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Dificilmente haverá espaço e tempo para discutir educação nesta campanha presidencial. As condições não estão dadas.

João Batista Oliveira

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30/8/2022 | Atualizado às 8:33

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Com a ausência de Lula, que pode sair vitorioso já no primeiro turno, a tendência é que os demais concorrentes ataquem o petista pela ausência e questionem políticas das gestões petistas. Foto: Renato Pizzutto/Band

Com a ausência de Lula, que pode sair vitorioso já no primeiro turno, a tendência é que os demais concorrentes ataquem o petista pela ausência e questionem políticas das gestões petistas. Foto: Renato Pizzutto/Band
Do total de 160 minutos de sabatina com os quatro principais candidatos, menos de um minuto foi dedicado à educação - e assim mesmo o tema só surgiu como parte da fala final de um candidato. Não é culpa da TV Globo. Nem dos candidatos. A razão é simples: educação não é o tema mais premente do eleitor. No debate da Band não foi diferente. Há pelos menos três fortes razões para isso. A primeira é bem conhecida: há outros temas sobre os quais a sociedade parece mais interessada. Isso se reflete nas perguntas dos jornalistas e no tempo dedicado às respostas pelos candidatos: o candidato quer usar o tempo para ganhar voto. E a mídia quer provocar temas que, a seu juízo, interessam ao eleitor. Não se pode ser mais realista que o rei. A segunda razão decorre da familiaridade da população com os dois principais candidatos; ambos já estiveram no poder e já deram o seu recado nas diferentes áreas, inclusive na educação. Lula esteve por oito anos à frente do governo e o PT, por 14. Bolsonaro por quatro anos. Tempo suficiente para que o eleitor saiba o que esperar. Não haveria razão para entrarem em detalhes. Como esses dois candidatos pautam a agenda, a educação também fica de fora da pauta de perguntas para os demais candidatos. A terceira razão talvez seja menos óbvia: a educação avançou, do ponto de vista de oferta de vagas. Todo mundo está na escola ou consegue vagas. Até nas creches - em que todos os candidatos falam em seus programas - somos o campeão mundial em oferta pública. A maioria dos eleitores sabe que seus filhos tiveram ou terão mais oportunidades de ir e ficar na escola do que eles próprios. Bem ou mal, há escolas, professores, livros, merenda, transporte escolar, salários pagos no final do mês. Diante disso, a fome, o desemprego, a (in)segurança pública, a habitação precária, a fila para cirurgia falam muito mais alto. Dificilmente haverá espaço e tempo para discutir educação nesta campanha presidencial. As condições não estão dadas. Já nos debates estaduais talvez a educação devesse merecer atenção - afinal, especialmente o ensino médio é de responsabilidade dos governos estaduais e há problemas prementes a serem enfrentados. Mas até aqui não é isso que está ocorrendo. Também no debate eleitoral nos estados parece haver pautas mais prementes ou temas de maior apelo eleitoral. Campanha eleitoral não é o melhor momento para se discutir nenhum tema em profundidade. E os temas mais prementes e escorregões dos candidatos roubam a cena. Dada a fragilidade dos partidos políticos, a inutilidade de suas propostas programáticas e a falta de fidelidade com os partidos e seus programas, sempre ficam faltando espaço e tempo adequado, na sociedade, para uma discussão profunda das grandes questões nacionais. Entre elas, a educação. O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected]. Outros artigos do mesmo autor  
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