Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
POLÍTICA
31/5/2025 13:00
Durante os 25 anos em que atuei como jornalista, aprendi que o papel da imprensa - quando exercido com independência - é, justamente, o de revelar o que incomoda, dar voz ao que muitos tentam silenciar e garantir que nenhuma versão oficial se imponha como verdade absoluta. Hoje, na qualidade de deputada federal, continuo carregando o compromisso com a verdade e a liberdade. Por isso, não posso me omitir diante da proposta de regulação das redes sociais defendida pelo governo do presidente da República federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula Silva (PT).
Essa tentativa de "regulamentar" o ambiente digital, apresentada como combate à desinformação, tem, na verdade, um propósito bem definido: silenciar a população. Trata-se de uma estratégia para sufocar o debate público, controlar o discurso e impor uma única narrativa.
Na prática, o objetivo é blindar Lula das verdades inconvenientes que circulam livremente nas plataformas digitais. Pergunto: a quem interessa calar as redes?
De acordo com pesquisa do AtlasIntel, 63% dos brasileiros são contrários a qualquer tipo de controle de conteúdo, por parte do governo, nas redes sociais - ou seja, a sociedade sabe o risco que esse tipo de medida representa.
E, convenhamos: Um governo que atua com seriedade, não tem tempo para censurar; está ocupado em gerar empregos, equilibrar a Economia e proporcionar segurança ao povo. Infelizmente, não é o que temos visto. A atual gestão federal continua priorizando a manutenção do poder e a eliminação de críticas.
O projeto em discussão, o da regulação das redes sociais, na prática, busca criar uma espécie de "Ministério da Verdade". A proposta envolve a criação de um órgão, estatal ou terceirizado, com o poder de decidir o que é verdade e o que é desinformação no Brasil. Ao meu juízo, tal estrutura aproxima nosso País de regimes autoritários, ao passo em que o afasta dos princípios democráticos.
Eu sei, bem, o que é ter a voz silenciada! Na campanha para a Prefeitura de Santos-SP, em 2024, fui alvo de uma ofensiva coordenada para enfraquecer minha candidatura. Fui atacada por adversários políticos e, também, por parte da imprensa - sobretudo a que mantinha vínculos financeiros com a administração. Narrativas ardilosamente construídas foram reproduzidas sem questionamento por veículos de comunicação que deveriam agir com independência. Tal experiência me mostrou, de forma clara e dolorosa, o que significa tentar silenciar uma voz legítima.
O que o governo federal brasileiro propõe, agora, é uma ampliação desse modelo (o da manipulação institucional) para o âmbito nacional. Ao meu ver, o risco é enorme! É possível que críticas sejam rotuladas como discurso de ódio, divergências sejam tratadas como crime, e opiniões incômodas sejam removidas sob a justificativa de se manter a "ordem". A liberdade, enfim, não se negocia!
O Brasil já detém legislação para punir crimes cometidos no ambiente digital. O problema não está na ausência de leis, mas, sim, na forma como a legislação é aplicada - muitas vezes, de maneira parcial, seletiva e politizada.
Diante deste cenário, reafirmo meu compromisso com a liberdade de expressão. Desde 2019, sou deputada federal, mas jamais deixei de ser jornalista! Por isso, estou do lado da informação livre, do debate plural e da verdade que liberta.
O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].