, durante reunião com governadores da região da Amazônia Legal anteontem, que só um conjunto de políticas públicas na região poderá cessar de vez as mortes por conflitos agrários. Dilma também criticou o andamento do programa de regularização fundiária Terra Legal, criado pelo ex-presidente Lula há dois anos.

Segundo a Folha apurou, a presidente fez uma espécie de "mea culpa" da atuação do governo federal na área, dizendo que a atuação da União é historicamente falha na região. Sobre o Terra Legal, que analisa dar títulos de terras a 180 mil ocupações na Amazônia correspondentes a 6% do território nacional), Dilma afirmou que ele ainda está aquém do desejo do governo e precisa acelerar.

PF desfaz "condomínio" de madeireiros ilegais maior que cidade de São Paulo
A Polícia Federal desarticulou um "condomínio" de madeireiros que funcionava em terras da União em Rondônia, onde o líder sem-terra Adelino Ramos foi morto na semana passada. Conforme as investigações, oito madeireiros dividiram entre si uma área de cerca de 170 mil hectares ? maior que a da cidade de São Paulo ?, para explorar madeira ilegalmente. O grupo se autodenominava "Associação Ruralista do Ramal de Jequitibá" e, segundo a PF, chegou a instalar um pedágio para caminhões que transportavam toras. Os oito madeireiros foram presos.

Vereadores registram em cartório esquema de desvio de verba no CE
Uma investigação do Ministério Público do Ceará descobriu que vereadores de Ibaretama (141 km de Fortaleza) registraram um acordo em cartório, com firma reconhecida, para garantir repasses mensais de dinheiro público para o pagamento de funcionários-fantasmas. De acordo com a Promotoria, o acerto feito entre 5 dos 9 vereadores do município também formalizava que o então presidente da Câmara Municipal deveria apoiar um dos outros quatro colegas em sua sucessão.

"É uma manifestação patente da crença na impunidade", afirmou o promotor Luiz Alcântara, por meio de nota. No documento, fica acertado o repasse mensal de R$ 4.500 para cada um dos vereadores. Segundo a Promotoria, foram contratados funcionários-fantasmas, ao custo de R$ 900 cada, para justificar o gasto. A investigação do Ministério Público ainda não apontou o total desviado. Dois vereadores que assinaram o acordo foram presos na terça-feira passada em uma operação conjunta da Polícia Federal com o Tribunal de Contas dos Municípios do Ceará.

Economia esfria depois de crescer 1,3% no 1º trimestre
O PIB (Produto Interno Bruto, ou soma de bens e serviços produzidos no país) mostrou que a economia continuou crescendo em ritmo forte no primeiro trimestre do ano, mas também revelou que há sinais claros de desaceleração no horizonte. Entre janeiro e março, a expansão econômica do Brasil foi de 1,3%, na comparação com o último trimestre de 2010, somando R$ 939,6 bilhões. Ante o mesmo período de 2010, a alta foi de 4,2%.

Mas o consumo das famílias, que cresce há 30 medições e responde por 60% do PIB, perdeu parte do fôlego. A inflação em alta que corrói o salário dos trabalhadores desde outubro e as medidas de contenção ao crédito para o consumo, anunciadas pelo governo justamente para frear a alta de preços, são os principais responsáveis por esfriar a economia. Essa combinação só não derrubou o PIB no primeiro trimestre porque os investimentos cresceram, especialmente na construção civil.

O ESTADO DE S. PAULO

Palocci se cala sobre renda, omite os clientes e nega tráfico de influência
Sem revelar nomes de clientes e detalhar os valores recebidos como consultor, o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, admitiu nesta sexta-feira, 3, em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, que teve um grande faturamento nos últimos meses de 2010, quando já montava a equipe da presidente eleita, mas negou que tenha cometido tráfico de influência. "Minha empresa jamais atuou junto a órgãos públicos, ou diretamente prestando consultoria para órgãos públicos, ou representando empresas privadas nos órgãos públicos. Quando a empresa privada tinha negócios com o setor público, nunca prestei consultoria", disse, rompendo o silêncio após 20 dias de crise gerada a partir de suspeitas sobre sua evolução patrimonial.

O ministro informou que trabalhou para "20 ou 25 empresas" e enumerou os setores de algumas delas: "Trabalhei no setor de serviços financeiros, indústria, mercado de capitais, bancos e empresas, fundos de mercado de capitais. Fundos trabalham principalmente com investimentos em outras empresas privadas, e trabalhei em empresas de serviços em geral".

Segundo Palocci, alguns clientes o contrataram para obter análises sobre o comportamento do câmbio. "Não me considero rico, mas bem remunerado pelos serviços que prestei", disse. Em novembro passado o ministro comprou um apartamento de 500 metros quadrados em São Paulo avaliado em R$ 6,6 milhões. No ano anterior, adquiriu um escritório por R$ 882 mil.

Palocci, que foi forçado pela presidente Dilma Rousseff a se explicar diante do prolongamento da crise, insistiu em dizer que não ocultou dados: "Se tratava de uma empresa privada, que prestava atividades privadas, que foi registrada em meu nome e de meu sócio na Junta Comercial de São Paulo. Portanto eu não tive uma atividade reservada, tive uma atividade pública". Sobre os clientes, disse que não vai expor "contratos com empresas privadas num ambiente de conflito político".

?Posso cair, mas não revelo nomes dos clientes?
Na UTI política há 20 dias, o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, afirma que não vai exibir os clientes da empresa de consultoria Projeto, mantida por ele de 2006 a 2010, mesmo que o silêncio lhe custe o cargo. "Eu posso até cair, mas não revelo os nomes dos clientes", insistiu Palocci, em mais de uma ocasião, nos últimos dias. Na entrevista desta sexta-feira, 3, ao Jornal Nacional, da TV Globo, o chefe da Casa Civil bateu na mesma tecla, sob o argumento de que há cláusulas de confidencialidade a cumprir. Auxiliares da presidente Dilma Rousseff avaliam, porém, que o sigilo mantido por Palocci pode ter consequências para seu destino dentro do governo.

A estratégia adotada pelo chefe da Casa Civil até aqui - adiando as explicações o máximo possível com o objetivo de desidratar as denúncias de enriquecimento ilícito e tráfico de influência - só fez com que ele perdesse capital político. Pior: Palocci conseguiu irritar Dilma. "Nós precisamos sair dessa agenda de crise. Você precisa se pronunciar", disse a presidente ao seu principal ministro, na quarta-feira à noite. Algumas horas antes, naquele mesmo dia, Dilma já havia proibido Palocci de ir ao almoço com o vice-presidente Michel Temer e senadores do PMDB.

Com o chefe da Casa Civil sangrando, ela teve receio de que os aliados do PMDB gravassem, com seus celulares, algum comentário reservado para "vazar" à imprensa. Preparado para se reaproximar dos peemedebistas - após o áspero bate-boca que tivera por telefone com Temer, na semana anterior -, Palocci caiu em depressão quando a presidente vetou sua presença no almoço.

Na avaliação do Planalto, Palocci passou credibilidade em entrevista
O Palácio do Planalto avaliou nesta sexta-feira, 3, que o ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, passou credibilidade na entrevista concedida ao Jornal Nacional, da TV Globo. Pesquisas instantâneas feitas pelo marqueteiro João Santana no momento da entrevista indicaram que Palocci demonstrou firmeza enquanto falava. Interlocutores da presidente Dilma Rousseff afirmaram, porém, que a sobrevivência de Palocci dependerá das reações daqui para a frente, principalmente por parte dos aliados. Palocci está sob intensa pressão da oposição e do próprio PT.

O líder do governo na Câmara, Candido Vaccarezza (PT-SP), considerou satisfatórias as explicações do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, ao Jornal Nacional sobre sua evolução patrimonial. O patrimônio do ministro multiplicou 20 vezes em quatro anos, entre 2006 e 2010. ?Foi importante porque ele deixou claro que não houve tráfico de influência nem uso de informações privilegiadas para garantir lucros das empresas?, afirmou o petista. Além disso, Vaccarezza chamou a atenção para o argumento de que ?não há crise? porque se trata de um problema individual de Palocci e não do governo. ?Estaremos votando normalmente a partir da semana que vem, o meu esforço é para discutir as políticas do governo?, frisou o líder.

O líder do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), acha que a entrevista contribuirá para acalmar os ânimos na Câmara, onde o assunto foi ?muito politizado?. Ele só ressalta que Palocci deveria ter concedido essa entrevista há 15 dias, quando a crise eclodiu. ?Era isso que a nação queria, segurança, tranquilidade. Ele deixou claro tudo o que fez?, afirmou. O peemedebista acha que o futuro parecer do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, ajudará a eliminar as dúvidas dos mais reticentes quanto ao ministro.

O vice-líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ), considerou a entrevista ?convincente?. ?As atividades privadas foram feitas quando ele não era ministro, não tenho dúvidas da lisura dele?, frisou. Cunha observou que Palocci não divulgou números nem os nomes das empresas para quem trabalhou, mas ressaltou que ele não pode de jeito nenhum expor os clientes dele. A vantagem da entrevista, na visão do peemedebista, é que Palocci ?atacou o problema de frente, não se escondeu atrás de uma nota de dez linhas?, afirmou, em alusão às notas oficiais divulgadas pela assessoria do ministro.

Oposição vê ?nervosismo? e frases evasivas de Palocci em entrevista
A oposição avalia que a entrevista do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, complicou sua situação. Parlamentares oposicionistas classificaram as respostas do ministro como evasivas e não viram qualquer avanço nas justificativas dadas até o momento para explicar o crescimento exponencial de seu patrimônio entre 2006 e 2010. Na entrevista ao Jornal Nacional, o ministro não mostrou dados sobre o faturamento de sua consultoria e não revelou para quem trabalhou antes de retornar ao governo federal.

Na avaliação do líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres (GO), Palocci "se afundou de vez". O líder comparou a negativa em revelar o nome de seus clientes a uma "cláusula de casamento". Para Demóstenes, Palocci pode estar impedido de contar "o que acontece no quarto", mas não tem motivos para esconder o nome do parceiro.

O presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), afirma que o ministro precisa colocar o interesse público a frente do de seus clientes. "O que ele coloca em risco dizendo quem são seus clientes? Ele está colocando em risco o interesse público ao continuar agindo sem transparência e sem responsabilidade." Para o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), o ministro apenas "enrolou". "Ele teve 15 minutos do Jornal Nacional e nada disse sobre seu trabalho de consultor, quem são seus clientes, quanto ele ganhou", criticou.

O líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), destacou o comportamento de Palocci. "Ele já passou por muitas situações de pressão, mas deu sinais de profundo nervosismo, mãos entrelaçadas, boca seca."

Senado muda sistema de verba para passagem aérea e abre brecha para notas frias
O Boletim Administrativo do Senado (BAP) publicou nesta sexta-feira, 3, ato do primeiro-secretário, Cícero Lucena (PSDB-PB), sobre a decisão de juntar o valor da verba indenizatória devida a cada um dos 81 senadores, de até R$ 15 mil mensais, à verba de transporte aéreo. Adotada pela Mesa Diretora na última quinta-feira de maio, a medida transfere para o parlamentar a decisão de comprar os bilhetes aéreos, podendo eles optarem por tarifas promocionais. Os gastos dos senadores serão reembolsados pelo Senado.

O ato abre brechas para apresentação de notas fiscais frias, ao especificar que o exame da documentação se restringirá "à regularidade fiscal e contábil, não compreendendo qualquer avaliação quanto à observância de normas eleitorais, tipicidade ou ilicitude". Quer dizer que passará despercebido o caso de notas emitidas por empresas de fachada ou com numeração seguida. No período eleitoral, a proibição do uso de dinheiro público, prevista no ato, refere-se apenas à divulgação da atividade parlamentar nos 180 dias anteriores às eleições gerais e municipais. E não abrange o deslocamento do político para fins de campanha, bancado pelo dinheiro da cota.

O valor mensal da cota de transporte aéreo corresponde a cinco trechos aéreos, ida e volta, da capital de seu Estado a Brasília. Os senadores do Distrito Federal têm direito ao valor concedido aos parlamentares de Goiás. Lucena informa que o procedimento repete o sistema adotado na Câmara dos Deputados. Até então, os senadores tinham de recorrer à empresa Sphaera, contratada pelo Senado, para tirar as passagens. Eles se queixaram do procedimento, alegando que a empresa optava pelos bilhete mais caros, o que inviabilizava a oportunidade de voar mais vezes com o dinheiro da cota.

MEC gasta R$ 14 milhões para imprimir 7 milhões de livros e 'ensinar' que 10 menos 7 são 4
O Ministério da Educação pagou R$ 13,6 milhões para ensinar que dez menos sete é igual a quatro a alunos de escolas públicas da zona rural do país. No segundo semestre de 2010, foram distribuídas com erros graves 200 mil exemplares do Escola Ativa, material destinado às classes que reúnem alunos de várias séries diferentes.

Foram impressos ao todo 7 milhões de livros ? cada coleção do Escola Ativa contém 35 volumes. Os erros foram detectados no início do ano, e um grupo de especialistas contratados pelo ministério julgou que eles eram tão graves, tão grosseiros e tão numerosos que não bastava divulgar uma ?errata? à coleção. Os livros com erros foram distribuídos a 39.732 classes multisseriadas da zona rural, presentes em 3.109 municípios e todos os Estados do país. Segundo publicação do MEC, essas classes atendem 1,3 milhão de alunos.

Provocado pelo Estado, o ministro da Educação, Fernando Haddad pediu à Controladoria-Geral da República (CGU) a abertura de sindicância para apurar o tamanho do prejuízo e os responsáveis por ele. Ao mesmo tempo, mandou uma carta aos coordenadores de escolas da zona rural recomendando que os livros do Escola Ativa não sejam usados em sala de aula. A coleção foi retirada do ar também na internet.

A última versão da coleção do Escola Ativa teve a impressão encomendada à gráfica e editora Posigraf, de Curitiba. Segundo registro no Portal da Transparência, site mantido pela Controladoria-Geral da União, o trabalho custou aos cofres públicos exatos R$ 13.608.033,33. O MEC informou não ter toda a coleção disponível para a consulta em Brasília. Mas, entre os exemplos que condenaram a edição, os erros de matemática são os mais notáveis. Na página 29 do Guia 4 de Matemática, o Escola Ativa convida os alunos a fazer descobertas com números, na companhia dos personagens Joana e Pedro. A página apresenta uma tabela na qual, na qual 10-7=4.

Governo prevê até 2020 mais 24 hidrelétricas
A construção de hidrelétricas é a maior aposta do governo federal para aumentar a geração de energia no País nos próximos dez anos. A estratégia em estudo prevê a construção de 24 usinas a partir de 2016, que poderão agregar mais de 18 mil megawatts (MW) de eletricidade ao sistema brasileiro. Estão previstos R$ 190 bilhões em investimentos para a área de geração. Mais da metade do valor será aplicada em hidrelétricas.

De acordo com a versão preliminar do Plano Decenal (2011-2020) de Expansão de Energia (PDE), o governo deve leiloar ainda este ano oito projetos hidrelétricos, que representam cerca de 10% do volume de energia nova que deve começar a ser gerada dentro de cinco anos. Até o momento, entretanto, apenas dois projetos têm a documentação necessária para ir a leilão: Cachoeira e Estreito. Essas usinas deverão ser construídas no Rio Parnaíba, na divisa do Piauí com o Maranhão, e poderão gerar até 119 MW de eletricidade.

A maior hidrelétrica prevista para entrar em operação entre 2016 e 2020 é a de São Luiz do Tapajós. A usina terá capacidade de produzir até 6.133 MW de energia e faz parte do grupo de três empreendimentos que serão leiloados em 2012. Além de sua potência, a usina tem outro diferencial: será o primeiro projeto de usina-plataforma a ser ofertado pelo governo. A hidrelétrica funcionará como uma plataforma de petróleo em alto-mar, com revezamento de equipes de operação e impacto ambiental reduzido durante a construção.

Novas usinas nucleares estão fora do plano
A instalação de novas usinas nucleares no País ficou de fora da versão preliminar do plano de expansão energética para o período de 2011 a 2020. "A expansão da geração com fontes nucleares não contemplou neste plano outras usinas além da de Angra 3, tendo em vista, principalmente, os prazos necessários para a implantação de novas centrais", argumentam os técnicos no documento.

Ainda não há uma decisão oficial sobre o futuro das quatro novas usinas que o governo vem estudando, mas o próprio ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, já reconheceu que os projetos podem não sair do papel. Depois do acidente em Fukushima, no Japão, o Palácio do Planalto resolveu reavaliar os planos. A única decisão tomada até agora é que a construção de Angra 3 não será interrompida. A expectativa é que usina seja concluída em 2015.

O governo também não prevê nenhum investimento novo em outras formas de geração térmica de energia, como queima de gás natural, carvão ou óleo combustível. Os recursos previstos no plano decenal para o segmento - R$ 24,7 bilhões - estão todos concentrados em projetos já em andamento.

País antecipará pagamentos ao Bird e ao BID
O Tesouro Nacional poderá comprar mais dólares no mercado interno para pagar antecipadamente dívidas com organismos multilaterais, como o Banco Mundial (Bird) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Essa estratégia de aceleração de compras de dólares é mais um instrumento que o governo está usando para ajudar na política cambial e evitar uma excessiva valorização do real.

O governo já fez esta semana um pré-pagamento de US$ 3,1 bilhões de dívida ao Bird. Foi a maior antecipação de pagamento do Tesouro a um organismo multilateral. A política de pré-pagamento deve continuar a partir de agora, segundo informou ao Estado o secretário do Tesouro, Arno Augustin. O Tesouro está analisando os contratos de financiamento com o Bird, BID e outros bancos para verificar a possibilidade de pagar as dívidas antes do prazo de vencimento.

Augustin disse que a antecipação de pagamentos abre espaço para novas compras de dólares no mercado à vista. O Tesouro, quando compra mais dólares no mercado do que o inicialmente previsto, pelo seu agente financeiro, o Banco do Brasil, acaba contribuindo para diminuir a pressão de baixa da moeda americana em relação ao real. O secretário explicou que o Tesouro pode comprar dólares antecipadamente no mercado em duas situações: até 1.500 dias antes do vencimento das suas obrigações com o pagamento da dívida externa (esse prazo já foi alongado duas vezes para aumentar a capacidade compra); ou nos casos de antecipação de pagamentos.

Brasil e emergentes viram base para expansão das múltis de infraestrutura
Políticas para promover o desenvolvimento econômico e o combate à pobreza nos mercados emergentes estão gerando lucros, pelo menos para as grandes multinacionais do setor da construção e de infraestrutura no mundo. Os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e, agora, também a África do Sul) se transformaram no maior canteiro de obras do mundo e estão permitindo que as principais multinacionais do setor compensem em parte as perdas que estão sofrendo com a estagnação dos mercados da Europa, Japão e Estados Unidos.

Nos próximos dez anos, os países emergentes terão de investir mais de US$ 4 trilhões para estabelecer uma nova base para suas sociedades e permitir que suas economias continuem a crescer, segundo o banco Goldman Sachs. O valor é o mesmo que a Casa Branca cortará de seu orçamento na década para reduzir o déficit público.

Não por acaso, a nova realidade está obrigando a cúpula de gigantes do setor de infraestrutura a rever suas estratégias para as próximas décadas. Os cálculos dessas companhias apontam que governos como os do Brasil, Índia, Rússia e China não terão outra opção senão a de investir de forma pesada em infraestrutura, diante da explosão de novas cidades e de uma demanda cada vez maior por energia, estradas e aeroportos.

O GLOBO

Modernização das Forças Armadas custa R$ 38 bi
Pelos valores até agora públicos, a modernização operacional e tecnológica das Forças Armadas está custando o equivalente a 38 Maracanãs reformados. Na Marinha, o gasto com cinco submarinos (um deles, de propulsão nuclear), mais um estaleiro e uma base naval será de R$ 18,7 bilhões até 2024. Na Aeronáutica, a compra de 36 aviões de combate (adiada pela presidente Dilma) é calculada em R$ 10 bilhões.

Agora é o Exército que apresenta a conta de seu upgrade: US$ 6 bilhões (algo em torno de R$ 9,6 bilhões) para a implantação, em 10 anos, do Sisfron, um projeto para resolver (com tecnologia de ponta) um velho problema do país, a vulnerabilidade de seus 16,8 mil quilômetros de fronteira seca, sobretudo na Região Amazônica - que agora voltou a estar em evidência por conta dos crimes ambientais. Na verdade, a conta já passa dos R$ 38 bilhões, cifra que recentemente incorporou os US$ 6 bilhões do Sisfron.

A sigla que engordou a conta do salto das Forças Armadas para a modernidade é o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras, cujo conteúdo o Exército vem tornando público aos poucos. Até porque o projeto em si ainda está em desenvolvimento.

Nos 'livro' do MEC, 10 - 7 = 4. Faz sentido
O Ministério da Educação pediu à Controladoria Geral da União (CGU) para abrir sindicância e apurar os responsáveis por erros encontrados numa publicação distribuída pelo MEC para escolas rurais em todo país no final do ano passado. Técnicos do próprio ministério descobriram textos com frases que não terminam, contas aritméticas com resultado errado e ainda outros problemas de revisão em publicação produzida pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad).

Um dos erros mais gritantes está no livro de matemática: lá está escrito 10 - 7 = 4 . Foram distribuídos 200 mil exemplares da coleção que tem 35 volumes e custou R$ 14 milhões. Os livros fazem parte de um material de apoio destinado a escolas rurais que reúnem numa mesma sala alunos de 1ª a 4ª série do ensino fundamental.

Apesar de a sindicância só ser instalada a partir da próxima segunda-feira, os erros na publicação já provocaram uma baixa no governo: o secretário executivo da Pasta dos Direitos Humanos, André Lazaro, pediu demissão [ontem]. Ele era o chefe da Secad quando os livros foram editados e distribuídos no ano passado. O MEC determinou a suspensão do uso do material nas escolas.

Belo Monte: consórcio avalia como evitar atraso
O consórcio Norte Energia está estudando novas soluções de engenharia e de logística para evitar atrasos no início da operação comercial da primeira turbina da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA), marcada para fevereiro de 2015. A demora no licenciamento do Ibama reduziu o prazo para a construção da barragem do sítio Pimental, a principal do empreendimento, de 18 para 12 meses.

A licença de instalação só foi concedida na quarta-feira. Também houve atrasos no licenciamento da instalação do canteiro de obras, obtido em janeiro, mas que, devido a ações na Justiça, só passou a valer em março, informa reportagem de Mônica Tavares e Liana Melo. - Se vai ser uma solução de logística ou de projeto, o que vai definir é qual vai ser a mais barata, para compensar os quatro a seis meses na demora da licença de instalação do Ibama - disse o diretor de construção do consórcio, Luiz Rufato.

Depois do desmatamento, queimadas ameaçam floresta amazônica no Mato Grosso
Após o pico do desmatamento, as áreas de floresta no Mato Grosso enfrentam uma nova ameaça. São as queimadas, que já começaram a causar destruição no estado. O boletim de monitoramento da Amazônia Legal, elaborado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) registrou focos de calor em 36 cidades do estado na quinta-feira.

A pior situação é a do município de Gaúcha do Norte, porta de entrada para o Parque Nacional do Xingu, com 10 focos identificados pelos satélites. Em Nova Ubiratan, cidade que registrou o maior número de alertas no Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (Deter) em abril passado e teve segunda maior área desmatada do estado, eram quatro áreas sendo queimadas.

Maioria dos economistas mantém previsão para o PIB de 2011
Com o crescimento do PIB forte, mas dentro das expectativas no trimestre , a maioria dos bancos e corretoras manteve as previsões para que a economia brasileira feche o ano com expansão entre 3,6% e 4,7%. Economistas esperam que a economia brasileira experimente, ao longo do ano, uma desaceleração, ainda fruto das medidas de restrição de crédito, de um lado, e da elevação de taxa de juros (Selic), de outro.

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