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Tiroteio em Sobral e o verdadeiro gabinete de crise

Foco deve ser a alfabetização, não apenas respostas emergenciais à violência.

João Batista Oliveira

João Batista Oliveira

26/9/2025 17:00

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O tiroteio em uma escola estadual de Sobral expõe, de maneira brutal, a violência que atravessa o cotidiano das cidades brasileiras - inclusive o quotidiano escolar. Não há como minimizar: vidas ameaçadas dentro de um espaço que deveria ser de segurança e aprendizagem. A reação imediata do ministro da Educação - cearense, vale lembrar - foi anunciar um "gabinete de crise". É justo. Crises exigem respostas urgentes. Mas também sugerem algo mais: oportunidade de rever políticas, doutrinas e práticas.

No campo da segurança, drogas e carteis, o Ministério da Educação tem pouco a fazer além de apoiar outras áreas do governo. Cabe-lhe estimular que o tema seja debatido de forma sistemática dentro das escolas, apoiar iniciativas de prevenção e cobrar medidas efetivas de segurança nos ambientes escolares.

Já em outro terreno, igualmente estratégico, haveria espaço para um gabinete de crise muito mais fecundo: a alfabetização. E aqui o exemplo é justamente Sobral. Há mais de 20 anos, a cidade mostrou que é possível ensinar todas as crianças a ler e escrever logo no 1º ano do fundamental. Não por milagre, mas com currículo robusto, ensino estruturado, ênfase no método fônico, avaliação constante, apoio aos professores e acompanhamento rigoroso. Esse modelo explica, em grande medida, os resultados que projetaram Sobral no mapa da educação nacional e mundial.

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O "gabinete de crise" deve priorizar a alfabetização baseada em resultados.Freepik

O MEC, incluindo a atual gestão, insiste em ignorar essa experiência. Ou melhor, insiste em distorcer o que efetivamente ocorre na alfabetização das crianças em Sobral. Prefere proclamar generalidades e lançar programas sem base sólida, enquanto evita reconhecer que existe um caminho testado, comprovado e capaz de garantir que toda criança aprenda a ler na idade certa. Sobral mostrou que funciona. Negar isso, por razões ideológicas ou corporativas, é condenar milhões de alunos a repetir o fracasso escolar que já conhecemos.

Criar um gabinete de crise para a alfabetização seria o tributo mais consistente que o ministro poderia prestar ao seu próprio estado e ao país. Diferente da violência, que extrapola suas competências, a alfabetização está dentro da alçada do MEC - e é perfeitamente possível avançar.

A crise em Sobral é um alerta. Mas também é um lembrete: não basta reagir às balas, é preciso agir pelas letras.


O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].

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