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Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Edson Sardinha
17/10/2023 | Atualizado às 11:10
Fonte: Painel do Poder (setembro de 2023)[/caption]
Um dos coordenadores do Congresso em Foco Análise, responsável pelo Painel do Poder, o cientista político Ricardo de João Braga considera que a melhor avaliação de Lula em relação a Bolsonaro no Congresso se explica por duas razões, ambas ligadas a uma forma "normal" de fazer política. "Bolsonaro colocou-se como o antissistema e por isso cultivou uma relação de enfrentamento com o Congresso ou então abdicação total em quase todos os temas. Já no âmbito da administração, seu desinteresse e mesmo política deliberada, desestruturou o trabalho em várias áreas de políticas públicas - como saúde, educação, meio ambiente. Faz parte do projeto da extrema-direita desestruturar ações públicas em várias áreas", avalia.
O atual presidente optou por outro caminho, ressalta o cientista político. "Lula, por sua vez, retoma as relações tradicionais com o Congresso, mesmo que isso signifique tensas negociações - mas que são da natureza do processo - e também se preocupou em colocar pessoas responsáveis por reestruturar áreas importantes de política pública, com destaque novamente para as três áreas que já falamos, a saúde, a educação e o meio ambiente", acrescenta.
O relatório da pesquisa também indica estabilidade na avaliação do governo em relação a alguns itens. "De um modo geral, a atuação do governo Lula é percebida de modo mais favorável pelos parlamentares do que a atuação do governo Bolsonaro. Além do gráfico, tal fato pode ser inferido a partir da observação das médias alcançadas. Nos temas combate à corrupção, economia, promoção da democracia, relacionamento com o Congresso, relacionamento com o Judiciário, a média apresenta-se estável, mas em valores superiores às médias do governo Bolsonaro. Nos itens saúde e educação, as médias estão crescendo e acima das médias do governo Bolsonaro (no caso de saúde, é importante ressaltar que as sondagens ao longo do governo Bolsonaro questionavam sobre combate à pandemia). O campo de relacionamento com outros países tem média crescente (não há base de comparação, uma vez que não era questionado nas sondagens feitas durante o governo Bolsonaro)", diz trecho do relatório.
O único campo em que a média apresenta queda, ainda que pequena, foi o do meio ambiente, que também não permite comparação com o governo Bolsonaro por não haver a sondagem desse critério na época. O relacionamento com o Judiciário foi o item mais bem avaliado inclusive pela oposição, além dos independentes. Por essa avaliação, somada ao fato de que a oposição considera o combate à corrupção como segundo pior item no geral, pode-se compreender que o governo ainda não conseguiu se descolar de uma percepção de existência de corrupção, mas com viabilidade garantida por uma boa relação com o Judiciário. Essa percepção, a confirmar-se, configura situação de risco para a governabilidade, dada a história recente do país, adverte Ricardo.
Para o cientista político, o governo também tem um grande desafio na área do meio ambiente, a pior avaliada pelo Congresso. "Desafiador, tendo em vista tratar-se de uma das áreas de maior exposição internacional, por conta da Amazônia. O perfil da ministra do Meio Ambiente talvez possa contribuir para essa avaliação. Entretanto, o segundo item melhor avaliado foi o de Relacionamento com outros países, fundamentado talvez nas viagens do presidente e na boa repercussão de seu discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, acontecido ainda durante o período de coleta", explica o relatório.
Veja a comparação entre as avaliações do Congresso em relação aos governos Bolsonaro e Lula, item por item:
Tabela compara avaliação do Congresso em relação a vários itens do governo, rodada a rodada. Fonte: Painel do Poder (setembro de 2023)[/caption]
O Painel do Poder é a única pesquisa no Brasil a ouvir exclusivamente os líderes políticos mais influentes no Congresso Nacional para aferir as tendências predominantes na Câmara e no Senado quanto ao relacionamento com o governo federal e às políticas públicas.
Feita no formato de painel, o que permite aferir as mudanças de humor no Congresso, a pesquisa permite a tomadores de decisões antecipar cenários e fazer prognósticos. A cada três meses, ouvimos cerca de 70 congressistas que consideramos ter maior influência no Legislativo. O resultado é publicado, em parte, no nosso site.
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