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CÂMARA
Congresso em Foco
19/12/2025 9:05
Com a cassação do mandato do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), confirmada nesta quinta-feira (18) pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, o médico veterinário Dr. Flávio (PL-RJ) vai assumir em definitivo a cadeira deixada pelo parlamentar fluminense. Atualmente secretário estadual no governo do Rio de Janeiro, ele afirmou que pedirá exoneração do cargo para retornar à Câmara. Segundo Dr. Flávio, a convocação já foi feita oficialmente pela Casa.
A perda do mandato de Ramagem foi decidida por ato administrativo da Mesa Diretora, sem votação em plenário. Ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o deputado foi condenado pelo STF a 16 anos de prisão no processo que apurou a tentativa de golpe de Estado. Com a condenação, a Mesa declarou a vacância da cadeira com base no artigo 55 da Constituição, que prevê a perda do mandato quando há incompatibilidade para o exercício da função parlamentar.
Mandato já exercido
Dr. Flávio não precisará tomar posse novamente. Ele já exerceu o mandato de deputado de forma temporária entre maio e setembro de 2024, quando assumiu a vaga aberta por Carlos Jordy (PL-RJ) durante a campanha do colega à Prefeitura de Niterói.
Ao comentar a cassação de Ramagem, o suplente afirmou lamentar a decisão. "Convivi pouco com o Ramagem, mas ele sempre foi cordial comigo e me deu orientações nos quatro meses que passei na Câmara. Não temos relação de amizade, mas gostava dele", disse ele ao jornal O Globo.
Perfil e trajetória política
Natural de Minas Gerais, com 54 anos, Dr. Flávio é médico veterinário e produtor rural. Filiado ao PL, construiu sua base política no interior do Rio de Janeiro, com forte ligação com o agronegócio. Antes de chegar ao Congresso, ganhou destaque no Executivo estadual ao assumir a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Rio de Janeiro, integrando o núcleo político do governo Cláudio Castro (PL).
Durante sua passagem pela Câmara, teve atuação de perfil discreto, alinhado à bancada do PL. Fez parte da bancada negra, criada em 2023, e assinou o requerimento para instalação de uma CPI que propõe apurar condutas consideradas arbitrárias de integrantes do TSE e do STF. O pedido ainda aguarda despacho do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
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