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Congresso em Foco
11/11/2006 | Atualizado 13/11/2006 às 6:14
As empreiteiras de obras foram as empresas que mais doaram dinheiro para campanhas vitoriosas nas eleições de outubro. Segundo os jornalistas Silvio Navarro e Letícia Sander, da Folha de S. Paulo, as empresas do setor doaram R$ 24,1 milhões a 254 deputados e 15 senadores.
"O número de eleitos que recebeu alguma quantia de construtoras representa quase metade das vagas que estavam em disputa para a Câmara (513) e o Senado (27). Essas doações abrangem praticamente todos os partidos cujos eleitos entregaram a contabilidade à Justiça Eleitoral dentro do prazo", diz o jornal.
De acordo com o levantamento, os números mostram que as empreiteiras têm preferência por três siglas: PMDB, PT e PSDB. "Os eleitos por essas siglas receberam cerca de R$ 12 milhões das construtoras. Encabeçam a lista das empreiteiras que mais desembolsaram a Camargo Corrêa (R$ 2,2 milhões), a Construtora OAS (R$ 1,9 milhão) e a Barbosa Melo (R$ 1 milhão). A maioria dos deputados que recebeu dinheiro da OAS é de São Paulo", afirma a Folha.
Os jornalistas observam que o tribunal não exige que a prestação de contas informe a natureza do ramo empresarial e por isso só foi possível analisar aquelas em que a atividade está explícita. "Daí a explicação para os doadores da maior parte dos recursos não terem sido rastreados. Na maioria dos casos, a contabilidade informa apenas se tratar de pessoa jurídica, mas não diz a natureza da ocupação", destacam.
Dos 513 deputados eleitos, na Câmara, 18 ainda não prestaram contas ao tribunal. No Senado, todos os 27 senadores entregaram os relatórios. O TSE informa, no entanto, que qualquer dado ainda pode ser corrigido ou somado.
Conforme o TSE, os 495 deputados eleitos que prestaram contas informaram terem arrecadado um total de R$ 249 milhões. Já no Senado, os 27 que assumem mandato no ano que vem declararam ter recolhido R$ 37,4 milhões.
Siderúrgicas e mineradoras
O levantamento realizado também mostra que os outros doadores majoritários foram mineradoras, metalúrgicas, siderúrgicas, bancos, petroquímicas, usinas de álcool e açúcar, empresas ligadas ao agronegócio e pecuária, além da Bolsa de Valores de São Paulo.
"As mineradoras investiram ao menos R$ 8 milhões, com destaque para subsidiárias da Vale do Rio Doce -Caemi, Urucum e Mineradoras Brasileiras Reunidas- que, juntas, financiaram parte das campanhas de 51 deputados e três senadores, com investimento de R$ 6,8 milhões. A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração doou R$ 1,1 milhão para 12 deputados e dois senadores. A CSN doou R$ 500 mil ao ex-ministro Ciro Gomes (PSB-CE)", constata o jornal.
De acordo com os números apresentados, as siderúrgicas desembolsaram R$ 10,4 milhões na eleição de parlamentares. Os maiores financiadores foram o grupo Gerdau, com R$ 2,4 milhões, e a Belgo, com R$ 1,1 milhão.
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