Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Artigos >
  3. Câmara aprova uso de verba do Fundeb por escolas de igreja e do ... | Congresso em Foco

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Câmara aprova uso de verba do Fundeb por escolas de igreja e do Sistema S

Guilherme Mendes

Guilherme Mendes

11/12/2020 | Atualizado às 20:11

A-A+
COMPARTILHE ESTE ARTIGO

Os deputados concluíram, no início desta sexta-feira (11), o texto da regulamentação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). A matéria agora segue ao Senado. Na votação de destaques, foi incluído e aprovado o repasse de parte das verbas do fundo público para o Sistema S e para entidades filantrópicas e escolas mantidas por igrejas. A medida foi incluída por meio de dois destaques, das deputadas Luisa Canziani (PTB-PR) e Soraya Santos (PL-RJ). Ambas tiveram voto contrário do relator, o deputado Felipe Rigoni (PSB-ES). A mudança foi criticada pela oposição, e forçou o relator a se manifestar. "Queria dizer diante das falas do colegas que eu cumpri um acordo e que abri mão de uma série de pontos do meu relatório e construimos um relatório harmônico, tanto que foi aprovado quase que com unanimidade. Eu não falo em nome do governo, que de fato escolheu fazer alguns destaques. Peço respeito e reconhecimento que tentei fazer junto à oposição e ao governo. Peço essa vênia aos colegas porque tenho uma palavra só e sempre a cumpro", rebateu Rigoni. A líder do Psol na Câmara, Sâmia Bomfim (SP), chegou a ler a nota taquigráfica do início da sessão para defender que o relator mudou de posição. A deputada disse ainda que Rigoni não defendeu o relatório em plenário e que acusou a oposição de mentir. A parlamentar teve o microfone cortado após extrapolar o tempo de fala. Texto-base No texto-base aprovado pelos deputados, Rigoni acatou cinco entre as 44 emendas apresentadas ao projeto. Em seu relatório, o deputado concordou com as emendas dois e três, sobre regras de transparência do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (Siope). Também concordou com a emenda oito, em que após resultado de avaliação biopsicossocial, a instituição discutirá com a respectiva família a modalidade educacional mais adequada para o perfil do aluno, caso em que pode ser necessária a educação especial substitutiva. Foi acatada ainda a emenda 19, com a inclusão do Conselho de Acompanhamento e Controle Social (CACs), e a 37, que permite à Caixa Econômica Federal fazer a gestão de recursos do Fundeb, antes restrito somente ao Banco do Brasil. Confira o relatório protocolado pelo deputado Rigoni: O Fundeb é a principal fonte de financiamento da educação básica no Brasil e, pela legislação em vigor, acaba no dia 31 de dezembro deste ano. A aprovação e regulamentação do novo Fundeb passa a ser constitucional, portanto, permanente. O fundo financia a educação básica pública e é composto de 20% da receita de oito impostos estaduais e municipais e valores transferidos de impostos federais. Até 2026, o governo federal aumentará a complementação para esses fundos a cada ano, começando com 12% do montante até atingir 23%. Discordância O PSL tentou aprovar uma emenda apresentada pelos deputados Joice Hasselmann (PSL-SP), Bozzella e Cezinha de Madureira, que propunha direcionar recursos do Fundeb para instituições privadas comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos e conveniadas com o poder público. No entanto, os deputados rejeitaram a proposta. Na sequência, porém, a destinação de recursos públicos para a educação profissionalizante promovida por entidades do Sistema S e filantrópicas gerou divergência entre os parlamentares. O destaque foi criticado pela oposição, que desde terça-feira (8) vinha costurando um acordo com o relator para retirar este ponto do texto. "Tentamos construir um acordo e embora o relatório original tivesse vários problemas, se conseguiu em dois dias de diálogo arrumar um relatório que contemplava a todos e a todas. O dinheiro do Fundeb tem que financiar escola pública e isso foi um dos acordos que construimos com o relator. Isso é um retrocesso", disse a deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS). "Quero reforçar que toda a promessa que fiz a eles [oposição] foi cumprida, fiquei de intermediar com o governo e não deu certo, não estou articulando para voltar tudo no texto. Mas há pontos com divergências importantes. Só quero reforçar que o acordo que fiz estou cumprindo e mesmo concordando com a questão do Sistema S, votarei contra", defendeu o Felipe Rigoni. A deputada Soraya Santos (PL-RJ) defendeu a destinação de recursos a instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas, estabelecendo limites. "São instituições de fundamental importância ao funcionamento do sistema educacional brasileiro, prestando um grande serviço à população", disse. Apesar de garantir a verba às instituições do Sistema S, os deputados optaram por restringir os repasses em 10%, conforme emenda apresentada pela deputada Soraya Santos (PL-RJ). Para o deputado Idilvan Alencar (PDT-CE), as mudanças descaracterizaram a regulamentação do Fundeb. "Hoje é um dia triste para a escola pública brasileira. Perdemos recursos e perdemos também uma questão conceitual. Essa abertura que foi feita [para as filantrópicas] indica que a escola pública brasileira não pode ofertar serviços de qualidade? Agora são 10%, amanhã não se sabe", ponderou. Obstrução Depois do bate boca a oposição passou a obstruir a pauta. A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) disse que houve "desconstrução" do espírito da emenda constitucional aprovada neste ano pelo Congresso, que tornou o Fundeb permanente. "Isso será judicializado porque não pode uma regulamentação ir contra o texto da Constituição." "O relatório do deputado Rigoni está em risco. Estamos colocando recursos para iniciativa privada", alertou Joenia Wapichana (Rede-RR) ao declarar obstrução à votação. O recurso foi rejeitado por 246 votos contra a retirada e 96 a favor. Demais destaques Os deputados analisaram ainda outros oito destaques, aprovando cinco delas: Emenda 40: da deputada Luisa Canziani (PTB-PR). Aprovado por 258 votos a 180. Emenda 10: da deputada Soraya Santos (PL-RJ). Aprovado por 311 votos a 131. Emenda 7: do deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG). Aprovado por 272 votos a 167. Emenda 6: do deputado Tiago Mitraud (NOVO-MG). Aprovado por 212 votos a 205. Emenda 20: da deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC). Aprovado por 205 votos a 198. O PL 4372/2020 é de autoria da Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), Tabata Amaral (PDT-SP), Danilo Cabral (PSB-PE) , Idilvan Alencar (PDT-CE), Raul Henry (MDB-PE), Bacelar (Podemos-BA), Mariana Carvalho (PSDB-RO), Professor Israel Batista (PV-DF), Rose Modesto (PSDB-MS) e Paula Belmonte (Cidandania-DF). O projeto regulamenta a Emenda Constitucional 108/20, promulgada pelo Congresso em agosto deste ano, e que prevê uma participação progressivamente maior da União ao longo de seis anos. > Oposição critica mudanças no Fundeb e tenta adiar votação
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

educação Fundeb Alice Portugal Raul Henry Bacelar Mariana Carvalho Rose Modesto danilo cabral Idilvan Alencar professora dorinha seabra rezende Tabata Amaral Felipe Rigoni Paula Belmonte professor israel batista regulamentação do fundeb

Temas

Educação Congresso
ARTIGOS MAIS LIDOS
1

Carlos Fidelis e Clara Fagundes

Bolsonaro sacrifica apoiadores para escapar do naufrágio

2

Associação Brasileira das Empresas de Bens e Serviços de Petróleo

Incertezas sobre o descomissionamento no Repetro

3

Simone Marquetto

O Brasil precisa do agro e o meio ambiente alinhados

4

Alexandre Uhlig

A agenda legislativa socioambiental do Setor Elétrico

5

Lúcio Reiner

Quando o inimigo vem pelo lado B

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES