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Influência
21/7/2025 18:04
Nos últimos três meses, o Ministro André Mendonça conquistou 380 mil novos seguidores e ultrapassou a marca de cinco milhões de visualizações em seus vídeos nas redes sociais. O dado, por si só, já seria relevante para qualquer figura pública. Mas o que chama atenção é o conteúdo que sustenta esse crescimento.
Não se trata de decisões técnicas, embates jurídicos ou posicionamentos institucionais. O que tem mobilizado essa audiência é algo mais íntimo: mensagens de fé, reflexões espirituais, cenas da vida fora do plenário. André não aparece apenas como Ministro do STF, mas como um homem de fé, alguém que compartilha seus valores, sua rotina, seu propósito.
Essa movimentação pode gerar controvérsia. Afinal, vivemos em um país com um histórico de tensão entre fé e política, laicidade e religião. Mas há um ponto que vai além do debate ideológico: a estratégia de comunicação.
Goste-se ou não da figura pública, o que está sendo feito é um case claro de posicionamento estratégico. E, mais do que isso, um reflexo de uma tendência maior que atravessa o universo da influência: a valorização da presença humana por trás do cargo.
Vivemos a era da exposição seletiva. A autoridade fria, técnica e distante, que dominou o imaginário institucional por décadas, tem perdido força diante de uma audiência que quer sentir, não apenas saber. O peso simbólico da figura pública hoje não está apenas em sua função, mas na forma como ela se mostra.
Durante minha trajetória acompanhando o crescimento de grandes nomes da Creator Economy, aprendi algo que ressignificou minha visão sobre influência: o digital não é apenas um canal. É uma estrutura. E, dentro dela, a moeda mais valiosa continua sendo uma boa história.
A quem pensa que influência se resume a seguidores, números ou fórmulas prontas, vale observar movimentos como o de André Mendonça. Ele não está apenas postando. Está se posicionando. Está criando um campo de percepção emocional e simbólica que o coloca em outro lugar no imaginário social.
E isso funciona.
Não se trata de religião. Trata-se de leitura de cenário. De saber ocupar o espaço certo, com a narrativa certa, para a audiência certa.
No fundo, o que está em jogo é algo simples: confiança.
E confiança, no digital, não se impõe. Se constrói.
Com verdade, com coragem e com presença.
O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].