O ex-secretário de Comunicação do PT Marcelo Sereno negou há pouco, durante depoimento na sub-relatoria de Fundos de Pensão da CPI dos Correios, que tenha influenciado a indicação de dirigentes de fundos de pensão. Segundo ele, os nomes passaram pelo Planalto de forma burocrática, para que a Presidência tomasse conhecimento dos novos dirigentes.
Ele também negou a autoria de bilhete no qual, supostamente, pedia ao ex-diretor financeiro do fundo Nucleos Gildásio Amado Filho que recebesse em audiência o investidor Fernando Barros Teixeira. Este último procurou diversos fundos de pensão para propor investimentos em um fundo de ações que administrava, o ASM Asset. Diversos fundos aceitaram a proposta, mas o estatuto do Nucleos não autorizava essa modalidade de investimento.
Quando prestou depoimento na sub-relatoria, Gildásio mostrou o bilhete imputado a Sereno para demonstrar a ingerência do ex-dirigente petista nos fundos de pensão. Sereno disse que a própria secretária fez o bilhete e o atribuiu a ele.
O depoimento prossegue na sala 19 da ala Alexandre Costa, no Senado.