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Congresso em Foco
27/6/2008 | Atualizado às 18:03
A líder do Psol na Câmara, deputada Luciana Genro (RS), encaminhará, na próxima segunda (30) ou terça-feira (1º), um ofício à Justiça Federal de Minas Gerais pedindo mais informações sobre o envolvimento dos deputados Ademir Camilo (PDT-MG) e João Magalhães (PMDB-MG) no esquema de fraudes em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Os parlamentares são acusados de participar de esquema de desvio de verbas públicas destinadas, em especial, à construção de casas populares e estações de tratamento de esgoto. As investigações resultaram na Operação João de Barro, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na semana passada, em que 38 mandados de prisão e 231 mandados de busca e apreensão foram expedidos.
Segundo o advogado da liderança do Psol, André Maimoni, o partido pretende ingressar com representação contra Camilo e Magalhães no Conselho de Ética da Câmara depois que a Justiça mineira liberar as informações. A postura, segundo ele, é de cautela. “Queremos ter mais embasamento para fazer a representação. A líder pediu que fizéssemos uma série de pesquisas e consultas sobre os dois. O deputado Magalhães, por exemplo, responde a quase 30 processos”, argumentou Maimoni.
O partido está mais cauteloso na apresentação dessas denúncias depois que uma representação contra o senador Marconi Perillo (PSDB-GO), também apresentada pelo Psol, foi arquivada pela Mesa Diretora do Senado no final de maio. Perillo foi acusado de tráfico de influência, peculato e caixa dois na campanha eleitoral de 2006. O caso foi arquivado por falta de provas suficientes para abertura de investigações e por se basear, segundo a advocacia da Casa, em reportagens.
Lunático
Na última sexta-feira (20), a Polícia Federal vasculhou os gabinetes dos dois deputados, onde foram apreendidos vários documentos. Segundo o superintendente regional da PF em Minas, David Salém, os parlamentares podem responder por corrupção e tráfico de influência.
Em sua defesa, João Magalhães afirmou que as denúncias vieram de algum “lunático” e que nunca participou de nenhum esquema em que a verba de suas emendas parlamentares fosse usada para fraudar obras públicas. O deputado Ademir Camilo disse, em nota, repudiar “toda e qualquer ação que possa envolver ilícito” e se colocou à disposição da PF e da Justiça para mais investigações. (Renata Camargo)
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