A Mesa Diretora da Câmara decidiu limitar a 30% o gasto da verba indenizatória com combustíveis. A partir de agora, os deputados poderão usar apenas R$ 4.500 por mês, dos R$ 15 mil que recebem como ajuda de custo, para abastecer os carros que usam nos escritórios estaduais.
A decisão de restringir o uso do recurso com combustíveis deve-se, principalmente, a reportagens publicadas na imprensa que acusavam parlamentares de usarem notas frias de combustíveis para justificar despesas com abastecimento.
A mudança foi acertada há pouco, em reunião dos integrantes da Mesa na casa do presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Além da limitação dos gastos com combustíveis, eles propuseram a criação de um grupo de trabalho para discutir formas de ampliar a fiscalização das despesas dos parlamentares custeadas com a verba compensatória.
Os deputados da Mesa haviam pensado também em incorporar a verba ao salário dos parlamentares. Porém, a proposta esbarrou em dois pontos: o salário dos deputados ultrapassaria o teto do funcionalismo, que é de R$ 24.500. Outro problema é que a verba passaria a ser tributada no Imposto de Renda.